Olá
queridos!
Sejam
bem-vindos a mais uma postagem.
Sigam-nos!
Sigam-nos!
Hoje,
faremos algumas considerações, críticas e daremos algumas dicas a partir de
vídeos do programa A LIGA da Rede Bandeirantes que foi postado no YouTube desde
junho de 2011 – O vídeo foi postado em 5 partes e tem como título: Sexualidade
de Casais.
Pedimos que, assistam primeiro aos vídeos e foquem no casal: Roger e Ruth, pois é deste casal que iremos fazer nossas considerações.
Então,
nos acompanhem nestes vídeos e considerações...
Rafinha
Bastos, um dos apresentadores do programa vai ao encontro deste casal dizendo
que precisa apimentar a relação que caiu no marasmo.
São
5 anos de relacionamento entre Roger e Ruth. Rafinha Bastos apresenta dados que
dão conta que 72% dos casais brasileiros admitem que a rotina diminui o desejo
sexual. A minha primeira observação vai para esta situação em que se apresentam
dados, mas não se diz a fonte destes dados. Isto é a mídia irresponsável, mas o
que estamos reclamando? Isto é TV.
Então,
o apresentador convida o casal para se consultar com o um sexólogo que. Neste encontro, o marido aponta a falta de desejo sexual pela esposa
devido as questões do trabalho e o cansaço psicológico que os problemas causam.
A esposa já assume o seu ciúme e a forma rude como ela lida com a situação.
Infelizmente,
o sexólogo faz considerações generalizada a respeito do comportamento das
mulheres e afirma, categoricamente, que “TODA mulher é reprimida e que NÃO foi
criada para transar”. Ele tenta fazer com que a esposa confirme o que ele
acabou de dizer e, com estranheza, ela diz que não é assim.
A forma como
generalizamos o comportamento das mulheres tem trazido grandes problemas para a
vida sexual de um casal, pois todos não agem da mesma forma: SOMOS SERES
ÚNICOS! Continuando o atendimento, o sexólogo passa a orientar o casal com
sugestões para “apimentar” a relação sexual deles. Ele diz: “Primeiro
rever o relacionamento de vocês e é isso que vai melhorar” – E ele está coberto
de razão em falar isto. Mas sem mais e sem menos, apenas para dar o formato do
programa, ele passa a orientar o casal a procurar “as várias opções que existem por aí” como: Casa de Feitiches, Shows Eróticos. Sex Shop, etc..
Apimentar,
temos observado como este e outros termos relacionados a alimentação tem sido
repetitivo em nossos dias nas relações sexuais. Agora, vamos considerar palavras para definir uma
pessoa que julgamos sensual ou atraente: “gostosa”, “delícia”, etc. Estes termos
só eram utilizados para se referir a alimentação saborosa e, especialmente
quando estávamos com fome. Mas, qual é a conexão existente entre estes termos e
a questão da relação sexual? A questão é que, atualmente, o outro ser que é
agradável aos nossos olhos servem para serem “comidos”. Assim, nós temos
desejos sexuais pelo outro que é “gostoso” e o “comemos”. Vamos ser mais
claros: Nós desejamos e nos deliciamos. Como o outro é apenas o objeto da minha
fome e desejo, não importa como ele se sentirá. “Eu como e pronto... depois...
é bem capaz que este outro só nos encontre quando formos ao banheiro descarta-lo
na hora de defecar!
Assim,
conforme apresentado acima, tem sido os dias atuais. Somos e tratamos as
pessoas como objeto de nosso desejo, saciamos temporariamente a nossa fome e depois o
descartamos. Infelizmente, assim anda a humanidade.
O
sexólogo diz mais: “Sexo é lúdico, sexo é brincadeira”!
Se
“sexo é lúdico e é brincadeira” não deveria ser algo tão complexo a ponto de
ter que buscar, fora do casamento, a solução para melhorar esta relação tão
importante e séria quanto é a relação sexual do casal. Calma.... não estamos
afirmando que sexo é uma coisa ruim ou feia. Sexo é algo muito gratificante e
prazeroso. Só achamos estranho tratar a relação sexual como se fosse algo
simples e que se pudesse resolver os problemas buscando objetos para
“apimentar” a relação.
Uma
pausa para falarmos um pouco sobre a nossa experiência em ouvir...
Certa
vez, ouvimos um casal que buscou uma “pimenta” e acharam: a “pimenta ardeu tanto”
que acabaram se separando. O marido comprou um vibrador clitoriano para esposa
e ela preferiu ficar com o vibrador, pois "era mais rápido que ele na hora de
manipular seu clitóris, não precisava fazer janta para ele e não roncava" (palavras da esposa).
No
desenrolar no programa, o apresentador volta a mostrar dados sem apresentar a
fonte deles. Vejam a figura abaixo com os dados:
Se
a indicação de se buscar acessórios no Sex Shop ajudasse na relação sexual do
casal, desse certo, não veríamos tantos casais reclamando da falta de sexo.
Falta de sexo? Sim! Isto mesmo que vocês leram... falta de sexo! As
muitas discussões a respeito de sexo e a constante exposição de cenas eróticas
em quase todos os programas de televisão dão a entender que todos estão fazendo
sexo. Exceto quem está ouvindo e vendo este monte de coisas relacionadas a sexo
que estão sendo divulgadas.
Quer
prova disto?
Se
as pessoas precisam de Sex Shop para “apimentar” a relação sexual, significa
que a coisa não vai tão bem quanto a mídia tenta impressionar/pressionar.
Voltando
ao vídeo...
Vimos o que aconteceu com casal no Sex Shop, quando
a dona da loja cumprimenta o marido, a câmera fica normal, mas quando ela
cumprimenta a esposa, cria-se uma cena em câmera lenta. A impressão que nos passa é que “pintou uma
certa situação ali”. Na verdade, o editor da cena quis chamar a atenção para o
que estava por vim.
Interessante
é ver a dona do Sex Shop também generalizando o comportamento sexual humano (masculino), ela diz: “qualquer homem pede para mulher usar” ela
está se referindo as roupas eróticas, mas o marido já a desmente dizendo que ele
não age assim. De
fato, nem todo homem gosta de ver sua esposa nas roupas eróticas, pois uma parte
destes homens associam estas roupas a mulheres promíscuas.
Ainda
no Sex Shop, o marido, ao ver uma “calcinha comestível”, diz que vai levar para
um amigo dele que pediu. A esposa acha estranho o comportamento do marido que,
ao invés de se empolgar com algo para o casal, se lembra do amigo. O marido
está, o tempo todo, dando a entender que o problema deles não tem a ver com
aquilo e, que, aqueles acessórios não têm valor algum para solucionar o problema
deles.
Em
certo momento, a dona do Sex Shop apresenta uma caneta com “tinta comestível”. A
reação do marido ao provar o produto foi de recusa e desaprovação do produto. Mas vocês prestaram atenção na reação da esposa quando a dona do Sex Shop lambe
o braço da esposa? A situação é tão visível que o Rafinha Bastos pede para
repetir a cena. É assim que se produz a possibilidade de uma relação
extraconjugal: Uma
pessoa carente que é rejeitada pelo cônjuge e que encontra em outro (ou outra)
a atenção e o desejo por ela.
A
dona do Sex Shop acha que os objetos da loja dela são coisas necessárias. Será? Ela
também diz que é uma brincadeira a mais para o casal. De novo a questão do sexo
como “brincadeira”.
Na
sequência, o programa, de novo, mostra o sexólogo falando que sexo não é uma
coisa simples e passar a aconselhar o casal. Eles estão falando sobre
como foi a ida ao Sex Shop. Vocês viram quando a esposa estava provando a roupa
do Sex Shop que o marido tem outra demonstração de descaso para com a esposa?
Desconsertado e sem entender, o apresentador chama o marido no canto e depois
de uma conversa, ele começa a reagir positivamente (de forma forçada).
Na
hora de finalizar a compra e levar os acessórios sexuais, Rafinha pergunta o
que a mulher mais gostou e ela pega um dildo (conhecido como vibrador). Esta
esposa está demonstrando visivelmente o seu desespero por sexo. O marido deixa
a esposa levar o vibrador se ele puder levar as fitas de pornografia. Valor
total da conta total R$ 837,00 reais!!!
Na
sequência, o sexólogo continua dando orientações para o casal como:
Comunicação, intimidade, prazer, confiança... Ele diz que estes são pontos
importantes para o casal e, agora, de forma acertada, ele começa a falar coisas
que tem conexão com ajustes para uma vida sexual mais vibrante entre o casal.
A
narradora do programa fala de aspectos para uma boa relação: Companheirismo,
intimidade e bom relacionamento. No entanto, no decorrer no programa, começa a
ficar claro o motivo deste casamento estar sem "tempero”: O adultério está ou
esteve entre eles!
Vemos
que, após a esposa ter acusado o marido de adultério, ela mesma confessa que já
o havia traído. No entanto, o marido nega a acusação do adultério feito pela
esposa. O apresentador pergunta para o marido como foi receber a notícia da
traição da esposa e ele disse que “foi normal”. É negação demais! Este homem
não demonstra sentimentos em momento algum! A melhor saída para eles é procurar ajuda e trabalhar a questão do perdão. Mas isto, em momento algum é considerado no programa.
O
sexólogo fala de chicotadas para “apimentar” a relação. E ficamos a pensar
sobre a questão da violência doméstica nos dias atuais e do que realmente
significa o sadomasoquismo. (No sadomasoquismo verdadeiro, não existem acordos
para parar de bater no outro. As pessoas estão brincando de sadomasoquismo até
o dia que encontrarem alguém que realmente lide de forma séria com o sadismo).
Só agora podemos parabenizar este sexólogo quando finaliza dizendo a verdade que foi dita no
começo das orientações: “Primeiro, rever o relacionamento de vocês e é isso que
vai melhorar”.
Rafinha,
o apresentador, sugere que, o que foi apresentado no programa pode ajudar os
casais que estão assistindo. E vocês, o que acham? Acreditam que uns acessórios
de Sex Shop, uma noitada com outros casais ou mesmo umas chicotadas podem
“apimentar” a relação sexual ou podem trazer mais problemas para o casal?
Sabemos
que poucos responderiam a estas perguntas feitas acima, pois é muito difícil de
se falar sobre sexo e, nós concordamos que, se a sexualidade do casal é algo
tão íntimo, porque precisamos trazer a público?
Entendemos
que, se há problemas na relação do casal, deve-se buscar ajuda séria, mas não
precisamos nos expor publicamente.
Deixaremos uma pequena lista de 10 dicas do que
podem ajudar a vida sexual do casal:
- Sejam inteligentes emocionalmente e não apenas racionalmente
- Busque fontes sérias de conhecimento sobre sexo
- O diálogo é fundamental
- Separe dias para estarem juntos (não estamos falando de sexo)
- O casal pode trocar a relação sexual que é feita normalmente pela noite para o período da manhã, pois acordarão sem as pressões do dia e o cansaço que atualmente tem atingido os casais depois de um dia todo de trabalho
- Evitem “apimentar” a relação sexual a partir de objetos e acessórios, pois com o tempo, cai na mesma rotina
- Pornografia não ajuda a “apimentar” a relação sexual, pode viciar e, até mesmo, causar disfunção erétil – isto é comprovado
- Não banalize o sexo, ele é algo lindo de viver
- Cuidem-se do aspecto físico para ajudar a elevar a autoestima e, consequentemente, ajudar na autoimagem e despreocupar-se disto na hora da relação sexual
- Demonstrem desejo um pelo outro
-------
Bem,
esperamos que nossa postagem ajude aos casais amigos e leitores de nosso blog. Deixamos
um forte abraço e a certeza de que podemos ser melhores em tudo o que fizermos.
Muito boa essa matéria. Não acho necessário essa busca de recursos para "apimentar" a relação. como você mesma falou aqui, é necessário haver diálogo, respeito e principalmente amor, tem que haver uma avaliação da relação entre os dois mas sem se expor, como foi o caso desses casais do vídeo, isso é muito constrangedor e acaba forçando o outro a fazer algo que não agrada.
ResponderExcluir