segunda-feira, 17 de abril de 2017

TPM: Conhecendo e Tratando! 2ª etapa

Olá, sejam bem-vindos, ou melhor, devido ao tema, seria melhor dizer: Sejam bem-vindas!

 Na primeira postagem sobre este tema, abordamos assuntos variados e, através de perguntas e respostas, elucidamos algumas questões. Nesta segunda etapa, avançaremos um pouco mais na compreensão desta condição que leva a mulher a muitos sofrimentos e, até mesmo, discriminação, pois muitas pessoas se utilizam deste termo (TPM) para denegrir as mulheres.

Bem, nossa intenção é continuar abordando o tema através de perguntas e respostas, pois este parece ser um modelo que agrada às pessoas que se deparam com questões muito parecidas com as suas próprias.

O que causa a TPM?                      
Segundo a comunidade científica, não se tem, ainda, uma única certeza, mas existem algumas teorias que podem ajudar a elucidar as causas da TPM. No entanto, essa tensão, parece ser gerada por alterações hormonais que antecedem a menstruação.

Que teorias são estas?
Apresentaremos, pelo menos, duas delas:

1ª - Uma pesquisa estabeleceu que existe uma íntima ligação entre o estrógeno e a função mental. Como se sabe, o estrógeno melhora o humor, pois ele possui muitos receptores no cérebro que afetam a cognição e a memória. E, o que esta pesquisa tem demonstrado é que uma substância chamada serotonina que é um hormônio cerebral regulador de muitos tipos de humor e emoções. É o estrógeno que altera o metabolismo ou degradação da serotonina que por sua vez reflete nas variações das emoções. Assim, foi possível entender que pouca serotonina leva a sintomas de depressão. É por isso que há muitos exemplos de variações hormonais tais como a puberdade, o pós-parto e a menopausa e isto pode haver um efeito associado no humor e no comportamento devido ao excesso ou escassez desses hormônios.                        

Lembre-se: é importante saber que a proporção de estrógeno/progesterona pode levar a um desequilíbrio desses neurohormônios.                       

2ª - Uma outra teoria, liga a TPM à deficiência de uma substância chamada beta-endorfina que está quimicamente relacionada a morfina. A beta-endorfina é produzida naturalmente no corpo e pode produzir o “barato” que alguns sentem quando se exercitam, e que pode estar presente para fazer você se sentir bem.

Segundo essa teoria, cerca de uma semana antes da menstruação, os níveis de beta-endorfina diminuem naturalmente. Quando os níveis diminuem, o corpo o empreende uma "minisíndrome de abstinência da morfina". É importante alertar que os sintomas de abstinência da morfina e os sintomas da TPM são muito similares como a irritabilidade, a raiva e a depressão. E, isso, pode explicar porque o exercício é um remédio tão excelente para alguns problemas da TPM.                       

As teorias parecem totalmente válidas, certo?
É preciso lembrar que a conexão de serotonina e endorfina apresentada na primeira teoria abordada, não explica todos os sintomas da TPM. Existem muitas causas diferentes e todas combinadas para dar a experiência única de TPM que cada mulher sofre. É por isso que, também, encontrar um tratamento específico pode ser muito frustrante.
Existem receptores hormonais no cérebro e a ciência está descobrindo cada vez mais sobre como o estrógeno, a progesterona, bem como a testosterona se ligam a eles e afetam o humor, as emoções e os sentimentos.                       

Isto parece muito novo, certo?
Existe uma relação notória entre hormônios e comportamento e isto, também, conta porque muitas abordagens com ervas e dietas para controlar a TPM funcionam pois elas utilizam este sistema para exercer seus efeitos.

Como é feito o diagnóstico já que as fontes que originam as causas da TPM, ainda, são desconhecidas?
Apesar dos sintomas que, muitas vezes, são apresentados para tratar a TPM torna-se um problema e isto ocorre devido ao fato do diagnóstico inadequado ser feito pelo próprio paciente ou mesmo pelo profissional da saúde, pois muitos confundem esses sintomas com outras doenças ou as doenças (com os mesmos sintomas) com a TPM.

Então, não tem como diagnosticar?
O que se sabe é que, para tratar a TPM ou qualquer outro problema primeiro tem que se identificar corretamente que tipo de problemas estão acontecendo. E, só para lembrar, é sabido que a TPM é um grupo previsível e recorrente de sintomas desagradáveis que ocorre na segunda metade do ciclo menstrual. Esta é uma definição que pode ajudar a encontrar, a partir dos sintomas, o diagnóstico.

Uma luz no fim do túnel... Um dos melhores e mais úteis métodos de diagnosticar a TPM é ter um diário de sintomas. Este diário ajudará a mulher a manter um registro acurado dia-a-dia dos seus sintomas, pois ele será o fulcro pelo qual o diagnóstico correto é equilibrado.

E qual é o segredo deste diário de sintomas?
Bem, não existe atalho, pois o segredo é o tempo e a repetitividade dos problemas. E, o único jeito para demonstrar isso é ouvir conscientemente o seu corpo e prestar atenção aos sinais e sintomas que se está se experimentando.                      

Qual é a relevância deste diário de sintomas?
Fazer um diário de sintomas é importante porque acaba se forçando a prestar atenção nos sintomas diariamente, ou seja, é uma maneira estruturada de ouvir o próprio corpo. E, para algumas mulheres com TPM só o fato delas focalizarem nos seus sentimentos, quer físicos ou emocionais, pode reduzir o impacto dos sintomas.                       

Muitos médicos concordam que manter um diário por no mínimo de 3 meses é importante, mas é preciso lembrar que a TPM tem sintomas previsíveis e são repetitivos. Então, os sintomas que só aparecem uma vez e depois foi embora e não ocorreram mais, não deve ser associado à TPM.

Focar no problema se torna muito importante mesmo, não é verdade?
É importante focalizar os sintomas da TPM para se chegar ao diagnóstico, mas não permita que isso desloque a sua visão em um quadro maior. A TPM apenas um aspecto da sua vida não a deixe crescer mais invasora do que já é, ficando obcecada pelos seus sintomas.

O que fazer com este diário de sintomas?
Com 3 meses de diário pronto, leve para o seu profissional de saúde (de preferência, o seu ginecologista) para que ele possa acompanhar de perto o que vem ocorrendo em seu corpo.                       

Esse diário de sintomas é mais importante do que qualquer teste que o seu profissional possa fazer. Acredite, seu médico irá elogiar você e seus esforços se ele ou ela não der importância para o seu diário, procure outro médico! Nem todo médico gosta de trabalhar no intuito de curar a TPM porque não existe uma cura rápida.


A TPM pode ser confundida com outro período de mudanças de impacto hormonal importante?
Muitos sintomas da TPM e da perimenopausa são similares por isso é muito fácil que uma pessoa leiga e mesmo médico venha a confundir um com o outro. E isto, acaba sendo uma coisa muito confusa especialmente para que está na metade ou no final dos seus 40 anos.

Concluindo a 2ª etapa do tema TPM
Como já falamos, anteriormente, na TPM existe um desequilíbrio relativo do estrógeno e da progesterona na maioria dos casos e os sintomas são largamente atribuídos a dominância de estrógeno ou a interação do estrógeno com o hormônio serotonina mas é preciso lembrar que existe outras teorias que atribui a TPM e focaliza o desequilíbrio em outras áreas que não os hormônios. É, através, dos sintomas que se define a menopausa, pois sem os sintomas não haveria menopausa.

As respostas das perguntas feitas nesta postagem, traz como base, o livro "Benditos Hormônios - Abordando a TPM & a Menopausa à Maneire de Deus" - do Dr. Eaker
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Bem, já estamos preparando a terceira etapa da nossa próxima postagem sobre o tema da TPM. Nesta terceira etapa, daremos muitas dicas que ajudarão você diminuir, aliviar ou até ser curada da TPM.
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Este e todos os outros textos deste blog foram produzidos e são de responsabilidade:
Rai Godoy - Especialista em Sexualidade, Inteligência Emocional e Comportamento Humano (Coach). Membro da ABRASEX, SBRASH e SLAC.

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