quarta-feira, 8 de junho de 2016

Camisinha, HPV, câncer do colo do útero e muito mais!

Muitas pessoas me perguntam sobre a questão do HPV, assim, resolvi fazer uma postagem falando um pouco sobre este assunto e aproveito para acrescentar outros temas que julgo importantes. O texto está embasado a partir de uma longa entrevista postada no portal do INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.  

No decorrer da leitura deste texto, vocês terão algumas palavras ou frases em negrito, prestem bem a atenção, pois são alertas que servem para nossa reflexão!

O vírus HPV...
Vocês sabiam que a sigla HPV traduzida do inglês significa: papilomavírus humano e são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas?

É muito frequente e também transitória a infecção pelo HPV, mas na maioria das vezes, regride de forma espontânea. No entanto, a infecção que persiste é causada, comumente, por um tipo viral oncogênico (que tem o potencial para causar câncer). Assim, se as lesões causadas pela infecção pelo HPV aparecerem, não forem identificadas e tratadas, “podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca”. Assim, os homens também devem se preocupar e ficarem alertas, pois o HPV não é um vírus que atinge apenas as mulheres.

Tipos de HPV
Há mais de 150 tipos diferentes de HPV e, cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital. Como já foi dito, o HPV pode causar câncer e são pelo menos 13 tipos considerados oncogênicos. Dentre os HPV de alto risco oncogênicos, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Câncer do colo do útero...
“É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem, após muitos anos, se transformar em câncer.”

Sinais de câncer do colo do útero   
Segundo o INCA, as “lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial, seja em homens ou em mulheres, não apresentam sinais ou sintomas e, também, pode regredir espontaneamente. Mas se a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor,” mas nem sempre nesta ordem.

Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que é denominado de infecção latente. Quando as lesões não são visíveis, isto não significa a garantia de que o HPV não esteja presente, mas apenas que não está produzindo doenças.

Prevenindo o câncer do colo do útero:

Quem? Mulheres entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada três anos.

Como? De acordo o INCA, “apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de ser infectadas. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.” Qual relação sexual começa com a camisinha feminina?

-Com a vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual e fazendo o exame preventivo (de Papanicolaou ou citopatológico), que pode detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos.

“Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.”

Observem que as vacinas acima indicadas, confere proteção apenas contra 02 ou 04 tipos de HPV, no entanto como já alertamos: Há mais de 150 tipos diferentes de HPV e, cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital. Pelo menos 13 tipos são considerados oncogênicos. Já sabemos que os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero, mas não há vacinas que previnem os muitos outros tipos de HPV.

Onde? Nos postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do SUS estão disponíveis em todos os estados do País e os exames são gratuitos.

Alguns dados no mundo...
Segundo o INCA, “aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer do colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.”

“Estudos no mundo comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa percentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens.” Mas cuidado, pois “a infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral”. Assim sendo, se alguém foi infectado pelo HPV, após tratamento, ainda há possibilidade de novo contágio!

Outros fatores que aumentam o risco de câncer...
Estão interligados e aumentam o risco do câncer do colo do útero que vão além da infecção pelo HPV: imunidade, genética e comportamento sexual como: o início precoce da vida sexual e o excesso de parceiros sexuais. O número elevado de gestações, o uso de pílula anticoncepcional e até a “idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente".

Manifestações da infecção pelo HPV
Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação e a infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.

“As lesões clínicas se apresentam como verrugas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.

As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal.

Tratamento para a infecção pelo HPV
Não há tratamento específico para eliminar o vírus. Entretanto, o tratamento das lesões clínicas deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.

O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino.

Sobre as lesões...
De baixo grau não oferecem maiores riscos, tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. No entanto, a recomendação é que se repita o exame preventivo no prazo de seis meses.

No Brasil
“O Ministério da Saúde, em 2014, iniciou a implementação no Sistema Único de Saúde, da vacinação gratuita contra o HPV em meninas de 9 a 13 anos de idade, com a vacina quadrivalente. Esta faixa etária foi escolhida por ser a que apresenta maior benefício pela grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.”

“As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia. Mas, atenção, só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.”

Médicos indicados para o tratamento da infecção por HPV
Ginecologistas, urologistas ou proctologistas podem tratar pessoas com infecção por HPV. Outros especialistas podem ser indicados após análise individual de cada caso.

Transmissão do vírus HPV:
Ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada. E a principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Mas o fato de ter mantido relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção, mas não sabemos qual é o risco por não conhecermos a contagiosidade do HPV. O INCA avisa que, “apesar da ansiedade ocasionada pela possibilidade de contaminação, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV. As pessoas expostas ao vírus devem ficar atentas para o surgimento de alguma lesão, mas não adianta procurar o médico no dia seguinte, pois isto pode levar semanas a meses para ocorrer. As mulheres devem obedecer à periodicidade de realização do exame preventivo (Papanicolaou).”

Outra forma de transmissão do HPV é durante o parto. Vale lembrar que, a ocorrência de infecção pelo HPV durante a gravidez não implica em má formação do feto.

O parto normal não é contra-indicado, pois, apesar de ser possível a contaminação do bebê, o desenvolvimento de lesões é muito raro. Pode também ocorrer contaminação antes do trabalho de parto e a opção pela cesariana não garante a prevenção da transmissão da infecção. A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.

O INCA observa, “não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas”. Mas não custa ser cautelosos na hora de utilizar banheiros públicos e fazer uso de roupas íntimas e toalhas. Todo cuidado é pouco contra este vírus ou qualquer outro tipo de doença contagiosa!

Calendário da vacinação contra o HPV
Em 2016, o Ministério da Saúde adotou o calendário de duas doses sendo a segunda dose seis meses após a primeira. As mulheres entre 9 e 26 anos com HIV devem receber três doses, sendo a terceira após 60 meses (0, 6 e 60 meses).

Quem pode ser vacinado?
Meninas de 9 a 13 anos de idade têm garantidas a vacina gratuita no SUS. Outros grupos podem dispor das vacinas em serviços privados, se indicado por seus médicos.

De acordo com o registro na Anvisa, a vacina quadrivalente é indicada para mulheres e homens entre 9 e 26 anos, e vacina bivalente é indicada para mulheres entre 10 e 25 anos. Novos estudos mostraram que as vacinas também são seguras para mulheres com mais de 26 anos, e os fabricantes já iniciaram os procedimentos para que a Anvisa aprove seus produtos para faixas etárias mais avançadas. No momento, as clínicas não estão autorizadas a aplicar as vacinas em faixas etárias superiores às estabelecidas pela Anvisa.
Ambas as vacinas possuem maior indicação para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Países que adotam a vacinação em programas nacionais de imunização utilizam a faixa etária de 9 a 13 anos.

Fique atento: Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes. E mais, “não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não. Nesses casos, a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada, levando em conta as expectativas e a relação custo-benefício pessoal.” INCA

Um pouco mais...
Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato com o HPV aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.”

As vacinas são seguras e bem toleradas, pelo menos aos vírus que elas se propõem a prevenir. Os eventos adversos mais observados incluem dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção e dor de cabeça de intensidade leve a moderada.

A vacina é contra indicada para:
Gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas, com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos. E, segundo o INCA, “há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos”.

Nosso intuito com este texto foi trazer um pouco mais de luz às questões importantes relacionadas a área da sexualidade e que, muitas vezes, ficamos desinformados ou mal informados!

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Agradecemos a sua visita ao nosso Blog e desejamos uma vida de muita saúde para você e sua família!


Referências Webgráficas

Portal do INCA - HPV e câncer - Perguntas mais frequentes. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/hpv-cancer-perguntas-mais-frequentes  acesso em 06.06.2016

Ramos, S. P., HPV. Disponível em http://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/hpv/ acesso em 06.06.2016

5 comentários:

  1. Muito bom esses esclarecimentos. Conhecimento e atitude, aliados importantes na prevenção e tratamento. Obrigada, Ray!💋💕

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  3. Je suis ici pour témoigner de la façon dont mon virus Herpes a été guéri par le Dr Lewis.

    Je suis Catherine Peterliu, du Texas, États-Unis. J'étais dans une relation avec un gars et nous avons eu des relations sexuelles non protégées pour la première fois et en l'espace d'une journée, j'ai eu une grosse bosse sur le pli de ma cuisse et de mon vagin. après quelques jours, il a commencé à faire de plus en plus mal. Je lui ai dit de prendre une photo pour moi, et ça ressemblait à des plaies ouvertes, comme si des insectes mordaient ma peau ou quelque chose du genre. Alors je suis allé aux urgences et ils ont dit l'herpès génital. J'étais tellement déprimé. mon copain et moi avons pleuré. il a pleuré pour moi, mais il ne savait pas qu'il en avait aussi. le lendemain, la même chose lui arrive. à ce stade, nous pensons que je lui ai donné parce que j'ai été le premier à montrer les symptômes. La phase suivante que j'ai traversée était la dépression. À ce stade, tout ce que j'ai fait était dormir et pleurer. Je me sentais comme si ma vie était finie. Je savais que je ne pourrais jamais me marier, je me sentais sale et sans valeur. J'ai été déprimé pendant environ deux mois. Je combattais les idées suicidaires et même accomplir mes tâches quotidiennes me causait beaucoup de soucis. Alors j'ai commencé à me demander s'il y aurait un remède à cette maladie, ce qui m'a amené à visiter de nombreux hôpitaux, et rien de bon n'en est sorti, jusqu'à ce que j'ai lu en ligne le témoignage d'une personne qui disait avoir été guérie avec l'aide de Dr LEWIS Spell, de cette maladie que le monde juge incurable et des larmes ont coulé sur mon visage. Ce témoignage de personne a suscité en moi un espoir qui m'a amené à contacter le Dr Lewis. Alors il nous a assuré que tout irait bien, après avoir répondu aux exigences nécessaires, il nous a envoyé un colis et nous a donné un guide d'instructions sur la façon de l'utiliser, ce que nous avons fait après 7 jours d'utilisation du médicament, l'herpès était totalement guéri. Donc, mon petit ami et moi-même sommes allés faire un test de dépistage pour chaque MST dans le livre. Tous les tests sont revenus NÉGATIF. Nous sommes également retournés à l'hôpital et le résultat a été confirmé comme négatif. Je poste mon témoignage pour aider quelqu'un qui souffre de cette maladie. N'hésitez pas à contacter le Dr LEWIS par e-mail: Lewis7temple@gmail.com ou par téléphone au +2347067468416
    IL A AUSSI GÉRÉ LA MALADIE SUIVANTE:
    HPV
    L'HERPÈS GÉNITAL
    TRICHOMONIASIS
    CHLAMYDIA
    HIV
    BLENNORRAGIE
    VHB
    SYPHILIS
    CANCER
    ÉLARGISSEMENT DU PÉNIS
    BOOBS ÉLARGENT....

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