quinta-feira, 30 de junho de 2016

Inteligência Sexual: Quarta Parte


Inteligência Sexual: Quarta Parte

Sejam todos bem vindos! Espero que todos estejam bem!

Antes de iniciar esta leitura, para que vocês tenham melhor compreensão, sugiro que leiam as outras três etapas desta abordagem.

Nas abordagens iniciais fizemos uma introdução ao tema da Inteligência Sexual. Depois, abordamos os dois primeiros Componentes da Inteligência Sexual (Conhecimento sexual, Consciência do Eu sexual secreto) e, aqui estamos com a quarta e última etapa deste tema especificamente!

Conheçam agora o terceiro Componente da Inteligência Sexual - Ligação com os outros (com as pessoas)
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Então, vamos caminhar juntos nesta etapa? Ok! Vamos lá...

Cada ser humano é único e cada ser é sexualmente é completamente diferente. Isto não é repetição, nosso intuito é leva-lo a internalizar sua individualidade e te fazer pensar a respeito de si mesmo(a).

Para se ter e manter uma vida sexualmente enriquecedora é preciso envolver outra pessoa. Assim, quando falamos de inteligência sexual, estamos falando da sexualidade no quesito relação com o esposo(a). Esta relação tem a ver com a parceria num nível em que as ferramentas como: habilidades sociais ou interpessoais sejam usadas de forma a conectar o casal.

Para algumas pessoas, só o fato de pensar em falar sobre sexo com o seu cônjuge já causa stress suficiente para, até em alguns casos, preferir a separação a ter que compartilhar suas necessidades na área da sexualidade.

Podemos refletir na situação em que, desde cedo, em família, se aprende que sexo não é um assunto para ser conversado. Segundo os Drs. Conrad e Dr Milburn (2002, p.30), a noção que temos a respeito de nossos sentimentos sexuais são literalmente horríveis demais para se falar sobre eles.

Se sentimos algo que não sabemos interpretar é uma condição complexa, mas imaginem, falar sobre estes sentimentos? É preciso vencermos esta barreira que é o silêncio. “Inteligência sexual envolve aprender a ser honesto consigo mesmo e com os parceiros sobre a identidade sexual” Conrad e Dr Milburn (2002, p.30).

Então, não há nada melhor que estar familiarizado com o seu eu sexual secreto, pois isto é muito libertador e tranquilizador na hora em que se vai compartilhar com o cônjuge.

Os pesquisadores perceberam que, quanto mais a *pessoa se sente à vontade para falar sobre sexo, mais fortalecidos e inteligentes serão na área da sexualidade. “Assim como falamos com nossos entes queridos sobre nossas necessidades e nossos conflitos emocionais, também devemos aprender a falar sobre nossos sentimentos sexuais. Todo mundo tem um eu sexual que precisa ser explorado e expressado” Conrad e Dr Milburn (2002, p.30).

Se trancar e reprimir-se, sexualmente falando, pode nos levar a destruição de toda e qualquer possibilidade de ser sexualmente inteligente e consequentemente mais feliz. No entanto, saber ouvir o seu cônjuge e suas necessidades sexuais é sinal de inteligência agregadora.

*não estamos nos referindo a pessoas que falam sobre sexo com libertinagem, pois o sexo é uma coisa linda e que deve ser falado de forma a contribuir com o conhecimento trocado através da conversa, por exemplo.
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Para refletir: Você sente tranquilidade suficiente para falar sobre suas necessidades sexuais? E, também, para ouvir o seu cônjuge?
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Sempre recebo e-mails de pessoas pedindo ajuda e assim, percebo como elas estão vivendo sua sexualidade de forma precária, pois a dificuldade de se expressar é tão grande que são capazes de sofrerem o resto da vida a falar sobre o assunto com o cônjuge. Mas nem sempre o pedido de ajuda vem através de e-mails, pois em alguns casos, a pessoa vem pessoalmente expor sua situação. Vejam esta história abaixo, pois é um caso real.

Certa feita, uma senhora muito distinta e tremendamente exigente me procurou falando sobre seus sentimentos sexuais. Ela estava casada há mais de 20 anos e sua vida sexual era de pouca expressividade. Então, lendo a respeito do orgasmo me procurou para pedir ajuda, pois queria provar deste “tal orgasmo” conforme suas próprias palavras.

Então, após alguns minutos de conversa eu pedi para que ela dissesse sobre as possibilidades que a levariam ao orgasmo. Sendo mais clara, perguntei se ela sabia o que poderia levar a satisfação sexual e, prontamente ela respondeu que sim e passou a relatar. Então, marcamos um atendimento com o marido dela e depois de algum tempo eu percebi que o que ela queria, ele também queria. Marcamos uma terceira conversa e eles, na minha frente, passaram a falar que amava um ao outro, mas que gostariam que a relação deles fosse diferente. Confessaram que nunca haviam falando sobre o assunto porque estavam com medo de que o outro não entendesse.

Para resumir, o casal saiu dali de mãos dadas e só me mandou uma mensagem via WhatsApp, um mês depois, dizendo que não precisava mais de mim, pois o que faltava se completou. Evidentemente que ri muito, pois deduzi, como na maioria das vezes acontece, que a situação deles havia mudado muito e para melhor, pois senão eles já teriam me procurado.
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Então é isto aí! Ficamos por aqui e pedimos que fiquem atentos à nossa próxima postagem com o tema: Eu Sou Gay?

Rai Godoy

2 comentários:

  1. Olá... Rai




    Desculpe a intimidade...rs




    Bem, estou aqui para fazer um breve comentário sobre o seu poster: Inteligência Sexual: Quarta Parte.




    Vamos lá...




    Apesar de não ser casado, o texto fez muito sentido e desejo fazer um breve comentário.




    Vou dizer algo que todos sabem: "de forma geral, falar sobre sexo é um tabu, apesar, de bem lentamente, isso está mudando."




    Baseando no que li em seu texto e no que já li sobre o tema, faz muito sentido. O texto é bem esclarecedor.




    Algo que mais me chamou atenção: "Sentimentos sexuais..."




    Por que?




    Porque, conforme expressa o texto, pouco se fala sobre eles e, por consequência, como qualquer "tipo" de sentimento, se ele não for expressado ou tratado da maneira "correta", ele será reprimido ou manifestado de maneira nociva, tanto para o detentor (a) do sentimento quanto para os que estão à sua volta.




    Para concluir, a sexualidade (No sentido amplo da palavra) perpassa e influencia o ser humano em todas as áreas de sua vida, portanto, precisa ser bem compreendida e vivenciado para que seja possível ter uma vida mais plena, feliz e abundante.




    Falei besteira, Rai? "Help-me, Please.

    Att.
    Jhonathan




    Abraços Fraternos.

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    Respostas
    1. Sua percepção está muito correta! Saiba que você está na minha mira para um entrevista! Não fuja, pios tem competência para isto!

      Quantos aos sentimentos sexuais... tem a ver com o que sentimos a respeito da nossa sexualidade e como esta percepção sobre nós nos leva a situações que podem gerar sentimentos de autodestruição e tantos outros como a autocomiseração! Bjus para vc meu querido!

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