quinta-feira, 7 de abril de 2016

PERFIS - Camboja: Quésede Eger, sua história e missão!

Olá de novo! Sejam todos bem vindos!

No final desta entrevista 4, você poderá deixar seu comentário, pois estará concorrendo a um livro pelo segundo aniversário do nosso blog!

O espaço PERFIS traz alguém que tem um trabalho/ministério muito incomum. Poucos são capazes de fazer o que ela e seu esposo fazem. E, é isto que os tornam mais especiais ainda!

Quem é ela?
Amorosa, determinada, cheia de fé e com muita vontade de ir ao Camboja tentar mudar a vida de pessoas envolvidas na prostituição e em especial, aqueles que vivem disto porque não veem outra saída diante do quadro instalado naquele país!
Membro da Igreja Casa de Oração e para conhecer, acesse: http://casadeoracaocentral.com.br/

O que ele faz?
Neste momento está, juntamente com o esposo, se preparando para ir ao Camboja.

Seus Estudos?
Cursou Administração e ETED (Escola de Treinamento e Discipulado) na JOCUM (Jovens Com Uma Missão)

Ama a obra de Deus com todo o seu coração, ama as vidas que precisam de acolhimento, assim, é a Quésede Eger!

Vamos à entrevista...

SM: Você não faz ideia como é bom tê-la em nosso espaço, pois conhecer pessoas como você que fazem o trabalho de acolhimento e evangelização às pessoas que se prostituem é muito difícil de achar!
Quésede: O prazer é todo meu em poder compartilhar com vocês um pouquinho sobre o nosso trabalho e sobre os sonhos que Deus tem nos dado.

SM: Quésede não é um nome muito comum e seu sobrenome também não. Qual é a origem de seu nome? Onde nasceu?
Quésede: (risos) É verdade, meu nome é bem incomum mesmo, é um nome bíblico de origem hebraica e significa “Cidade de Deus”, está em Gênesis 22:22. Eu sou brasileira mesmo, nasci no interior de SP, porém minha mãe é filha de alemães, daí veio o sobrenome Eger.

SM: Gostaria que falasse um pouco de você e de sua história de vida.
Quésede: Bom, eu tenho 31 anos, sou casada com o Flávio há 1 ano e 2 meses, e desde 2011 estou em missões em tempo integral. Comecei a trabalhar bem cedo, desde os 14 anos. Trabalhei em várias áreas, mas me formei em administração (profissão que eu realmente gosto). Desde pequena fui envolvida em ações e trabalhos sociais, meus pais são pastores, e eles tem um coração enorme para missões, crianças em risco, inclusão social, etc. O trabalho tinha como foco, o evangelho integral e, durante muitos anos a nossa igreja abrigava um projeto social que cuidava de crianças em situação de risco e vulnerabilidade social, e mesmo bem pequena, eu “ajudava”. Foi com meus pais e os irmãos da igreja que aprendi a dividir, socorrer, amparar e ser voz para quem não pode falar ou ser ouvido. Em 2011 decidi que precisava fazer mais do que eu já fazia, foi quando ingressei na ETED (Escola de Treinamento e Discipulado) na JOCUM (Jovens Com Uma Missão) e trabalhei nessa missão até março desse ano (2016) em BH.

SM: Como foi que você decidiu trabalhar na evangelização de pessoas envolvidas na prostituição?
Quésede: Ainda em 2011, numa quinta feira eu recebi um convite de um senhor para participar de um evangelismo em BH na zona boêmia, eles já faziam um trabalho de intercessão e cultos naquela região. A intenção, naquele momento, era entrar nos prostíbulos para falar pessoalmente com as mulheres. Embora, um pouco resistente, eu fui e quando voltei para casa, acabei deixando o coração lá. E, os pensamentos me faziam refletir. E eu não parava de questionar: “Como é que alguém pode ser tão discriminado e rejeitado? Porque ninguém os ouve? Será que sabem que Jesus os amam?”. Bem, continuei visitando, e conhecendo mulheres e travestis, discipulando e fazendo amigos.


SM: Você é casada há quanto tempo? É missionária e, qual é a posição do seu marido em relação ao trabalho que você realiza?
Quésede: Antes de me casar, eu orava dizendo: Deus, tudo bem se eu não casar, mas se for para eu casar, o cara precisa olhar essas mulheres com os Seus olhos. E o Flávio apareceu e do jeitinho que eu pedia (risos). Junto comigo ele faz visitas e aconselhamentos.

SM: Atualmente vocês estão em Minas Gerais, ok? E, em um grupo do Facebook denominado “Até que Todos Saibam...”, faz referência há uma viagem para o Camboja, nos conte um pouco sobre isto.
Quésede: Nós já deixamos BH, há um mês fizemos a nossa mudança, e agora estamos em Presidente Prudente-SP, trabalhando junto com nossa igreja para levantarmos recursos para irmos e vivermos no Camboja. Há alguns anos (uns 7), eu ouvi um missionário falar sobre o Camboja, eu pensei: “eu preciso ir pra lá!” Mas não sabia quando ou como, mas em meados de agosto de 2015, sentimos o nosso coração pulsar mais forte enquanto assistíamos um documentário sobre o sudeste asiático. Então ficamos inquietos e agitados, até que conversamos com Deus sobre isso e nos colocamos a disposição para ir. Havia chegado a hora de ir para o Camboja! Lá, também, vamos trabalhar com vítimas de exploração sexual e tráfico humano e, entendemos que nosso tempo em BH foi uma preparação para o que vamos encontrar lá no Camboja.

SM: Vocês trabalham para alguma agência missionária? Se sim, fale-nos a respeito de como vocês são sustentados financeiramente.
Quésede: Estamos sendo enviados pela nossa igreja Casa de Oração para todos os povos, e não fazemos parte de uma outra agência missionária, mas certamente trabalharemos em parceria com agências que já desenvolvem ou tem interesse de desenvolver um trabalho com esse público no Camboja. Nós não somos assalariados, somos voluntários e nosso sustento vem de pessoas que acreditam na transformação através do Amor, investem em missões investindo nas nossas vidas. Não temos muitos parceiros assim, pq sempre vivemos de maneira bem simples e queremos continuar a fazer assim, mas o custo de vida no Camboja é muito alto, tudo é muito caro. Segundo informações, o aluguel de uma casinha bem pequena gira em torno de 500 dólares, ou seja 2.000,00 reais. Precisamos aumentar a nossa rede de parceiros.

SM: Quando pretendem viajar?
Quésede: Queremos ir no dia 01 de junho deste ano, mas, ainda não temos as passagens, porém, cremos que Deus vai levantar pessoas que queiram nos abençoar com as passagens ou milhas.

SM: Qual idioma é falado no Camboja? Sente-se preparada para interagir logo que chegar ou pretendem ir aprendendo o idioma quando chegarem lá?
Quésede: Lá é falado o Khmer, é uma língua falada apenas lá, e só se aprende lá. Sabemos que vamos ter que dedicar um tempo para o aprendizado da língua, mas a princípio vamos nos comunicar em inglês, ou na linguagem do coração (risos).

SM: Você deve estar contando os dias para ir, mas como é lidar com esta situação?
Quésede: Estamos um pouco ansiosos e contando os dias, mas também, praticando a fé e a paciência. Já amamos o Camboja, mesmo sem termos pisado lá... por vezes sonhamos com lugares e pessoas de lá.

SM: Conte-nos um pouco do trabalho que pretende realizar no Camboja.
Quésede: O Camboja sofreu um genocídio há 36 anos. Mais de 3 milhões de pessoas foram mortas, e tudo o que era lindo e próspero acabou, as plantações sumiram, os animais morreram, muitas doenças vieram. Então a população viveu sem uma liderança e sem cuidados. Por conta disso, a prostituição cresceu assustadoramente. O país é conhecido como a “fronteira aberta para a pedofilia e tráfico de pessoas”. Queremos trabalhar com famílias que enxergam na prostituição a única fonte de renda e sobrevivência. É comum no Camboja que os pais vendam os filhos mais novos para sustentar os mais velhos, então queremos oferecer outras formas de sustento, ensinando alguns ofícios como marcenaria, gastronomia, artesanato... Para um futuro, que espero que seja próximo, queremos trabalhar com o abrigamento dessas famílias, para que o cuidado seja integral, até se sentirem prontas para viverem por si mesmas.

SM: Como é lidar com a questão do sustento financeiro que ainda não está completo e o tempo está passando?
Quésede: Existem dias em que bate uma aflição, vemos um desafio muito grande e a falta da generosidade nas pessoas e, uma boa parte delas, não entendem que ao nos enviar, elas também estarão fazendo parte da transformação da vida de pessoas ao redor do mundo. Mas quando o coração aperta, é hora de descansar em Deus e deixa-lo trabalhar por nós. Estamos exercitando nossa fé.


SM: Chegamos ao fim desta entrevista. Em nosso blog há muitos cristãos e pessoas de outras religiões e, até mesmo, pessoas que não seguem nenhum tipo de religião. Assim, conhecendo o nosso público, que tipo de mensagem você deixaria?
Quésede: O nosso trabalho não se baseia em religião, nós cremos e servimos ao Deus do amor. Acreditamos que o amor é o principal agente de transformação para qualquer pessoa e ou comunidade. Entendemos que o ser humano não é apenas espiritual, mas também é corpo e intelecto,
e todas essas esferas precisam ser devidamente alimentadas e cuidadas. Você pode fazer mais pelo mundo! Você pode ser um agente de transformação através do amor. Ame, compartilhe, abrace e cuide. Caso você não possa fazer isso, adote um missionário.

Acreditamos muito nas pessoas de bem e que desejam trabalhar em prol do seu semelhante e, por isto, deixamos o link abaixo para que, você que gostou e se emocionou com a história de vida da Quésede e quer colaborar na realização deste grande feito, acesse, conheça e colabore com este trabalho! 


Abaixo, estão as formas de colaborar com este ministério lindo, é só clicar na figura abaixo para ver, ou entre em contato através do Facebook https://www.facebook.com/quhttps://www.facebook.com/quesede.egeresede.eger



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