terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sexualidade na Família: Como eu nasci?

Olá à todos: Bem-vindos!
Eduardo, Anyck e Clarinha
Nossa abordagem de hoje sobre Sexualidade na Família tem como intenção refletir um pouquinho sobre a faixa etária infantil. Nosso objetivo é levar os pais a refletirem se a maneira como abordam o tema da sexualidade desde a mais tenra infância pode gerar futuros adultos com problemas sérios na área da sexualidade. Talvez, vocês perguntem: por onde começaremos?

Começaremos do começo!

A faixa etária que nossa postagem vai abordar engloba crianças desde o nascimento até os 7 anos. E, a primeira observação que faremos em relação à esta faixa etária é que, diferente de nós adultos, a criança não tem tabus. É claro que, uma parte delas, nos dias atuais, já possuem uma certa marca de erotização devido ao fato deles estarem sendo influenciados pela mídia em geral e pelos comportamentos inadequados demonstrados pelos adultos.

Está certo, mas... e as perguntas que eles tanto fazem?

Em se tratando das perguntas “difíceis” de serem respondidas, estão as relacionadas ao universo da sexualidade. Uma das mais temidas é: Mamãe (ou papai) como eu nasci?

Ao ouvir esta pergunta, muitas vezes, temidas pelos pais e, especialmente, pela mãe, já é o suficiente para desestruturá-las. Infelizmente, muitas mães desconversam ou até brigam com a criança dizendo que o que elas estão falando é algo feio e completam: “Papai do céu vai castigar você, pois isto é feio”!

Gostaríamos de considerar estas duas maneiras de se recepcionar uma simples e inocente pergunta como a que escrevemos acima:

“Algumas mães desconversam”
Isto é muito triste, pois estas mães, perdem a oportunidade de criar laços importantes de segurança e causar sensação de pertença e acolhimento à fala da criança.

Quando silenciamos as crianças sobre determinados assuntos, podemos sem perceber, emitir sinais de desprezo pelo assunto e menosprezo pela criança. Pode soar como pouco caso ou desaprovação do diálogo que ali se estabeleceu.

A criança pode sentir, no mínimo, de duas formas: ela está sendo desprezada e não é apenas neste assunto ou o assunto em si não deve ser discutido ou conversado em família. Os pais podem passar a impressão de que esse assunto deve ser tratado fora da família já que não se fala sobre ele, mas tem muita gente fora da família falando sobre sexo e sexualidade e quer queira ou não, as crianças vão saber e, na maioria das vezes, de forma incorreta.

“A mãe briga com a criança”
Quando as mães afirmam que é feio aquele assunto e ainda usa da figura divina para repreendê-la torna ainda mais complexa a situação, pois neste caso, ou a criança se fecha e se reprime para este tema em questão (e no futuro, no casamento, vai colher os frutos desta repressão) ou ela vai se tornar uma adolescente em pleno desespero por sexo. Neste sentido, Deus passa a ser o “cara mau” que também é o “estraga prazer”.

 Eduardo, Anyck e Clarinha
Exclusivamente para os religiosos - se você é religioso e ensina que o sexo não é uma coisa boa, certamente estará plantando uma grande e profunda raiz de repulsa por Deus e pelo sexo que impedirá e dificultará uma futura vida sexual saudável.

Ok! Entendemos, mas como responder a esta pergunta “cabeluda”: Como eu nasci?

Se a criança não tem tabus é porque ela não possui a moralidade que há nos adultos. Então, quando uma criança (dependendo da idade e esperteza) faz esta pergunta, ela não vê maldade em perguntar algo que deseja aprender. São os adultos que carregam com moralidade uma pergunta simples.  

Não enrola... nos diga como responder a esta pergunta: Mamãe, como eu nasci?

Muitas crianças, dependendo da faixa etária, vai aceitar a simples resposta: Você nasceu nuzinho! Você não tinha roupas quando saiu da barriga da mamãe. Nasceu banguela, sem cabelos ou muito cabeludo!

Nesta hora, a mãe (ou quem está respondendo) pode pegar uma boneca (de preferência para as meninas) ou um boneco (de preferência) para os meninos e tirar a roupinha e dizer: Foi assim que você nasceu! Mas não precisa apontar as genitais se não se sentirem confortáveis. Só é despir a boneca ou boneco para retratar a nudez!

Se a criança não perguntar mais nada, não responda mais nada. Se você perceber que ela vai continuar fazendo perguntas continue falando: Aí, quando você nasceu, o médico colocou roupinhas em você porque na barriga da mamãe era quentinho e não precisava de roupas.

Enquanto fala isto, a mãe pode pegar a mão da criança e colocar sobre a barriga dela e mostrar como é quentinha. Pronto! Aí se estabeleceu um diálogo em que não apenas as palavras foram importantes, mas olhar a boneca, tocar a barriga da mãe e assim por diante. Este é um tipo de diálogo que gera muito conforto e sensação de acolhimento para a criança.

Fica a dica:
Muitos pais contam histórias de princesas e príncipes encantados para as filhas, mas em sua maioria, não contam estas mesmas histórias para os meninos. Assim, as meninas, em seu imaginário, esperam que príncipe encantado chegarem para salvá-las. No entanto, os meninos que não ouvem esta história, não entendem ou não sabem que eles são os príncipes encantados que as princesas estão esperando. É como dizemos em nossas palestras: As princesas esperam os príncipes encantados montados num cavalo branco e, quando menos se espera, chegam dois cavalos, um montado no outro. (rs) Mas a culpa não é do príncipe, mas das rainhas e reis (mães e pais) que não ensinaram para os meninos com as mesmas “ferramentas” de ensino para as meninas, ou seja, a leitura de livros de contos.


Agradecimentos especiais pela Família Viana que deixou nossa postagem mais linda!
Gentilmente cedida pela Família Viana
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Bem, esta postagem abordou uma faixa etária em que a criança não tem muita compreensão das coisas, mas sabe que através das respostas de suas indagações, ela foi amplamente acolhida.

Na próxima postagem, vamos dar continuidade sobre esta faixa etária e abordaremos o próximo passo a ser dado quando a criança continua insatisfeita fazendo perguntas que podem constranger os adultos. 

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