quarta-feira, 22 de junho de 2016

Inteligência Sexual: Terceira Parte

Olá queridos, sejam bem vindos! Como eu mudei de cidade, fiquei um tempo sem internet e até sem tempo mesmo para montar a terceira parte de nossa postagem. Espero que todos estejam bem e em paz com seus familiares.

foto de arquivo pessoal
Se algum de vocês não leram a primeira e segunda parte desta postagem, sugiro que leiam para melhor compreensão desta terceira etapa. Conheça as outras etapas da postagem clicando na opção desejada: Primeira Parte ou Segunda Parte).

Na primeira parte, fizemos uma introdução sobre nossa abordagem introdutória ao tema da inteligência sexual. Já, na segunda, tratamos do primeiro Componentes da Inteligência Sexual. Nesta terceira etapa estaremos priorizando o segundo Componente da Inteligência Sexual que é Consciência do Eu sexual secreto.

Apenas para lembrar, os componentes da inteligência sexual são: Conhecimento sexual, Consciência do Eu sexual secreto e Ligação com os outros (com as pessoas)
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Então vamos lá... Me acompanhe...
Pode parecer repetitivo afirmar que sexualidade é coisa única e muito pessoal. É intransferível mesmo e não dá para copiar a sexualidade dos outros. Cada pessoa tem sua própria experiência de vida em todos os sentidos falando-se. Assim, nosso intuito em repetir esta observação está na importância de se saber a respeito de sua individualidade.

O ato sexual envolve não apenas um corpo sentindo prazer, mas é preciso entender que este prazer começa na cabeça e não falamos isto levando em conta apenas a dimensão psicológica e as questões religiosas ou culturais, mas o fator preponderante que é uma glândula chamada hipófise. É esta glândula que vai promover a ação dos hormônios nos testículos e ovários. Em outra postagem eu trarei um pouco sobre esta glândula que age não apenas nos ovários e testículos, mas que comanda uma gama de hormônios sobre boa parte dos órgãos de nosso corpo.

Conforme Conrad e Dr Milburn (2002, p.28), após se libertar dos mitos sobre sexo que nos cercam o segundo passo para uma vida melhor é nos familiarizarmos com a nossa própria sexualidade individual. Assim eu passo a perguntar: O que te excita? O que causa repulsa na questão da sexualidade? Como exemplo, podemos falar que algumas pessoas acham que assistir pornografia é uma coisa altamente excitante, no entanto, para outras isto é algo repulsivo e, não estamos falando de pessoas que são religiosas, mas de pessoas que nem está ligado à questão da religião e que têm verdadeira aversão à pornografia. Faz bem se manter longe da pornografia, pois pode ser algo muito excitante no início, mas com o tempo, fica sem graça e se torna algo frustrante sem contar com outros danos que esta prática causa. 

Prosseguindo...
foto de arquivo pessoal
Se conhecer é peça chave para uma sexualidade inteligente. Assim, se conhecer é perceber quando seus desejos sexuais estão substituindo necessidades emocionais que não são sexuais como: autoestima, segurança ou poder. Com este conhecimento as pessoas poderão avaliar se estão fazendo sexo apenas pelo fato de estarem se sentindo sozinhas.  

É primordial reconhecer se a busca pelo sexo está relacionada ao que sente ou se é de fato um desejo genuinamente sexual. Eu quero aproveitar esta parte para dizer que o mesmo pode ocorrer com pessoas que tem compulsão alimentar. Muitas destas pessoas, especialmente em dias atuais, sentem angústia ou ansiedade e as interpretam como fome. Com o passar do tempo não conseguem mais diferenciar os sentimentos emocionais com a sensação de fome. É preciso entender que ser inteligente sexualmente falando significa,

...em primeiro lugar, saber a verdade do que o eu sexual secreto tem para nos contar tanto sobre nossos desejos saudáveis de genuínos como sobre o modo como aqueles desejos foram apagados por imagens falsas da mídia, por conceitos corporativos negativos, por inibições ensinadas dentro da família e por mensagens negativas sobre sexo – da cultura à nossa volta e, às vezes, de nossas próprias experiências dolorosas. (Conrad e Dr Milburn, 2002, p.29)

Muitas pessoas procuram sexo desesperadamente para agradar as pessoas e ter sempre companhia. Na verdade, após o ato sexual a própria pessoa se sente vazia e uma sensação forte de que foi usada como um objeto de prazer do outro. Devemos dizer que isto não é ser inteligente e pode levar a experiências desastrosas que acabará refletindo no indivíduo e na relação do casal. Quantos lares são desfeitos em função de experiências desastrosas do passado?

Acreditem, muitas são as pessoas que se divorciam apenas por não se conhecerem sexualmente e ainda não ter um lugar onde falar sobre o assunto. A situação se agrava quando estas pessoas não falam nem mesmo com seus cônjuges como se sentem, mas não se enganem, muitas não falam, também, pelo fato de nem elas mesmas conseguirem discernir o que sentem em relação a sim mesma e especialmente nas questões sexuais.

Os pesquisadores Conrad e Dr Milburn (2002, p.29) observaram em suas pesquisas que o conhecimento do eu sexual secreto é o componente mais importante da inteligência sexual, pois sem ele é muito difícil entender e aplicar os conhecimentos científicos acerca da sexualidade. Por exemplo, quem está motivado, em parte, a fazer sexo a fim de obter a aprovação de alguém pode ser incapaz de dizer não ao sexo fora dos seus próprios padrões preestabelecidos, pois se a intenção é “ganhar” e agradar o outro, então passará por cima de seus próprios valores.

Apenas para refletir: O que é o sexo para você? Acaso tem usado o sexo para conseguir companhia e obter autoestima? Será que tem valido a pena esta prática? Não seria melhor parar e se conhecer para entender os motivos que te levam a buscar sexo quando muitas vezes nem entende seus próprios desejos?
foto de arquivo pessoal

Referência Bibliográfica 
Conrad S.. C. Milburn, Inteligência Sexual – o estudo revolucionário que mostra como aumentar seu “QI sexual” e obter mais satisfação no sexo.editora: Objetiva, 2002 
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Bem, aqui encerro esta etapa que compõe a terceira parte. Vimos que sem o conhecimento do eu sexual secreto, podemos ficar à mercê da condução e manipulação do outro. Fazemos isto mesmo quando não percebemos e quando damos conta, estamos lá de novo nos torturado com a ideia de incapacidade de sermos nós mesmos.

Talvez vocês tenham lido esta postagem e pensado: Quem faria sexo para agradar ou mesmo ter companhia? E a resposta é, o número de pessoas que “optam” por isto é maior do que podemos imaginar. Em nossos atendimentos já me deparei com pessoas que vivenciaram isto, mas que com muito esforço e o encontro com o amor próprio acabaram tomando as rédeas da sua sexualidade e seguindo um novo caminho.

Próxima postagem: Inteligência Sexual: Quarta Parte. Falaremos sobre o terceiro e último componente da inteligência sexual: Ligação com os outros!

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