quinta-feira, 30 de junho de 2016

Inteligência Sexual: Quarta Parte


Inteligência Sexual: Quarta Parte

Sejam todos bem vindos! Espero que todos estejam bem!

Antes de iniciar esta leitura, para que vocês tenham melhor compreensão, sugiro que leiam as outras três etapas desta abordagem.

Nas abordagens iniciais fizemos uma introdução ao tema da Inteligência Sexual. Depois, abordamos os dois primeiros Componentes da Inteligência Sexual (Conhecimento sexual, Consciência do Eu sexual secreto) e, aqui estamos com a quarta e última etapa deste tema especificamente!

Conheçam agora o terceiro Componente da Inteligência Sexual - Ligação com os outros (com as pessoas)
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Então, vamos caminhar juntos nesta etapa? Ok! Vamos lá...

Cada ser humano é único e cada ser é sexualmente é completamente diferente. Isto não é repetição, nosso intuito é leva-lo a internalizar sua individualidade e te fazer pensar a respeito de si mesmo(a).

Para se ter e manter uma vida sexualmente enriquecedora é preciso envolver outra pessoa. Assim, quando falamos de inteligência sexual, estamos falando da sexualidade no quesito relação com o esposo(a). Esta relação tem a ver com a parceria num nível em que as ferramentas como: habilidades sociais ou interpessoais sejam usadas de forma a conectar o casal.

Para algumas pessoas, só o fato de pensar em falar sobre sexo com o seu cônjuge já causa stress suficiente para, até em alguns casos, preferir a separação a ter que compartilhar suas necessidades na área da sexualidade.

Podemos refletir na situação em que, desde cedo, em família, se aprende que sexo não é um assunto para ser conversado. Segundo os Drs. Conrad e Dr Milburn (2002, p.30), a noção que temos a respeito de nossos sentimentos sexuais são literalmente horríveis demais para se falar sobre eles.

Se sentimos algo que não sabemos interpretar é uma condição complexa, mas imaginem, falar sobre estes sentimentos? É preciso vencermos esta barreira que é o silêncio. “Inteligência sexual envolve aprender a ser honesto consigo mesmo e com os parceiros sobre a identidade sexual” Conrad e Dr Milburn (2002, p.30).

Então, não há nada melhor que estar familiarizado com o seu eu sexual secreto, pois isto é muito libertador e tranquilizador na hora em que se vai compartilhar com o cônjuge.

Os pesquisadores perceberam que, quanto mais a *pessoa se sente à vontade para falar sobre sexo, mais fortalecidos e inteligentes serão na área da sexualidade. “Assim como falamos com nossos entes queridos sobre nossas necessidades e nossos conflitos emocionais, também devemos aprender a falar sobre nossos sentimentos sexuais. Todo mundo tem um eu sexual que precisa ser explorado e expressado” Conrad e Dr Milburn (2002, p.30).

Se trancar e reprimir-se, sexualmente falando, pode nos levar a destruição de toda e qualquer possibilidade de ser sexualmente inteligente e consequentemente mais feliz. No entanto, saber ouvir o seu cônjuge e suas necessidades sexuais é sinal de inteligência agregadora.

*não estamos nos referindo a pessoas que falam sobre sexo com libertinagem, pois o sexo é uma coisa linda e que deve ser falado de forma a contribuir com o conhecimento trocado através da conversa, por exemplo.
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Para refletir: Você sente tranquilidade suficiente para falar sobre suas necessidades sexuais? E, também, para ouvir o seu cônjuge?
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Sempre recebo e-mails de pessoas pedindo ajuda e assim, percebo como elas estão vivendo sua sexualidade de forma precária, pois a dificuldade de se expressar é tão grande que são capazes de sofrerem o resto da vida a falar sobre o assunto com o cônjuge. Mas nem sempre o pedido de ajuda vem através de e-mails, pois em alguns casos, a pessoa vem pessoalmente expor sua situação. Vejam esta história abaixo, pois é um caso real.

Certa feita, uma senhora muito distinta e tremendamente exigente me procurou falando sobre seus sentimentos sexuais. Ela estava casada há mais de 20 anos e sua vida sexual era de pouca expressividade. Então, lendo a respeito do orgasmo me procurou para pedir ajuda, pois queria provar deste “tal orgasmo” conforme suas próprias palavras.

Então, após alguns minutos de conversa eu pedi para que ela dissesse sobre as possibilidades que a levariam ao orgasmo. Sendo mais clara, perguntei se ela sabia o que poderia levar a satisfação sexual e, prontamente ela respondeu que sim e passou a relatar. Então, marcamos um atendimento com o marido dela e depois de algum tempo eu percebi que o que ela queria, ele também queria. Marcamos uma terceira conversa e eles, na minha frente, passaram a falar que amava um ao outro, mas que gostariam que a relação deles fosse diferente. Confessaram que nunca haviam falando sobre o assunto porque estavam com medo de que o outro não entendesse.

Para resumir, o casal saiu dali de mãos dadas e só me mandou uma mensagem via WhatsApp, um mês depois, dizendo que não precisava mais de mim, pois o que faltava se completou. Evidentemente que ri muito, pois deduzi, como na maioria das vezes acontece, que a situação deles havia mudado muito e para melhor, pois senão eles já teriam me procurado.
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Então é isto aí! Ficamos por aqui e pedimos que fiquem atentos à nossa próxima postagem com o tema: Eu Sou Gay?

Rai Godoy

domingo, 26 de junho de 2016

Eventos do Mês de Maio: fotos e mais

Olá queridos,

Se você é nosso leitor assíduo, sabe que o mês de Maio nós dedicamos a fazer abordagens sobre o abuso sexual infantil. 

Trouxemos textos sobre os aspectos que envolvem o tema e demos muitas dicas para ajudar pais, educadores e responsáveis por crianças! Indicamos leituras, vídeos e incentivamos à ações de combate ao abuso sexual infantil. 

Estivemos presentes em alguns eventos onde realizamos palestras e trouxemos algumas fotos destes eventos para vocês. Não podíamos deixar o mês de Junho findar sem trazer estas informações e fotos. 
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No dia 18 de Maio estivemos na Segunda Igreja Batista em Pavuna para falar sobre sexualidade na família. Se você quiser visitar esta igreja, ela fica próxima ao metrô Engenheiro Rubens Paiva. O líder desta igreja é o Pr Eliézer Ferreira Vita.


 Participantes e coordenadoras do evento - dentre elas: Zenilda Rangel (casaco preto)

Amigos e colaboradores do nosso Blog:
Alessandra e Carlos estiveram presentes
A palestra rendeu um outro convite conforme cartaz àbaixo



No dia 22 de maio estivemos num Congresso da Família na Primeira Igreja Batista em Jacarepaguá. Esteve presente outros palestrantes conforme fotos abaixo:

Esta é apenas uma parte das mulheres presentes na palestra. Muito agradáveis!

Grata pelo carinho e cuidado que nos foi dispensado!

Uma selfie com Celso Godoy  que falou para os jovens e
os noivos Carlos e Alessandra que também colaboraram na palestra
Coordenadora do Congresso Márcia Kopanyshy numa amiga querida!

Aproveitamos para fazermos novos amigos
Palestrante: pastor e psicanalista Natanael Sabino e sua esposa que,
 em breve, estaremos entrevistando

E no dia 28 de maio estivemos com o pessoal de Nova Iguaçu
Ministério Pão da Vida - Pr Paulo Pantaleão. Mas antes, um agradável café com as amigas!




Coordenadora do evento

Aproveitamos para informar que estaremos trazendo ainda as fotos feitas no evento realizado com a galera da Espro.

Estaremos, também, trazendo a quarta parte da palestra Inteligência Sexual.

E estamos querendo abordar um tema que, normalmente, dá o que falar e que está ligado à Homossexualidade, nosso título será: Eu Sou Gay?

Então, um forte e, ao mesmo tempo, terno abraço aos amigos e leitores de nosso blog

Deixe seu comentário e participe enviando emails com fotos dizendo o que acha de nosso blog para que, possamos mostrar você aqui! 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Inteligência Sexual: Terceira Parte

Olá queridos, sejam bem vindos! Como eu mudei de cidade, fiquei um tempo sem internet e até sem tempo mesmo para montar a terceira parte de nossa postagem. Espero que todos estejam bem e em paz com seus familiares.

foto de arquivo pessoal
Se algum de vocês não leram a primeira e segunda parte desta postagem, sugiro que leiam para melhor compreensão desta terceira etapa. Conheça as outras etapas da postagem clicando na opção desejada: Primeira Parte ou Segunda Parte).

Na primeira parte, fizemos uma introdução sobre nossa abordagem introdutória ao tema da inteligência sexual. Já, na segunda, tratamos do primeiro Componentes da Inteligência Sexual. Nesta terceira etapa estaremos priorizando o segundo Componente da Inteligência Sexual que é Consciência do Eu sexual secreto.

Apenas para lembrar, os componentes da inteligência sexual são: Conhecimento sexual, Consciência do Eu sexual secreto e Ligação com os outros (com as pessoas)
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Então vamos lá... Me acompanhe...
Pode parecer repetitivo afirmar que sexualidade é coisa única e muito pessoal. É intransferível mesmo e não dá para copiar a sexualidade dos outros. Cada pessoa tem sua própria experiência de vida em todos os sentidos falando-se. Assim, nosso intuito em repetir esta observação está na importância de se saber a respeito de sua individualidade.

O ato sexual envolve não apenas um corpo sentindo prazer, mas é preciso entender que este prazer começa na cabeça e não falamos isto levando em conta apenas a dimensão psicológica e as questões religiosas ou culturais, mas o fator preponderante que é uma glândula chamada hipófise. É esta glândula que vai promover a ação dos hormônios nos testículos e ovários. Em outra postagem eu trarei um pouco sobre esta glândula que age não apenas nos ovários e testículos, mas que comanda uma gama de hormônios sobre boa parte dos órgãos de nosso corpo.

Conforme Conrad e Dr Milburn (2002, p.28), após se libertar dos mitos sobre sexo que nos cercam o segundo passo para uma vida melhor é nos familiarizarmos com a nossa própria sexualidade individual. Assim eu passo a perguntar: O que te excita? O que causa repulsa na questão da sexualidade? Como exemplo, podemos falar que algumas pessoas acham que assistir pornografia é uma coisa altamente excitante, no entanto, para outras isto é algo repulsivo e, não estamos falando de pessoas que são religiosas, mas de pessoas que nem está ligado à questão da religião e que têm verdadeira aversão à pornografia. Faz bem se manter longe da pornografia, pois pode ser algo muito excitante no início, mas com o tempo, fica sem graça e se torna algo frustrante sem contar com outros danos que esta prática causa. 

Prosseguindo...
foto de arquivo pessoal
Se conhecer é peça chave para uma sexualidade inteligente. Assim, se conhecer é perceber quando seus desejos sexuais estão substituindo necessidades emocionais que não são sexuais como: autoestima, segurança ou poder. Com este conhecimento as pessoas poderão avaliar se estão fazendo sexo apenas pelo fato de estarem se sentindo sozinhas.  

É primordial reconhecer se a busca pelo sexo está relacionada ao que sente ou se é de fato um desejo genuinamente sexual. Eu quero aproveitar esta parte para dizer que o mesmo pode ocorrer com pessoas que tem compulsão alimentar. Muitas destas pessoas, especialmente em dias atuais, sentem angústia ou ansiedade e as interpretam como fome. Com o passar do tempo não conseguem mais diferenciar os sentimentos emocionais com a sensação de fome. É preciso entender que ser inteligente sexualmente falando significa,

...em primeiro lugar, saber a verdade do que o eu sexual secreto tem para nos contar tanto sobre nossos desejos saudáveis de genuínos como sobre o modo como aqueles desejos foram apagados por imagens falsas da mídia, por conceitos corporativos negativos, por inibições ensinadas dentro da família e por mensagens negativas sobre sexo – da cultura à nossa volta e, às vezes, de nossas próprias experiências dolorosas. (Conrad e Dr Milburn, 2002, p.29)

Muitas pessoas procuram sexo desesperadamente para agradar as pessoas e ter sempre companhia. Na verdade, após o ato sexual a própria pessoa se sente vazia e uma sensação forte de que foi usada como um objeto de prazer do outro. Devemos dizer que isto não é ser inteligente e pode levar a experiências desastrosas que acabará refletindo no indivíduo e na relação do casal. Quantos lares são desfeitos em função de experiências desastrosas do passado?

Acreditem, muitas são as pessoas que se divorciam apenas por não se conhecerem sexualmente e ainda não ter um lugar onde falar sobre o assunto. A situação se agrava quando estas pessoas não falam nem mesmo com seus cônjuges como se sentem, mas não se enganem, muitas não falam, também, pelo fato de nem elas mesmas conseguirem discernir o que sentem em relação a sim mesma e especialmente nas questões sexuais.

Os pesquisadores Conrad e Dr Milburn (2002, p.29) observaram em suas pesquisas que o conhecimento do eu sexual secreto é o componente mais importante da inteligência sexual, pois sem ele é muito difícil entender e aplicar os conhecimentos científicos acerca da sexualidade. Por exemplo, quem está motivado, em parte, a fazer sexo a fim de obter a aprovação de alguém pode ser incapaz de dizer não ao sexo fora dos seus próprios padrões preestabelecidos, pois se a intenção é “ganhar” e agradar o outro, então passará por cima de seus próprios valores.

Apenas para refletir: O que é o sexo para você? Acaso tem usado o sexo para conseguir companhia e obter autoestima? Será que tem valido a pena esta prática? Não seria melhor parar e se conhecer para entender os motivos que te levam a buscar sexo quando muitas vezes nem entende seus próprios desejos?
foto de arquivo pessoal

Referência Bibliográfica 
Conrad S.. C. Milburn, Inteligência Sexual – o estudo revolucionário que mostra como aumentar seu “QI sexual” e obter mais satisfação no sexo.editora: Objetiva, 2002 
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Bem, aqui encerro esta etapa que compõe a terceira parte. Vimos que sem o conhecimento do eu sexual secreto, podemos ficar à mercê da condução e manipulação do outro. Fazemos isto mesmo quando não percebemos e quando damos conta, estamos lá de novo nos torturado com a ideia de incapacidade de sermos nós mesmos.

Talvez vocês tenham lido esta postagem e pensado: Quem faria sexo para agradar ou mesmo ter companhia? E a resposta é, o número de pessoas que “optam” por isto é maior do que podemos imaginar. Em nossos atendimentos já me deparei com pessoas que vivenciaram isto, mas que com muito esforço e o encontro com o amor próprio acabaram tomando as rédeas da sua sexualidade e seguindo um novo caminho.

Próxima postagem: Inteligência Sexual: Quarta Parte. Falaremos sobre o terceiro e último componente da inteligência sexual: Ligação com os outros!

Se desejarem, deixem seus comentários abaixo e concorra a um livro! 

Gratidão à nossos colaboradores: 
Amigos que acompanham e compartilham nossas postagens:
                                                                                                         
Elisabete Marques
         
Everaldo Benção Pura


                                           
Almir Gonçalves do Nascimento       
Cleber Ferreira

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Inteligência Sexual: Segunda Parte

Olá queridos, sejam bem vindos!

Conforme visto na primeira parte desta postagem (se não leu, clique aqui), nossa intenção com o texto abaixo é ajudar a entender um pouco mais a respeito da sexualidade, pois esta é uma área importantíssima de nossas vidas. É um tema que afeta cada indivíduo em sua essência como um todo.
Conforme prometido na postagem anterior, falarmos sobre a inteligência sexual através dos Componentes da Inteligência Sexual.
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Não há nenhuma dificuldade em nós começarmos dizendo que é preciso descobrir, aceitar e aprender com o seu eu sexual secreto, pois a sexualidade é coisa única. A sexualidade é algo que se anuncia de forma individual em cada pessoa e assim se projeta em cada ser.

Os componentes da inteligência sexual sugerem respostas para uma gama de problemas sexuais, pois os mesmos serão apresentados a partir de uma abordagem inteiramente nova da sexualidade. Conforme Conrad e Dr Milburn (2002, p.26), a inteligência sexual não tem como fonte o ato de reprimir os desejos sexuais e nem mesmo ser mais “liberados” sexualmente. Ser sexualmente inteligentes também não tem a ver com novas técnicas, nem no tipo de conhecimento que as pessoas podem adquirir em livros sobre a sexualidade humana. Certamente não consiste em tornar-se mais sedutor ou aprender a manipular os outros.

Como vimos anteriormente, as abordagens relacionadas ao tema da sexualidade, podem nos tornar pessoas ainda mais confusas e trazer mais sofrimento àqueles que buscam ajuda em discursos irresponsáveis e que não primam pelo respeito ao indivíduo e suas escolhas.

Boa notícia: Podemos afirmar que uma vida sexual satisfatória não é um ideal inatingível! Então, alegre-se!

Notícia a ser pensada: No entanto, sem esforço, consideração ou compreensão é, praticamente impossível atingir esta vida sexual satisfatória. Sexo não é algo mágico e não requer a condição de ser jovem. Se assim fosse, não teríamos um alto índice de jovens com problemas de disfunção erétil dentre outras disfunções tão comuns entre os jovens.

Talvez vocês me perguntem como os autores deste estudo ao qual está servindo de base para nossa postagem chegaram a estas conclusões? E a resposta é: Eles chegaram a estas conclusões a partir da aplicação de testes que quantificou o nível geral de inteligência sexual de uma pessoa. Os pesquisadores perceberam que, a nota de uma pessoa no teste foi um indicador poderoso que mostrou quão satisfatória era a vida sexual desta pessoa e se ela estava sofrendo ou não de algum tipo de disfunção sexual.

Há muitas diferenças entre as pessoas que têm uma vida sexual enriquecedora das que vivem sendo decepcionadas e prejudicadas. “As pessoas sexualmente inteligentes fazem coisas de modo diferente” ... e têm uma vida sexual melhor, pois elas não dependem “de sorte, beleza nem de sex appeal inato. Depende de habilidades que as pessoas podem adquirir, desenvolver e dominar com o tempo.” (Conrad e Milburn, 2002, p. 27). Assim, qualquer pessoa que deseje muito uma vida sexual satisfatória pode alcançar trabalhando para atingi-la.

Segundo os pesquisadores, a inteligência sexual é feita por três componentes, cada qual envolvendo um conjunto de habilidades diferentes e são eles: Conhecimento sexual, Consciência do Eu sexual secreto e Ligação com os outros. No entanto, nesta abordagem, estaremos falando um pouco sobre o primeiro dos três componentes.

Conhecimento Sexual
Segundo os pesquisadores, uma pessoa inteligente sexualmente falando tem informações precisas sobre a sexualidade humana e as usa para orientar suas decisões e seu comportamento sexual. É certo que nem sempre temos estas informações disponíveis e, em se tratando de sexualidade, ainda não temos todas as respostas, mas conhecer o que já se descobriu ajudará muito ao indivíduo a se tornar mais e mais inteligente em sua sexualidade.

Adquirir o conhecimento e pôr em prática não é fácil. “Requer, primeiro, que as pessoas desenvolvam a habilidade de identificar e desafiar mitos sobre sexo que estão arraigados na cultura. Seja o que captaram da cultura popular, da mídia, de suas famílias, de autoridades religiosas...” (Conrad e Milburn, 2002, p. 28). Não estamos aqui, dizendo que as pessoas devem deixar para trás o que aprendeu, mas olhar se de fato o aprendizado (se é que tiveram algum, pois a maioria não teve) tem uma base mais aprofundada e menos contaminada pela cultura. Para o que acabamos de falar seja melhor entendido, vejamos uns exemplos abaixo para que não reste dúvidas a respeito do que trazemos sobre este assunto. Os pesquisadores disseram que devemos identificar e desafiar mitos sobre sexo trazidos pela cultura:

Popular – Vocês acreditam sinceramente que fontes de informações sobre sexualidade como amigos, vizinhos e experiências da adolescência são suficientes para se ter uma ideia firme do que venha ser sexualidade?

Mídia - Vocês acreditam verdadeiramente que fontes de aprendizado sobre sexualidade como as revistas, programas de televisão, internet e mídia em geral que não tem respeito pela individualidade de cada ser humano, são as mais confiáveis?

Família – Não dá vontade falar sobre este tópico, pois a maioria não aprende sexualidade de forma mais concreta na família e isto quando aprende alguma coisa sobre sexualidade, pois a maioria nem sequer toca no assunto. Sem contar que, existem alguns exemplos de famílias em que a melhor coisa é buscar conhecimento urgentemente.

Autoridades religiosas – Lembro-me como se fosse hoje, um dia de domingo assistíamos ao final de um jornal na televisão quando surgiu a matéria de um pastor que dizia que Deus havia mandado ele se deitar com uma mulher casada e adulterar com ela.

Em primeiro lugar, a mulher teve um sonho em que, segundo ela, Deus queria que ela tivesse um filho com o pastor. Note bem, a mulher e o pastor eram casados e eles entraram em oração e, segundo o pastor, Deus confirmou através de um texto que dizia: “E o Senhor me disse: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera...” (Oséias 3:1) O tal pastor, leu: “... vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adultera..." Ele entendeu que deveria adulterar com aquela mulher que teve o sonho. Entenda melhor este caso assistindo ao vídeo que tem menos de 4 minutos.

Quem de vocês daria a barriga para um pedreiro realizar uma cirurgia ou quem convidaria um médico para construir uma casa para morar? 
Fica a pergunta para cada um refletir! 

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Bem, neste segundo texto tínhamos como pretensão demonstrar os componentes da inteligência sexual de forma mais panorâmica. No entanto, para que a postagem não ficasse muito longa, resolvemos abordar só um dos componentes. Aos poucos, vamos falando mais demoradamente sobre cada um deles em nossas próximas postagens. Fique atento!
Se você tem insatisfação em sua vida sexual e veio até aqui ler esta postagem, significa um grande passo dado e demonstra que você é uma pessoa inteligente e quer agregar mais e mais inteligência à sua vida (também) sexual. Espero que tenhamos ajudado você a se compreender melhor.
Se desejarem, deixem seus comentários abaixo e concorra a um livro!

Um beijo no coração e até mais! 

Referência Bibliográfica 
Conrad S.. C. Milburn, Inteligência Sexual – o estudo revolucionário que mostra como aumentar seu “QI sexual” e obter mais satisfação no sexo.editora: Objetiva, 2002 

Portal YouTube - Pastor Pedreiro que adultera baseando-se na Bíblia - disponível em https://www.youtube.com/watch?v=8fqDa8RPt0o> acesso em 16.06.2016


domingo, 12 de junho de 2016

Inteligência Sexual: Primeira Parte

Olá queridos, sejam bem vindos!

O texto abaixo tem como finalidade ajudar a entender um pouco mais a respeito da sexualidade, pois isto pode nos ajudar na compreensão de nossas atitudes ou mesmo na falta delas (da falta das atitudes como as escolhas e decisões, por exemplo). Ajuda, não apenas nos resultados de nossa sexualidade, mas que influi em várias áreas de nossa vida. Já temos ciência que a sexualidade é parte integrante de nós e está ligada de forma direta e indireta às dimensões de nosso ser como indivíduos biológicos, espirituais, emocionais, relacionais, etc.

Fiquem atentos, pois esta é só a primeira parte e conta sobre os resultados panorâmicos do estudo que foi transformado em um livro denominado: Inteligência Sexual – o estudo revolucionário que mostra como aumentar seu “QI sexual” e obter mais satisfação no sexo. A referência bibliográfica vocês encontrarão no final da postagem.
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Apesar de tantas falas e abordagens relacionadas com o tema da sexualidade, ainda podemos encontrar muitas pessoas confusas a respeito deste assunto. E, não pensem que estamos falando a nível de Brasil apenas, mas de lugares como os EUA que mostram que este é um assunto onde “há muito sofrimento e confusão sobre a sexualidade. Muitos e muitos dos participantes de nossa pesquisa contaram-nos que lutam para encontrar uma vida sexual feliz e satisfatória. Sentem-se sozinhos, infelizes e sem esperança, e desconfiam que todo mundo menos eles têm uma vida sexual melhor” (Conrad e Milburn, 2002, p. 25).

Diante do quadro acima apresentado (de forma bem resumida), vejamos que esta é uma realidade de nosso país e do mundo. Leiam alguns motivos pelos quais percebemos como é gritante a questão:
1- Quem lembra do trio de canibais de Pernambuco? O marido desta relação “arrumou” outra mulher mais nova e que passou a viver com eles. Com o passar do tempo, este trio estava matando mulheres e vendendo partes do seu corpo dentro de quibes para serem vendidos.

A pergunta é: Onde estava a sanidade destas três pessoas que conviveram a ponto de terem algo tão íntimo como a relação sexual e ninguém foi capaz de achar que aquilo era anormal? As duas mulheres aceitaram conviverem e até ajudarem àquele homem nos crimes. De fato, ele exercia muito poder sobre elas.

2- Um presidente popular dos EUA – Bill Clinton que, ao que parece, era um homem brilhante e um antigo acadêmico de Rhodes, mas que arriscou o seu cargo de chefe de estado de uma nação poderosa em troca de sexo oral no Salão Oval com uma mulher que tinha metade de sua idade - Monica Lewinsky.

3- Conforme *Dra Anete Guimarães, um estudo sobre sexo realizado no Brasil mostrou que o sexo era algo ruim, não prazeroso e que trazia problemas.
Quando se fala em sexo, uma das primeiras coisas que vêm a nossa mente é que este tema está relacionado a amor e prazer. Então, quando um estudo demonstra resultados como estes acima apresentados, é difícil acreditar que as pessoas não estejam confusas a respeito do tema da sexualidade.

4- Autoridades de um país como o Brasil que sai distribuindo camisinhas durante o Carnaval (e em outros eventos) e levam as pessoas a crerem que estão protegidas, não podemos pensar diferente que estas autoridades estejam confusas, enganadas, nos confundindo, ou ainda, nos enganando.

5- Conforme Dra. Conrad e Dr. Milburn (2002, p. 21), no final da década de 90, “numa pequena cidade no norte do estado de Nova York, 13 meninas – algumas de 14 anos – foram contaminadas com o vírus HIV pelo mesmo homem.” (Conrad e Milburn, 2002, p. 21).  Segundo consta, a escola em que estudavam, separava um dia do ano para educação sexual. O que é um dia para um tema que perpassa toda vida de um indivíduo como é o tema da sexualidade?

6- Ainda conforme Dra. Conrad e Dr Milburn (2002, p.21), um estudo realizado, também na década de 90 “pelo sociólogo Edward Laumann e seus colegas da Universidade de Chicago, mais de 40% das mulheres americanas e aproximadamente 33% dos homens americanos têm sérios problemas sexuais tais como falta de desejo, dificuldade de manter uma ereção ou inabilidade de chegar ao orgasmo.” (Conrad e Milburn, 2002, p. 21). E ainda como resultado de suas pesquisas, Dr Laumann descobriu “que alguns dos maiores índices de disfunção sexual encontram-se entre os jovens.
Foto do quadro - Virgínia Cardoso
Nós poderíamos ainda elencar muitas mais situações como: Porque, em uma época em que as mulheres (uma boa parte delas) estão dispostas a fazerem sexo, os homens ainda pagam por ele em prostíbulos sujos em todo o mundo?

É notório que, os eventos anteriormente alistados e tantos outros fatos relacionados à sexualidade demonstram que há algo errado na sexualidade das pessoas.

Dissemos, no início desta postagem, que o nosso texto se embasa em um livro resultante de uma pesquisa: Projeto Inteligência Sexual. Falaremos de forma panorâmica sobre os resultados obtidos.

1- Sobre a importância da atividade sexual:
- 75% dos participantes disseram que sexo é muito importante ou mais que moderadamente importante para eles
- Menos de 25% afirmaram ter uma vida sexual muito satisfatória
- Quase 50% disseram sentir vergonha de alguns de seus desejos ou comportamentos sexuais

2- Sobre as disfunções sexuais que podem impedir até a realização de uma relação sexual, vejam alguns números:
- 42% dos participantes disseram sentir falta de desejo sexual
- Cerca de 1/3 disse que há ocasiões em que não acha o sexo prazeroso
- 57% afirmaram serem incapazes de atingir o orgasmo
- Metade das mulheres jovens (18 a 29 anos) disseram que o ato sexual era fisicamente doloroso
- 33% dos homens jovens (18 a 29 anos) disseram ter problemas para conseguir ou manter uma ereção e 53% revelaram ter ejaculação precoce

                                               Mais resultados... 

Segundo os pesquisadores, os resultados revelaram que a metade dos participantes tinham uma vida sexual menos satisfatória.

Os que tinham um bom relacionamento sexual, raramente chegaram a ele com facilidade, pois até chegarem a este bom relacionamento, trilharam muitas experiências dolorosas até conseguirem identificar o problema que causavam tantas infelicidades.

Os pesquisadores disseram que o mais interessante desta pesquisa foi o fato das pessoas pesquisadas terem sido extraordinariamente francas e abertas sobre suas lutas. Os pesquisadores observaram ainda que os participantes estavam desesperados para falarem com alguém a respeito de seus problemas. No entanto, sentiam muitas dificuldades em confiar em alguém para isto. Os pesquisadores disseram também que, participantes “... nos contaram o quanto a experiência os ajudou. As pessoas querem falar sobre suas experiências com a sexualidade; só não sabem como começar – ou não têm com quem falar.” (Conrad e Milburn, 2002, p. 26).
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Bem, este primeiro texto é apenas parte de um tema que continuará nos acompanhando em nossas postagens. Aqui, apresentamos apenas algumas observações resultantes de uma pesquisa chamada Projeto Inteligência Sexual realizada em 1998.

Próxima postagem, falaremos sobre os Componentes da Inteligência Sexual e, se desejarem, deixem seus comentários abaixo e concorra a um livro! Um beijo no coração e até mais! 

Referência Bibliográfica 
Conrad S.. C. Milburn, Inteligência Sexual – o estudo revolucionário que mostra como aumentar seu “QI sexual” e obter mais satisfação no sexo. editora: Objetiva, 2002, 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Camisinha, HPV, câncer do colo do útero e muito mais!

Muitas pessoas me perguntam sobre a questão do HPV, assim, resolvi fazer uma postagem falando um pouco sobre este assunto e aproveito para acrescentar outros temas que julgo importantes. O texto está embasado a partir de uma longa entrevista postada no portal do INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.  

No decorrer da leitura deste texto, vocês terão algumas palavras ou frases em negrito, prestem bem a atenção, pois são alertas que servem para nossa reflexão!

O vírus HPV...
Vocês sabiam que a sigla HPV traduzida do inglês significa: papilomavírus humano e são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas?

É muito frequente e também transitória a infecção pelo HPV, mas na maioria das vezes, regride de forma espontânea. No entanto, a infecção que persiste é causada, comumente, por um tipo viral oncogênico (que tem o potencial para causar câncer). Assim, se as lesões causadas pela infecção pelo HPV aparecerem, não forem identificadas e tratadas, “podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca”. Assim, os homens também devem se preocupar e ficarem alertas, pois o HPV não é um vírus que atinge apenas as mulheres.

Tipos de HPV
Há mais de 150 tipos diferentes de HPV e, cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital. Como já foi dito, o HPV pode causar câncer e são pelo menos 13 tipos considerados oncogênicos. Dentre os HPV de alto risco oncogênicos, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Câncer do colo do útero...
“É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem, após muitos anos, se transformar em câncer.”

Sinais de câncer do colo do útero   
Segundo o INCA, as “lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial, seja em homens ou em mulheres, não apresentam sinais ou sintomas e, também, pode regredir espontaneamente. Mas se a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor,” mas nem sempre nesta ordem.

Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que é denominado de infecção latente. Quando as lesões não são visíveis, isto não significa a garantia de que o HPV não esteja presente, mas apenas que não está produzindo doenças.

Prevenindo o câncer do colo do útero:

Quem? Mulheres entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada três anos.

Como? De acordo o INCA, “apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de ser infectadas. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.” Qual relação sexual começa com a camisinha feminina?

-Com a vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual e fazendo o exame preventivo (de Papanicolaou ou citopatológico), que pode detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos.

“Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.”

Observem que as vacinas acima indicadas, confere proteção apenas contra 02 ou 04 tipos de HPV, no entanto como já alertamos: Há mais de 150 tipos diferentes de HPV e, cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital. Pelo menos 13 tipos são considerados oncogênicos. Já sabemos que os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero, mas não há vacinas que previnem os muitos outros tipos de HPV.

Onde? Nos postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do SUS estão disponíveis em todos os estados do País e os exames são gratuitos.

Alguns dados no mundo...
Segundo o INCA, “aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer do colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.”

“Estudos no mundo comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa percentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens.” Mas cuidado, pois “a infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral”. Assim sendo, se alguém foi infectado pelo HPV, após tratamento, ainda há possibilidade de novo contágio!

Outros fatores que aumentam o risco de câncer...
Estão interligados e aumentam o risco do câncer do colo do útero que vão além da infecção pelo HPV: imunidade, genética e comportamento sexual como: o início precoce da vida sexual e o excesso de parceiros sexuais. O número elevado de gestações, o uso de pílula anticoncepcional e até a “idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente".

Manifestações da infecção pelo HPV
Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação e a infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.

“As lesões clínicas se apresentam como verrugas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.

As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal.

Tratamento para a infecção pelo HPV
Não há tratamento específico para eliminar o vírus. Entretanto, o tratamento das lesões clínicas deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.

O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino.

Sobre as lesões...
De baixo grau não oferecem maiores riscos, tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. No entanto, a recomendação é que se repita o exame preventivo no prazo de seis meses.

No Brasil
“O Ministério da Saúde, em 2014, iniciou a implementação no Sistema Único de Saúde, da vacinação gratuita contra o HPV em meninas de 9 a 13 anos de idade, com a vacina quadrivalente. Esta faixa etária foi escolhida por ser a que apresenta maior benefício pela grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.”

“As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia. Mas, atenção, só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.”

Médicos indicados para o tratamento da infecção por HPV
Ginecologistas, urologistas ou proctologistas podem tratar pessoas com infecção por HPV. Outros especialistas podem ser indicados após análise individual de cada caso.

Transmissão do vírus HPV:
Ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada. E a principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Mas o fato de ter mantido relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção, mas não sabemos qual é o risco por não conhecermos a contagiosidade do HPV. O INCA avisa que, “apesar da ansiedade ocasionada pela possibilidade de contaminação, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV. As pessoas expostas ao vírus devem ficar atentas para o surgimento de alguma lesão, mas não adianta procurar o médico no dia seguinte, pois isto pode levar semanas a meses para ocorrer. As mulheres devem obedecer à periodicidade de realização do exame preventivo (Papanicolaou).”

Outra forma de transmissão do HPV é durante o parto. Vale lembrar que, a ocorrência de infecção pelo HPV durante a gravidez não implica em má formação do feto.

O parto normal não é contra-indicado, pois, apesar de ser possível a contaminação do bebê, o desenvolvimento de lesões é muito raro. Pode também ocorrer contaminação antes do trabalho de parto e a opção pela cesariana não garante a prevenção da transmissão da infecção. A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.

O INCA observa, “não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas”. Mas não custa ser cautelosos na hora de utilizar banheiros públicos e fazer uso de roupas íntimas e toalhas. Todo cuidado é pouco contra este vírus ou qualquer outro tipo de doença contagiosa!

Calendário da vacinação contra o HPV
Em 2016, o Ministério da Saúde adotou o calendário de duas doses sendo a segunda dose seis meses após a primeira. As mulheres entre 9 e 26 anos com HIV devem receber três doses, sendo a terceira após 60 meses (0, 6 e 60 meses).

Quem pode ser vacinado?
Meninas de 9 a 13 anos de idade têm garantidas a vacina gratuita no SUS. Outros grupos podem dispor das vacinas em serviços privados, se indicado por seus médicos.

De acordo com o registro na Anvisa, a vacina quadrivalente é indicada para mulheres e homens entre 9 e 26 anos, e vacina bivalente é indicada para mulheres entre 10 e 25 anos. Novos estudos mostraram que as vacinas também são seguras para mulheres com mais de 26 anos, e os fabricantes já iniciaram os procedimentos para que a Anvisa aprove seus produtos para faixas etárias mais avançadas. No momento, as clínicas não estão autorizadas a aplicar as vacinas em faixas etárias superiores às estabelecidas pela Anvisa.
Ambas as vacinas possuem maior indicação para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Países que adotam a vacinação em programas nacionais de imunização utilizam a faixa etária de 9 a 13 anos.

Fique atento: Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes. E mais, “não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não. Nesses casos, a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada, levando em conta as expectativas e a relação custo-benefício pessoal.” INCA

Um pouco mais...
Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato com o HPV aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.”

As vacinas são seguras e bem toleradas, pelo menos aos vírus que elas se propõem a prevenir. Os eventos adversos mais observados incluem dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção e dor de cabeça de intensidade leve a moderada.

A vacina é contra indicada para:
Gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas, com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos. E, segundo o INCA, “há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos”.

Nosso intuito com este texto foi trazer um pouco mais de luz às questões importantes relacionadas a área da sexualidade e que, muitas vezes, ficamos desinformados ou mal informados!

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Referências Webgráficas

Portal do INCA - HPV e câncer - Perguntas mais frequentes. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/hpv-cancer-perguntas-mais-frequentes  acesso em 06.06.2016

Ramos, S. P., HPV. Disponível em http://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/hpv/ acesso em 06.06.2016