Olá à todos: Bem-vindos!
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Eduardo, Anyck e Clarinha |
Nossa abordagem de hoje sobre Sexualidade na Família tem como intenção refletir um pouquinho sobre a faixa etária infantil. Nosso objetivo é levar os pais a refletirem se a maneira como abordam o tema da sexualidade desde a mais tenra infância pode gerar futuros adultos com problemas sérios na área da sexualidade. Talvez, vocês perguntem: por onde começaremos?
Começaremos
do começo!
A
faixa etária que nossa postagem vai abordar engloba crianças desde o nascimento
até os 7 anos. E, a primeira observação que faremos em relação à esta faixa
etária é que, diferente de nós adultos, a criança não tem tabus. É claro que,
uma parte delas, nos dias atuais, já possuem uma certa marca de erotização
devido ao fato deles estarem sendo influenciados pela mídia em geral e pelos comportamentos
inadequados demonstrados pelos adultos.
Em se tratando das perguntas “difíceis” de serem
respondidas, estão as relacionadas ao universo da sexualidade. Uma das mais
temidas é: Mamãe (ou papai) como eu nasci?
Ao
ouvir esta pergunta, muitas vezes, temidas pelos pais e, especialmente, pela
mãe, já é o suficiente para desestruturá-las. Infelizmente, muitas mães
desconversam ou até brigam com a criança dizendo que o que elas estão falando é
algo feio e completam: “Papai do céu vai castigar você, pois isto é feio”!
Gostaríamos
de considerar estas duas maneiras de se recepcionar uma simples e inocente
pergunta como a que escrevemos acima:
“Algumas mães desconversam”
Isto
é muito triste, pois estas mães, perdem a oportunidade de criar laços
importantes de segurança e causar sensação de pertença e acolhimento à fala da
criança.
Quando
silenciamos as crianças sobre determinados assuntos, podemos sem perceber,
emitir sinais de desprezo pelo assunto e menosprezo pela criança. Pode soar
como pouco caso ou desaprovação do diálogo que ali se estabeleceu.
A
criança pode sentir, no mínimo, de duas formas: ela está sendo desprezada e não
é apenas neste assunto ou o assunto em si não deve ser discutido ou conversado
em família. Os pais podem passar a impressão de que esse assunto deve ser tratado
fora da família já que não se fala sobre ele, mas tem muita gente fora da
família falando sobre sexo e sexualidade e quer queira ou não, as crianças vão
saber e, na maioria das vezes, de forma incorreta.
“A mãe briga com a criança”
Quando
as mães afirmam que é feio aquele assunto e ainda usa da figura divina para
repreendê-la torna ainda mais complexa a situação, pois neste caso, ou a
criança se fecha e se reprime para este tema em questão (e no futuro, no
casamento, vai colher os frutos desta repressão) ou ela vai se tornar uma
adolescente em pleno desespero por sexo. Neste sentido, Deus passa a ser o
“cara mau” que também é o “estraga prazer”.
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Eduardo, Anyck e Clarinha |
Exclusivamente para os religiosos -
se você é religioso e ensina que o sexo não é uma coisa boa, certamente estará
plantando uma grande e profunda raiz de repulsa por Deus e pelo sexo que impedirá e dificultará uma futura vida
sexual saudável.
Ok! Entendemos, mas como responder a
esta pergunta “cabeluda”: Como eu nasci?
Se
a criança não tem tabus é porque ela não possui a moralidade que há nos
adultos. Então, quando uma criança (dependendo da idade e esperteza) faz esta
pergunta, ela não vê maldade em perguntar algo que deseja aprender. São os
adultos que carregam com moralidade uma pergunta simples.
Não
enrola... nos diga como responder a esta pergunta: Mamãe, como eu nasci?
Muitas
crianças, dependendo da faixa etária, vai aceitar a simples resposta: Você nasceu nuzinho! Você não tinha roupas
quando saiu da barriga da mamãe. Nasceu banguela, sem cabelos ou muito
cabeludo!
Nesta
hora, a mãe (ou quem está respondendo) pode pegar uma boneca (de preferência
para as meninas) ou um boneco (de preferência) para os meninos e tirar a
roupinha e dizer: Foi assim que você
nasceu! Mas não precisa apontar as genitais se não se sentirem
confortáveis. Só é despir a boneca ou boneco para retratar a nudez!
Se
a criança não perguntar mais nada, não responda mais nada. Se você perceber que
ela vai continuar fazendo perguntas continue falando: Aí, quando você nasceu, o médico colocou roupinhas em você porque na
barriga da mamãe era quentinho e não precisava de roupas.
Enquanto
fala isto, a mãe pode pegar a mão da criança e colocar sobre a barriga dela e
mostrar como é quentinha. Pronto!
Aí se estabeleceu um diálogo em que não apenas as palavras foram importantes,
mas olhar a boneca, tocar a barriga da mãe e assim por diante. Este é um tipo
de diálogo que gera muito conforto e sensação de acolhimento para a criança.
Fica a dica:
Muitos
pais contam histórias de princesas e príncipes encantados para as filhas, mas
em sua maioria, não contam estas mesmas histórias para os meninos. Assim, as
meninas, em seu imaginário, esperam que príncipe encantado chegarem para
salvá-las. No entanto, os meninos que não ouvem esta história, não entendem ou
não sabem que eles são os príncipes encantados que as princesas estão esperando.
É como dizemos em nossas palestras: As princesas esperam os príncipes
encantados montados num cavalo branco e, quando menos se espera, chegam dois
cavalos, um montado no outro. (rs) Mas a culpa não é do príncipe, mas das
rainhas e reis (mães e pais) que não ensinaram para os meninos com as mesmas
“ferramentas” de ensino para as meninas, ou seja, a leitura de livros de
contos.
Agradecimentos especiais pela Família Viana que deixou nossa postagem mais linda!
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Gentilmente cedida pela Família Viana |
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Bem,
esta postagem abordou uma faixa etária em que a criança não tem muita
compreensão das coisas, mas sabe que através das respostas de suas indagações,
ela foi amplamente acolhida.
Na
próxima postagem, vamos dar continuidade sobre esta faixa etária e abordaremos
o próximo passo a ser dado quando a criança continua insatisfeita fazendo
perguntas que podem constranger os adultos.
Se você precisa de atendimento qualificado na área da sexualidade, entre em contato:recomendado!
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