segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Abuso Sexual na Infância: 3º estágio!


Olá queridos... sejam bem-vindos!
Foto do site: pixabay.com
Devido a viagens e muito trabalho extra, estive um tempo sem escrever para este blog, mas hoje, estamos de volta para continuação de nossas postagens sobre os estágios do abuso sexual na infância. Abordaremos o terceiro dos quatro estágios. Os estágios anteriores podem ser encontrados nas postagens abaixo desta.

Estágio: O abuso

Estamos nos referindo ao abuso sexual propriamente dito, seja por interação física ou psicológica. Segundo Allender (2008, p.122) o abuso pode acontecer de variadas maneiras e vir de tantas fontes distintas que chega a ser perigoso falar sobre ele sem algumas precauções.

É importante lembrar que existe uma graduação clara quanto à severidade e intensidade do dano causado pelo abuso. Abaixo, algumas considerações sobre este estágio.

1- Quanto à natureza do relacionamento, pode ser variado, mas existe aqueles que são mais específicos e principalmente quanto ao grau de proximidade (pai versus vizinho);
2- Quanto ao grau de intimidade anterior ao abuso, isto desempenha um papel importante na extensão do dano;
3- Quanto ao grau com que a violência física ou psicológica foi usada ou serviu de ameaça também influencia os resultados de curto e longo prazo.

As considerações acima, são de Allender (2008, p.123), mas como especialista em inteligência emocional, adiciono a seguinte observação: 

É importante lembrar que, além das considerações acima apresentadas por Allender, o fator interpretativo e significativo dado aos abusos pela vítima, podem potencializar o sofrimento e as marcas deixadas. Cada ser humano é único e tem suas próprias possibilidades interpretativas e dão significado diferentes para o abuso que sofreu, por exemplo: uma pessoa pode ter sofrido o abuso sexual psicológico, mas o seu aprisionamento pode ser maior e mais profundo do que outra criança que sofreu o abuso psicológico e físico. Assim, dizer que um abuso é mais devastador que o outro, apenas pela verificação dos fatos, é perigoso e até danoso, pois, sem querer, a vítima pode entender que a sua dor está sendo atenuada ou potencializada.

Foto do site: pixabay.com

Não fácil chegar a um resultado que determine a gravidade do dano. Geralmente, “o abuso sexual acontece num contexto de vazio, confusão e solidão, um contexto que prepara a vítima para um desconcertante relacionamento de traição, ambivalência e impotência à medida que o adulto passa de uma fase à outra do processo”. Allender (2008, p. 124)

A traição envolve mais coisas do que a sabotagem da relação. É também intensamente pessoal e física. Este é um conceito difícil de entender e de aceitar, especialmente por aqueles que sofreram o abuso.

Devemos pensar na complexidade que é falar sobre a questão do despertamento sexual que o abuso físico traz. Afinal, o corpo humano é capacitado para sentir prazer, mas este tipo de despertamento é pervertido pelo abuso sexual. É preciso lembrar que, gostando ou não, o abuso traz consigo um despertar de prazer na vítima... um prazer legítimo, dentro de um contexto que faz com que a apreciação seja um veneno perigoso.

Allender (2008, p. 125) conta a história de uma jovenzinha de 13 anos que foi abusada por uma autoridade eclesiástica que acompanhava a família dela desde que ela era apenas uma criancinha.

No momento em que o abuso sexual propriamente dito se iniciou, ela se sentiu extremamente ambivalente quanto ao relacionamento. Por um lado, ela apreciava a proximidade e a intimidade e, por outro, sentia-se assustada e culpada. Sentiu-se despertada sexualmente por seu toque, mas, ao mesmo tempo, usada e vulgar. Seu compromisso em acabar com aquele relacionamento abusivo parecia forte o suficiente nos momentos em que estava sozinha; ao sentir o toque suava das mãos dele, a determinação se desvanecia. Ela se sentia fraca e derrotada: sentia-se uma traidora todas as vezes que se encontravam.

É difícil descrever a experiência paradoxal da ambivalência. Ter uma emoção forte (terror) e um sentimento igualmente poderoso (desejo) parece algo inconcebível. Adicione-se a confusão à contradição. Como alguém pode odiar e desejar a mesma pessoa? Como se pode apreciar e odiar o prazer sexual vivido durante o abuso? A confluência de correntes emocionais tão antagônicas faz com que a vítima se sinta enfraquecida, louca e envergonhada. (Allender, 2008, p. 125)
  
Por não controlar a resposta psicológica ao prazer, e a incapacidade de interromper o abuso, muitas crianças sentem-se traídas pelo seu próprio corpo. É até desgostoso escrever isto, mas despertamento sensual, prazer sexual e até mesmo o orgasmo podem acontecer quando uma criança sofre abuso, mesmo quando há um forte desejo de evitar a sensação.

O despertamento sexual não será vivenciado em todas as situações em que houver um abuso. Em alguns casos, o temor vai bloquear o despertamento; em outros casos, a dor física é tão severa que o prazer é impossível.

Claro que, até pode ser que não ocorra nenhum despertamento consciente, pois a vítima pode dissociar seu pensamentos e sentimentos de sua experiência física. Conforme Allender, (2008, p.126, 127) “Este estado é similar ao que se chama de experiência extracorpórea ou transe hipnótico auto-induzido... Quando a informação é por demais opressora, um fusível queima, impedindo que todo o sistema elétrico se danifique... Não é incomum que a vítima bloqueie totalmente seus sentimentos de ódio...”

Segundo Allender (2008, p. 127), existe uma combinação de impotência, traição e ambivalência que contribui e constitui para o estabelecimento de avassaladoras emoções traumáticas.

A impotência revela uma incapacidade da vítima em afastar-se do agressor ou, ainda a concorrência interna onde as emoções se tornam impossíveis de serem coordenadas. As vítimas, muitas vezes, preferem não ter qualquer tipo de sentimento.

Na ambivalência Sexual, é importante destacar que nem todos os abusos do estágio 3 implicam violação física. O abuso sexual propriamente dito inclui interações psicológicas que são extremamente danosas. Um exemplo de interação psicológica, Allender (2008, p. 127), cita a história de um treinador que depois de levar o seu aluno a executar um exercício complexo, frequentemente tocava a nuca dele, gentilmente apertava seus ombros ou fazia comentários sobre a graciosidade e força de seu corpo em desenvolvimento.

E uma coisa intrigante pela qual Allender, nos lembra, diz respeito ao ódio da traição e o pânico oriundo da possibilidade de perda do relacionamento com o abusador e familiares da vítima e isto, cria ambivalência na vítima.

Como é possível perceber, o abuso sexual propriamente dito, dispara um emaranhado de emoções que, em

muitos casos, o despertamento sexual fará parte da experiência do abuso sexual. Ambivalência - a mistura de ódio e desejo, prazer e vergonha - ativa um forte desejo de dissociar e separar as duas emoções opostas, de forma que é criada na alma uma grande fenda entre o prazer e o ódio, onde, freqüentemente, os dois componentes são apagados da memória. (Allender, 2008, p. 128)

Todos os dias, nos deparamos com situações que nos incomodam e nos deixam aflitos, imagine o que acontece com aquelas crianças que passam por situações de abusos constantes na infância... sim, os danos são profundos. Sem contar que estes danos são levados para sua vida adulta. 

Não podemos fechar os nossos olhos e acreditar que as crianças que sofreram abuso sexual tenham que simplesmente, esquecerem ou apenas fingir que não há mais dor para ser curada. 

Sabe de algum caso de criança que sofre abuso sexual? Não se omita, denuncie ainda hoje. Ligue: 100

Um forte abraço a você que veio aqui. Deixe seu comentário e se quiser contar sua história, escreva para raigodoy@hotmail.com e se desejar, diga que prefere que o seu nome não apareça. 

Rai Godoy

Todos os artigos aqui postados são de responsabilidade e *autoria de:
Rai Godoy - Especialista em Sexualidade, Inteligência Emocional e Analista de Perfil Comportamental - Life Coach - Conselheira Profissional – Hipnoterapeuta (Instituto Versate e ACT Institute) - Membro da ABRASEX, SBRASH, SBIE e SLAC. *com algumas exceções que serão devidamente citadas

Referência:

Allender, Dan B., Lágrimas Secretas: Cura para vítimas de abuso sexual na infância. São Paulo: Mundo Cristão, 1999 – 3ª reimpressão 2008 

Um comentário:

  1. Je suis ici pour témoigner de la façon dont mon virus Herpes a été guéri par le Dr Lewis.

    Je suis Catherine Peterliu, du Texas, États-Unis. J'étais dans une relation avec un gars et nous avons eu des relations sexuelles non protégées pour la première fois et en l'espace d'une journée, j'ai eu une grosse bosse sur le pli de ma cuisse et de mon vagin. après quelques jours, il a commencé à faire de plus en plus mal. Je lui ai dit de prendre une photo pour moi, et ça ressemblait à des plaies ouvertes, comme si des insectes mordaient ma peau ou quelque chose du genre. Alors je suis allé aux urgences et ils ont dit l'herpès génital. J'étais tellement déprimé. mon copain et moi avons pleuré. il a pleuré pour moi, mais il ne savait pas qu'il en avait aussi. le lendemain, la même chose lui arrive. à ce stade, nous pensons que je lui ai donné parce que j'ai été le premier à montrer les symptômes. La phase suivante que j'ai traversée était la dépression. À ce stade, tout ce que j'ai fait était dormir et pleurer. Je me sentais comme si ma vie était finie. Je savais que je ne pourrais jamais me marier, je me sentais sale et sans valeur. J'ai été déprimé pendant environ deux mois. Je combattais les idées suicidaires et même accomplir mes tâches quotidiennes me causait beaucoup de soucis. Alors j'ai commencé à me demander s'il y aurait un remède à cette maladie, ce qui m'a amené à visiter de nombreux hôpitaux, et rien de bon n'en est sorti, jusqu'à ce que j'ai lu en ligne le témoignage d'une personne qui disait avoir été guérie avec l'aide de Dr LEWIS Spell, de cette maladie que le monde juge incurable et des larmes ont coulé sur mon visage. Ce témoignage de personne a suscité en moi un espoir qui m'a amené à contacter le Dr Lewis. Alors il nous a assuré que tout irait bien, après avoir répondu aux exigences nécessaires, il nous a envoyé un colis et nous a donné un guide d'instructions sur la façon de l'utiliser, ce que nous avons fait après 7 jours d'utilisation du médicament, l'herpès était totalement guéri. Donc, mon petit ami et moi-même sommes allés faire un test de dépistage pour chaque MST dans le livre. Tous les tests sont revenus NÉGATIF. Nous sommes également retournés à l'hôpital et le résultat a été confirmé comme négatif. Je poste mon témoignage pour aider quelqu'un qui souffre de cette maladie. N'hésitez pas à contacter le Dr LEWIS par e-mail: Lewis7temple@gmail.com ou par téléphone au +2347067468416
    IL A AUSSI GÉRÉ LA MALADIE SUIVANTE:
    HPV
    L'HERPÈS GÉNITAL
    TRICHOMONIASIS
    CHLAMYDIA
    HIV
    BLENNORRAGIE
    VHB
    SYPHILIS
    CANCER
    ÉLARGISSEMENT DU PÉNIS
    BOOBS ÉLARGENT....

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