
Vamos lá...
O corpo feminino já fora visto
como algo muito próximo ao divino e hoje está muito próximo ao demoníaco. Mas, só
foi a partir do século XVIII que a sexualidade feminina passou a ser alvo de
pesquisadores. A mulher e sua sexualidade que outrora estava fora do alvo de
pesquisas passou a ocupar um importante lugar para médicos/psiquiatras.
Para alguns estudiosos como Freud, à mulher foi
relegado o espaço doméstico. Para aquele período, ela deveria ser protegida, pois era considerada frágil e
sensível, mas ao mesmo tempo era vista como alguém que possuía uma organização
física e moral degenerável.
Naquela época, a mulher deveria ter uma
postura que se enquadrasse aos padrões pré-estabelecidos para ela. Fora deste
padrão (de boa mãe e esposa) ela seria alvo de estigmas de degeneração, como:
prostituta, desvairada, louca, histérica, e até mesmo desnaturada.
Dentre outras coisas, a mulher
precisaria ser dominada para que a ordem social fosse mantida. Sua sexualidade
então seria dominada pelo marido e seriam monitorados pelos padrões da
sociedade em que viviam. É bom lembrar que, em muitas sociedades, a mulher já
foi considerada propriedade do homem.
No passado, o controle da sexualidade
feminina era concebido pelos pensadores religiosos e até mesmo por alguns
filósofos. A compreensão da época era que, o sexo estava numa categoria
inferior ou que era uma prática impura. Santo Agostinho, por exemplo, descreveu
o impulso sexual como sendo algo que provocaria uma desordem crônica nas
relações. Seu entendimento era que, o impulso sexual que perturbava até mesmo
em sonhos, era capaz de fazer coisas inimagináveis em outros momentos.
A purificação do sexo foi alvo das pregações de alguns
grupos religiosos que tinham que lidar com este tema a partir da procriação sem
contemplar o impulso e o prazer sexuais. E, como a mulher era tida como a
tentadora e consequentemente aquela que fazia com que os homens se tornassem
impuros, algo deveria ser feito para controla-la. Então, mesmo no casamento,
Agostinho ensinou que o prazer sexual deveria ser desconsiderado.
Tomás de Aquino foi outro pensador na construção dos
assuntos relacionados à sexualidade. Conforme Bússola (2012, p.83), Aquino
entendia que “Um homem inteligente jamais teria relações sexuais com
mulheres, nem mesmo com sua esposa porque ‘o ato sexual sempre tem algo de
vergonhoso em si e faz a pessoa enrubescer’" ("Summa Th."; q.
49; a. 4; ad 4)”
Estes e outros pensadores da sexualidade, e em especial à feminina,
trouxeram um leque de ideias que marcou a mentalidade que ainda hoje direciona
grande parte da população e, em especial a masculina (também, a mente de
algumas mulheres machistas! Infelizmente, muitas delas nem percebem o quanto
são machistas. Um dia eu falo sobre isto! rs).

Bem, no passado, uma mulher não tinha direito de escolher e nem se
sabia nada sobre sua sexualidade. Hoje em dia, com uma abertura sobre assuntos
relacionados à sexualidade, a mulher deve aproveitar para compartilhar com seu
marido também suas questões sexuais. Certamente ela terá uma vida muito mais
proveitosa (e ele mais ainda! rs)
Conceito e preconceito. Quanto mais nos apropriamos, mais nos posicionamos, mais conquistamos. Ser mulher amada por Deus e pelos que nos cercam é o verdadeiro resgate da nossa sexualidade. Isto nos faz compartilhar o melhor de nós:amor.
ResponderExcluirGrata pelo comentário que só veio somar ao nosso texto! Ainda mais você que é uma referência de saber e fazer acontecer o viver em Cristo!
ExcluirConceito e preconceito. Quanto mais nos apropriamos, mais nos posicionamos, mais conquistamos. Ser mulher amada por Deus e pelos que nos cercam é o verdadeiro resgate da nossa sexualidade. Isto nos faz compartilhar o melhor de nós:amor.
ResponderExcluir