segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Só para casais!

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Hoje, faremos algumas considerações, críticas e daremos algumas dicas a partir de vídeos do programa A LIGA da Rede Bandeirantes que foi postado no YouTube desde junho de 2011 – O vídeo foi postado em 5 partes e tem como título: Sexualidade de Casais.

Pedimos que, assistam primeiro aos vídeos e foquem no casal: Roger e Ruth, pois é deste casal que iremos fazer nossas considerações.

Então, nos acompanhem nestes vídeos e considerações...


Rafinha Bastos, um dos apresentadores do programa vai ao encontro deste casal dizendo que precisa apimentar a relação que caiu no marasmo.

São 5 anos de relacionamento entre Roger e Ruth. Rafinha Bastos apresenta dados que dão conta que 72% dos casais brasileiros admitem que a rotina diminui o desejo sexual. A minha primeira observação vai para esta situação em que se apresentam dados, mas não se diz a fonte destes dados. Isto é a mídia irresponsável, mas o que estamos reclamando? Isto é TV.

Então, o apresentador convida o casal para se consultar com o um sexólogo que. Neste encontro, o marido aponta a falta de desejo sexual pela esposa devido as questões do trabalho e o cansaço psicológico que os problemas causam. A esposa já assume o seu ciúme e a forma rude como ela lida com a situação.

Infelizmente, o sexólogo faz considerações generalizada a respeito do comportamento das mulheres e afirma, categoricamente, que “TODA mulher é reprimida e que NÃO foi criada para transar”. Ele tenta fazer com que a esposa confirme o que ele acabou de dizer e, com estranheza, ela diz que não é assim. 

A forma como generalizamos o comportamento das mulheres tem trazido grandes problemas para a vida sexual de um casal, pois todos não agem da mesma forma: SOMOS SERES ÚNICOS! Continuando o atendimento, o sexólogo passa a orientar o casal com sugestões para “apimentar” a relação sexual deles. Ele diz: “Primeiro rever o relacionamento de vocês e é isso que vai melhorar” – E ele está coberto de razão em falar isto. Mas sem mais e sem menos, apenas para dar o formato do programa, ele passa a orientar o casal a procurar “as várias opções que existem por aí” como: Casa de Feitiches, Shows Eróticos. Sex Shop, etc..

Apimentar, temos observado como este e outros termos relacionados a alimentação tem sido repetitivo em nossos dias nas relações sexuais. Agora, vamos considerar palavras para definir uma pessoa que julgamos sensual ou atraente: “gostosa”, “delícia”, etc. Estes termos só eram utilizados para se referir a alimentação saborosa e, especialmente quando estávamos com fome. Mas, qual é a conexão existente entre estes termos e a questão da relação sexual? A questão é que, atualmente, o outro ser que é agradável aos nossos olhos servem para serem “comidos”. Assim, nós temos desejos sexuais pelo outro que é “gostoso” e o “comemos”. Vamos ser mais claros: Nós desejamos e nos deliciamos. Como o outro é apenas o objeto da minha fome e desejo, não importa como ele se sentirá. “Eu como e pronto... depois... é bem capaz que este outro só nos encontre quando formos ao banheiro descarta-lo na hora de defecar! 

Assim, conforme apresentado acima, tem sido os dias atuais. Somos e tratamos as pessoas como objeto de nosso desejo, saciamos temporariamente a nossa fome e depois o descartamos. Infelizmente, assim anda a humanidade.

O sexólogo diz mais: “Sexo é lúdico, sexo é brincadeira”!
Se “sexo é lúdico e é brincadeira” não deveria ser algo tão complexo a ponto de ter que buscar, fora do casamento, a solução para melhorar esta relação tão importante e séria quanto é a relação sexual do casal. Calma.... não estamos afirmando que sexo é uma coisa ruim ou feia. Sexo é algo muito gratificante e prazeroso. Só achamos estranho tratar a relação sexual como se fosse algo simples e que se pudesse resolver os problemas buscando objetos para “apimentar” a relação.

Uma pausa para falarmos um pouco sobre a nossa experiência em ouvir...
Certa vez, ouvimos um casal que buscou uma “pimenta” e acharam: a “pimenta ardeu tanto” que acabaram se separando. O marido comprou um vibrador clitoriano para esposa e ela preferiu ficar com o vibrador, pois "era mais rápido que ele na hora de manipular seu clitóris, não precisava fazer janta para ele e não roncava" (palavras da esposa).

No desenrolar no programa, o apresentador volta a mostrar dados sem apresentar a fonte deles. Vejam a figura abaixo com os dados:


Se a indicação de se buscar acessórios no Sex Shop ajudasse na relação sexual do casal, desse certo, não veríamos tantos casais reclamando da falta de sexo. Falta de sexo? Sim! Isto mesmo que vocês leram... falta de sexo! As muitas discussões a respeito de sexo e a constante exposição de cenas eróticas em quase todos os programas de televisão dão a entender que todos estão fazendo sexo. Exceto quem está ouvindo e vendo este monte de coisas relacionadas a sexo que estão sendo divulgadas.

Quer prova disto?
Se as pessoas precisam de Sex Shop para “apimentar” a relação sexual, significa que a coisa não vai tão bem quanto a mídia tenta impressionar/pressionar.

Voltando ao vídeo...
Vimos o que aconteceu com casal no Sex Shop, quando a dona da loja cumprimenta o marido, a câmera fica normal, mas quando ela cumprimenta a esposa, cria-se uma cena em câmera lenta.  A impressão que nos passa é que “pintou uma certa situação ali”. Na verdade, o editor da cena quis chamar a atenção para o que estava por vim.

Interessante é ver a dona do Sex Shop também generalizando o comportamento sexual humano (masculino), ela diz: “qualquer homem pede para mulher usar” ela está se referindo as roupas eróticas, mas o marido já a desmente dizendo que ele não age assim. De fato, nem todo homem gosta de ver sua esposa nas roupas eróticas, pois uma parte destes homens associam estas roupas a mulheres promíscuas.

Ainda no Sex Shop, o marido, ao ver uma “calcinha comestível”, diz que vai levar para um amigo dele que pediu. A esposa acha estranho o comportamento do marido que, ao invés de se empolgar com algo para o casal, se lembra do amigo. O marido está, o tempo todo, dando a entender que o problema deles não tem a ver com aquilo e, que, aqueles acessórios não têm valor algum para solucionar o problema deles.

Em certo momento, a dona do Sex Shop apresenta uma caneta com “tinta comestível”. A reação do marido ao provar o produto foi de recusa e desaprovação do produto. Mas vocês prestaram atenção na reação da esposa quando a dona do Sex Shop lambe o braço da esposa? A situação é tão visível que o Rafinha Bastos pede para repetir a cena. É assim que se produz a possibilidade de uma relação extraconjugal: Uma pessoa carente que é rejeitada pelo cônjuge e que encontra em outro (ou outra) a atenção e o desejo por ela.

A dona do Sex Shop acha que os objetos da loja dela são coisas necessárias. Será? Ela também diz que é uma brincadeira a mais para o casal. De novo a questão do sexo como “brincadeira”.

Na sequência, o programa, de novo, mostra o sexólogo falando que sexo não é uma coisa simples e passar a aconselhar o casal. Eles estão falando sobre como foi a ida ao Sex Shop. Vocês viram quando a esposa estava provando a roupa do Sex Shop que o marido tem outra demonstração de descaso para com a esposa? Desconsertado e sem entender, o apresentador chama o marido no canto e depois de uma conversa, ele começa a reagir positivamente (de forma forçada).

Na hora de finalizar a compra e levar os acessórios sexuais, Rafinha pergunta o que a mulher mais gostou e ela pega um dildo (conhecido como vibrador). Esta esposa está demonstrando visivelmente o seu desespero por sexo. O marido deixa a esposa levar o vibrador se ele puder levar as fitas de pornografia. Valor total da conta total R$ 837,00 reais!!!


Na sequência, o sexólogo continua dando orientações para o casal como: Comunicação, intimidade, prazer, confiança... Ele diz que estes são pontos importantes para o casal e, agora, de forma acertada, ele começa a falar coisas que tem conexão com ajustes para uma vida sexual mais vibrante entre o casal.

A narradora do programa fala de aspectos para uma boa relação: Companheirismo, intimidade e bom relacionamento. No entanto, no decorrer no programa, começa a ficar claro o motivo deste casamento estar sem "tempero”: O adultério está ou esteve entre eles!

Vemos que, após a esposa ter acusado o marido de adultério, ela mesma confessa que já o havia traído. No entanto, o marido nega a acusação do adultério feito pela esposa. O apresentador pergunta para o marido como foi receber a notícia da traição da esposa e ele disse que “foi normal”. É negação demais! Este homem não demonstra sentimentos em momento algum! A melhor saída para eles é procurar ajuda e trabalhar a questão do perdão. Mas isto, em momento algum é considerado no programa.

O sexólogo fala de chicotadas para “apimentar” a relação. E ficamos a pensar sobre a questão da violência doméstica nos dias atuais e do que realmente significa o sadomasoquismo. (No sadomasoquismo verdadeiro, não existem acordos para parar de bater no outro. As pessoas estão brincando de sadomasoquismo até o dia que encontrarem alguém que realmente lide de forma séria com o sadismo).

Só agora podemos parabenizar este sexólogo quando finaliza dizendo a verdade que foi dita no começo das orientações: “Primeiro, rever o relacionamento de vocês e é isso que vai melhorar”.

Rafinha, o apresentador, sugere que, o que foi apresentado no programa pode ajudar os casais que estão assistindo. E vocês, o que acham? Acreditam que uns acessórios de Sex Shop, uma noitada com outros casais ou mesmo umas chicotadas podem “apimentar” a relação sexual ou podem trazer mais problemas para o casal?

Sabemos que poucos responderiam a estas perguntas feitas acima, pois é muito difícil de se falar sobre sexo e, nós concordamos que, se a sexualidade do casal é algo tão íntimo, porque precisamos trazer a público?

Entendemos que, se há problemas na relação do casal, deve-se buscar ajuda séria, mas não precisamos nos expor publicamente.

Deixaremos uma pequena lista de 10 dicas do que podem ajudar a vida sexual do casal:
  1. Sejam inteligentes emocionalmente e não apenas racionalmente
  2. Busque fontes sérias de conhecimento sobre sexo
  3. O diálogo é fundamental
  4. Separe dias para estarem juntos (não estamos falando de sexo)
  5. O casal pode trocar a relação sexual que é feita normalmente pela noite para o período da manhã, pois acordarão sem as pressões do dia e o cansaço que atualmente tem atingido os casais depois de um dia todo de trabalho
  6. Evitem “apimentar” a relação sexual a partir de objetos e acessórios, pois com o tempo, cai na mesma rotina
  7. Pornografia não ajuda a “apimentar” a relação sexual, pode viciar e, até mesmo, causar disfunção erétil – isto é comprovado
  8. Não banalize o sexo, ele é algo lindo de viver
  9. Cuidem-se do aspecto físico para ajudar a elevar a autoestima e, consequentemente, ajudar na autoimagem e despreocupar-se disto na hora da relação sexual
  10. Demonstrem desejo um pelo outro

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Bem, esperamos que nossa postagem ajude aos casais amigos e leitores de nosso blog. Deixamos um forte abraço e a certeza de que podemos ser melhores em tudo o que fizermos.


Um comentário:

  1. Muito boa essa matéria. Não acho necessário essa busca de recursos para "apimentar" a relação. como você mesma falou aqui, é necessário haver diálogo, respeito e principalmente amor, tem que haver uma avaliação da relação entre os dois mas sem se expor, como foi o caso desses casais do vídeo, isso é muito constrangedor e acaba forçando o outro a fazer algo que não agrada.

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