Olá,
sejam bem-vindos, ou melhor, devido ao tema, seria melhor dizer: Sejam
bem-vindas!
Na
primeira postagem sobre este tema, abordamos assuntos variados e, através de
perguntas e respostas, elucidamos algumas questões. Nesta segunda etapa,
avançaremos um pouco mais na compreensão desta condição que leva a mulher a
muitos sofrimentos e, até mesmo, discriminação, pois muitas pessoas se utilizam
deste termo (TPM) para denegrir as mulheres.
Bem,
nossa intenção é continuar abordando o tema através de perguntas e respostas,
pois este parece ser um modelo que agrada às pessoas que se deparam com questões
muito parecidas com as suas próprias.
O que causa a TPM?
Segundo
a comunidade científica, não se tem, ainda, uma única certeza, mas existem
algumas teorias que podem ajudar a elucidar as causas da TPM. No entanto, essa
tensão, parece ser gerada por alterações hormonais que antecedem a menstruação.
Que teorias são estas?
Apresentaremos,
pelo menos, duas delas:
1ª
- Uma pesquisa estabeleceu que existe uma íntima ligação entre o estrógeno e a
função mental. Como se sabe, o estrógeno melhora o humor, pois ele possui
muitos receptores no cérebro que afetam a cognição e a memória. E, o que esta
pesquisa tem demonstrado é que uma substância chamada serotonina que é um
hormônio cerebral regulador de muitos tipos de humor e emoções. É o estrógeno
que altera o metabolismo ou degradação da serotonina que por sua vez reflete
nas variações das emoções. Assim, foi possível entender que pouca serotonina
leva a sintomas de depressão. É por isso que há muitos exemplos de variações
hormonais tais como a puberdade, o pós-parto e a menopausa e isto pode haver um
efeito associado no humor e no comportamento devido ao excesso ou escassez desses
hormônios.
Lembre-se:
é importante saber que a proporção de estrógeno/progesterona pode levar a um
desequilíbrio desses neurohormônios.
2ª
- Uma outra teoria, liga a TPM à deficiência de uma substância chamada beta-endorfina
que está quimicamente relacionada a morfina. A beta-endorfina é produzida
naturalmente no corpo e pode produzir o “barato” que alguns sentem quando se
exercitam, e que pode estar presente para fazer você se sentir bem.
Segundo
essa teoria, cerca de uma semana antes da menstruação, os níveis de
beta-endorfina diminuem naturalmente. Quando os níveis diminuem, o corpo o
empreende uma "minisíndrome de abstinência da morfina". É importante alertar
que os sintomas de abstinência da morfina e os sintomas da TPM são muito
similares como a irritabilidade, a raiva e a depressão. E, isso, pode explicar
porque o exercício é um remédio tão excelente para alguns problemas da TPM.
As teorias parecem totalmente
válidas, certo?
É
preciso lembrar que a conexão de serotonina e endorfina apresentada na primeira
teoria abordada, não explica todos os sintomas da TPM. Existem muitas causas
diferentes e todas combinadas para dar a experiência única de TPM que cada mulher
sofre. É por isso que, também, encontrar um tratamento específico pode ser muito
frustrante.
Existem
receptores hormonais no cérebro e a ciência está descobrindo cada vez mais
sobre como o estrógeno, a progesterona, bem como a testosterona se ligam a eles
e afetam o humor, as emoções e os sentimentos.
Isto parece muito novo, certo?
Existe
uma relação notória entre hormônios e comportamento e isto, também, conta
porque muitas abordagens com ervas e dietas para controlar a TPM funcionam pois
elas utilizam este sistema para exercer seus efeitos.
Como é feito o diagnóstico já que as
fontes que originam as causas da TPM, ainda, são desconhecidas?
Apesar
dos sintomas que, muitas vezes, são apresentados para tratar a TPM torna-se um
problema e isto ocorre devido ao fato do diagnóstico inadequado ser feito pelo
próprio paciente ou mesmo pelo profissional da saúde, pois muitos confundem
esses sintomas com outras doenças ou as doenças (com os mesmos sintomas) com a
TPM.
Então, não tem como diagnosticar?
O
que se sabe é que, para tratar a TPM ou qualquer outro problema primeiro tem
que se identificar corretamente que tipo de problemas estão acontecendo. E, só
para lembrar, é sabido que a TPM é um grupo previsível e recorrente de sintomas
desagradáveis que ocorre na segunda metade do ciclo menstrual. Esta é uma
definição que pode ajudar a encontrar, a partir dos sintomas, o diagnóstico.
Uma luz no fim do túnel...
Um dos melhores e mais úteis métodos de diagnosticar a TPM é ter um diário de sintomas. Este diário ajudará
a mulher a manter um registro acurado dia-a-dia dos seus sintomas, pois ele
será o fulcro pelo qual o diagnóstico correto é equilibrado.
E qual é o segredo deste diário de
sintomas?
Bem,
não existe atalho, pois o segredo é o tempo e a repetitividade dos problemas.
E, o único jeito para demonstrar isso é ouvir conscientemente o seu corpo e
prestar atenção aos sinais e sintomas que se está se experimentando.
Qual é a relevância deste diário de
sintomas?
Fazer
um diário de sintomas é importante porque acaba se forçando a prestar atenção
nos sintomas diariamente, ou seja, é uma maneira estruturada de ouvir o próprio
corpo. E, para algumas mulheres com TPM só o fato delas focalizarem nos seus
sentimentos, quer físicos ou emocionais, pode reduzir o impacto dos sintomas.
Muitos
médicos concordam que manter um diário por no mínimo de 3 meses é importante, mas
é preciso lembrar que a TPM tem sintomas previsíveis e são repetitivos. Então,
os sintomas que só aparecem uma vez e depois foi embora e não ocorreram mais,
não deve ser associado à TPM.
Focar no problema se torna muito
importante mesmo, não é verdade?
É
importante focalizar os sintomas da TPM para se chegar ao diagnóstico, mas não permita
que isso desloque a sua visão em um quadro maior. A TPM apenas um aspecto da
sua vida não a deixe crescer mais invasora do que já é, ficando obcecada pelos
seus sintomas.
O que fazer com este diário de
sintomas?
Com
3 meses de diário pronto, leve para o seu profissional de saúde (de
preferência, o seu ginecologista) para que ele possa acompanhar de perto o que
vem ocorrendo em seu corpo.
Esse
diário de sintomas é mais importante do que qualquer teste que o seu
profissional possa fazer. Acredite, seu médico irá elogiar você e seus esforços
se ele ou ela não der importância para o seu diário, procure outro médico! Nem
todo médico gosta de trabalhar no intuito de curar a TPM porque não existe uma
cura rápida.
A TPM pode ser confundida com outro
período de mudanças de impacto hormonal importante?
Muitos
sintomas da TPM e da perimenopausa são similares por isso é muito fácil que uma
pessoa leiga e mesmo médico venha a confundir um com o outro. E isto, acaba
sendo uma coisa muito confusa especialmente para que está na metade ou no final
dos seus 40 anos.
Concluindo a 2ª etapa do tema TPM
Como
já falamos, anteriormente, na TPM existe um desequilíbrio relativo do estrógeno
e da progesterona na maioria dos casos e os sintomas são largamente atribuídos
a dominância de estrógeno ou a interação do estrógeno com o hormônio serotonina
mas é preciso lembrar que existe outras teorias que atribui a TPM e focaliza o
desequilíbrio em outras áreas que não os hormônios. É, através, dos sintomas
que se define a menopausa, pois sem os sintomas não haveria menopausa.
As respostas das perguntas feitas nesta postagem, traz como base, o livro "Benditos
Hormônios - Abordando a TPM & a Menopausa à Maneire de Deus" - do Dr. Eaker
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Bem,
já estamos preparando a terceira etapa da nossa próxima postagem sobre o tema
da TPM. Nesta terceira etapa, daremos muitas dicas que ajudarão você diminuir, aliviar
ou até ser curada da TPM.
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Este e todos os outros textos deste blog foram produzidos e são de responsabilidade:
Rai Godoy - Especialista em Sexualidade, Inteligência Emocional e Comportamento Humano (Coach). Membro da ABRASEX, SBRASH e SLAC.
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