Olá queridos e queridas!
Como os nossos leitores
já sabem, maio é o mês em que separamos para falar sobre a questão do abuso
sexual na infância – ASI. Se você quiser conhecer abordagens anteriores sobre
este mesmo tema, clique nos links abaixo. Você encontrará muitas postagens
relevantes a respeito do ASI com subtemas como: definição, sintomas, maneiras
de prevenir, etc.
Hoje, falaremos sobre o
ASI sob a ótica do livro: Lágrimas Secretas (veja informações sobre o livro ao
final da postagem).
“De fato, apenas 11% dos
abusos sexuais são praticados por estranhos. A grande maioria dos abusos, no
entanto, ocorrem entre membros da família (29%) ou por alguém conhecido pela
vítima (60%)” Allender, (p.110). Estes dados são dos anos 90 e, acreditamos que
isto aumentou e muito nos dias atuais, pois as informações e dados são um pouco
mais realistas, hoje em dia. Afinal, as muitas denúncias da atualidade,
demonstram que há muito mais ASI ocultos nos seios familiares do que podemos
imaginar.
Bem, todo ASI é uma
violação, não apenas do corpo de uma criança, mas também, da sua alma humana e
a sua mente ainda em formação que, tão facilmente registra para sempre todos as
experiências e, especialmente, as que são vividas sob forte impacto emocional,
“mas quando o abuso é executado por um membro da família ou por alguém que
ganhou a confiança da pessoa a perda é ainda mais severa. Abuso sexual é sempre
a violação de um relacionamento. Esta violação sempre causa danos à alma, ainda
que em diferentes níveis”. Allender (p.111).
O ASI ocorre dentro de um
contexto e segundo Allender (p.111), “o contexto é algo muito importante para a
compreensão desta primeira fase”. Todos os detalhes são importantes na
compreensão de cada fase do ASI. Ainda, conforme Allender (p.111), dependendo
do lar, ele se torna “solo fértil para o desenvolvimento de carências da alma”.
Vejamos agora, lares que
propiciam o ASI, conforme aponta Allender (p.111)
1- Que apresentam
um relacionamento distante e vazio;
2- Que não
apresentam intimidade legítima e sadia;
3- Em que as
pessoas não têm a certeza de que são queridas de fato, “por aquilo que é e não
por aquilo que faz”;
4- Onde a criança
perde suas características infantis e chegam ao cúmulo de assumirem papéis que
seriam dos seus pais;
5- Em que não
existe direito à privacidade nem durante os processos de higiene individual
6- Em que não se dá
direito ao espaço físico e liberdade de pensamentos;
7- Onde o pai
diz a uma filha que seus sentimentos estão errados, são loucos ou simplesmente
inexistentes... onde seus sentimentos são negados ou rejeitados;
Bem, há muitos outros
lares que são típicos solos férteis para que se instale um ambiente propício
para a criação de crianças fragilizadas e prolifere a ação de abusadores de
crianças. Talvez, observar e considerar estes pontos acima apresentados, já nos
dê uma pista de como anda o nosso lar.
Precisamos perceber se
algo falta, pois precisamos estar mais atentos ao que ronda nossa família. Um
pouco mais de amor, atenção, respeito e consideração... bem, isto já será um
começo! Não apenas, para evitar o risco do ASI, mas para que se tenha um lar em
que todos os membros sejam e sintam-se amados, acolhidos, ouvidos e seguros, a
ponto de se abrirem e encontrarem um ambiente com calor humano, afetividade e
cumplicidade familiar... apoio, aconchego...
Lembrem-se “A experiência
de ser profundamente usado e desprezado por alguém em quem confiamos e consideramos
destrói a esperança de que um relacionamento possa ser profundamente apreciado”.
Allender (p.115).
Um forte abraço a você
que veio,
Rai Godoy
Todos os artigos aqui postados são de
responsabilidade e *autoria de:
Rai Godoy
- Especialista em Sexualidade, Inteligência Emocional e Analista de Perfil
Comportamental - Life Coach - Conselheira Profissional – Hipnoterapeuta
(Instituto Versate e ACT Institute) - Membro da ABRASEX, SBRASH, SBIE e SLAC. *com
algumas exceções que serão devidamente citadas
Referência:
Allender,
Dan B., Lágrimas Secretas: Cura para vítimas de abuso sexual na infância. São
Paulo: Mundo Cristão, 1999 – 3ª reimpressão 2008
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