
Primeira história:
Eu morava no Estado do Espírito Santo quando uma jovem muito tímida e
confusa me ligou e disse com tristeza: “Por que eu me sinto uma E.T.? Por que
não me encaixo nas conversas sobre sexo que as minhas amigas relatam? Todas elas
já fizeram sexo, incluindo algumas religiosas e aí eu me pergunto: Será que eu
estou errada me guardando? Será que tô errada por que penso em estudar e
conhecer um rapaz, me casar e só aí iniciar uma vida sexual?”
Claro que eu conversei com aquela jovem que passou a entender que ela
não tinha que se igualar as pessoas que eram manipuladas pela, mídia, cultura,
etc Ela seguiu pela vida e foi para faculdade. Perdemos um pouco o contato
porque vim morar no Rio, mas nunca mais esqueci dela!
Segunda história:
Outra história que me lembrei ao escrever o texto abaixo foi a de outra
mocinha aqui do Rio de Janeiro. Em sua adolescência não conseguia se encaixar
no meio em que vivia e resolveu se aliar a um grupo de emos. Segundo ela, para fazer parte daquele grupo específico, ela
tinha que ser bissexual. Assim, para ser aceita no grupo, teve que beijar uma
garota. Ela me relatou que sentia nojo de beijar outras meninas, mas para ser
aceita ela fez aquilo.
Quando ela me contou esta história, já estava em outra condição. Agora
não precisava mais fazer o que não gostava para ser aceita, pois buscou outros
amigos que a aceitava e respeitava seus princípios.
Bem, vamos ao texto...
Durante o tempo em que estive buscando artigos para compor minha
monografia, descobri que, no Brasil, além de sex shop, também ocorre eventos diversificados como as feiras de
produtos eróticos! Estas feiras acontecem ao longo do ano e tem crescido o
número de participantes. Crescem, também, os lucros deste tipo de mercado.
Pesquisando um pouco mais, verifiquei que, segundo o site O Globo, os
empresários do setor erótico, estão prevendo um crescimento de 14,5% e na área
(do setor erótico) já faturou R$ 1,7 bilhão em 2015 no Brasil!
A intenção dos empreendedores neste setor é continuar diversificando os
produtos vendidos e os meios de fazer com que este mercado cresça mais ainda.
Segundo Evaldo Shiroma, idealizador da maior feira do ramo no país - a Erótika
Fair - este setor do mercado está "mostrando-se capaz de deixar essa
história de crise chupando dedo"!
Conforme o site O Globo, a empresária Júlia Ferraro, de apenas 24
anos, “...deu à alcunha de 'clube das mulheres' a seriedade merecida."
Isto porque esta jovem, amadureceu a ideia e criou a versão: Clube do Batom,
que produz vários eventos femininos.
Júlia Ferraro oferece aos seus clientes opções variadas como os shows de
strip-tease, no entanto, ela criou um curso de como fazer sexo oral e que custa
R$ 120,00. Segundo a empresária, a ideia surgiu pelo fato de muitas mulheres
perguntarem qual era a melhor maneira de fazer sexo oral: "Então,
resolvemos criar este curso" disse ela.
Caro leitor, eu não sei o que você pensa a respeito da matéria descrita
acima. No entanto, eu busco informações a respeito da sexualidade em livros e
sites de outros grupos que estudam este tema tão difundido pela mídia e que
também tem a falar a respeito deste assunto. Assim, trouxe dois parágrafos do
site Psiqweb, um site com artigos escritos por pessoas na área de medicina.
Bem, o texto abaixo não foi escrito em decorrência do artigo veiculado
pelo site O Globo e muito menos para o setor erótico especificamente. No
entanto, estes parágrafos abaixo podem nos dar uma ideia de como um pensador da
área de medicina pode ver os discursos sobre sexualidade em dias atuais.
“Nossa cultura exerce um forte apelo sexual, estabelece ‘normas’ de
sexualidade e recomenda protocolos. A mídia, principalmente a televisão,
revistas de moda ou de comportamento social banalizam o comportamento sexual,
sugerem uma certa obrigatoriedade de liberdade sexual, como se, para participar
da conjuntura a pessoa fosse obrigada a um tipo de comportamento eminentemente
facultativo, rotulam pejorativamente aqueles que não compartilham da
libertinagem.
Assim sendo, o ambiente cultural de nossos dias motiva pessoas para o
sexo. A Motivação Sexual representa a vontade de comportar-se sexualmente
conforme o modelo cultural e implica na ‘autorização’ social para a iniciativa,
para a receptividade ou para as duas coisas. Essas novas ‘normas’ politicamente
corretas motivam pessoas a procurar seguir o modelo vigente e o estímulo sexual
naturalmente facultativo passa a ser obrigatório; a mocinha que sai à noite e
não consegue ‘ficar’ com ninguém, sente-se compelida a achar que tem problemas.
Situações fisiologicamente e psicologicamente normais, onde o estímulo deveria
estar naturalmente ausente, são reclamadas como anormais pelas pessoas que não
estão conseguindo acompanhar o apelo sexual do sistema.”

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Interessante o tema proposto. Precisamos levar as pessoas a uma reflexão sobre alguns valores que se perderam diante desta sociedade manipuladora.
ResponderExcluirInteressante o tema proposto. Precisamos levar as pessoas a uma reflexão sobre alguns valores que se perderam diante desta sociedade manipuladora.
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