Este
é um período de mudanças e transformações físicas, psíquicas e mesmo sociais.
Haja vista o fato de hoje em dia tentar-se envolver também o homem (futuro pai)
no processo da gestação.
A
gravidez (e a chegada de um bebê) pode mexer com o imaginário da pessoa e dá a
noção de complementação na sociedade em que se vive. Um filho pode dar noção de
pertença e legitimar ações que acrescenta muito em seu fazer-se como um todo.
A
gravidez certamente interfere também na sexualidade do casal. Já foi dito que
este é um período de mudanças e transformações, assim sendo, pode-se afirmar
que este também seja um período de adaptações. Ballone (2008, on-line)
cita os tipos de adaptações: físicas, emocionais, existenciais e também
sexuais. Ressalta que a necessidade de adaptação não afeta só a mulher, nessa
fase, mas também ao homem. A autora elenca mudanças e adaptações que vão desde
a revolução hormonal que a mulher sofre e também o crescimento abdominal até a
sensibilidade mamária e em algumas gestantes podem sentir muitas náuseas e até
vômitos. Há também maior lubrificação vaginal, dentre outros. Ela chama a
atenção dizendo que estas e outras alterações podem influir grandemente na vida
sexual do casal, gerar desconforto e ainda comprometer sobremodo o desejo sexual.
No tocante às mudanças psicológicas, a mulher pode não se sentir
atraente ou feminina, tendo assim diminuída sua auto-estima. Grande parte do
desempenho sexual das mulheres grávidas depende, substancialmente, de seu
estado afetivo. Por outro lado, o homem, não têm alterações orgânicas, mas
podem ser afetados por questões emocionais, tais como a ansiedade em relação ao
parto, à criação do filho, à responsabilidade de ser pai, etc.
Ainda há o fator que mais diretamente influi no desempenho sexual
que é a questão estética da mulher. Para alguns homens a transformação física
da mulher pode gerar perda de atrativos sexuais femininos. E, este é um
importante agravante sobre o desempenho sexual masculino. Ainda em relação ao
homem, Ballone (2008, on-line), observa que, o homem/pai faça uma associação
inconsciente entre a esposa grávida e a figura de sua própria mãe. Este aspecto
poderá se tornar, para ele (homem/pai), um forte componente incestuoso à
relação, com bloqueio quase total da sua sexualidade.
Outras circunstâncias que podem alterar a vida sexual do casal
dizem respeito, por exemplo, ao planejamento da gravidez e a estabilidade da
relação do casal. Ballone (2008, on-line) lembra que é possível que alguns pais
pensem na possibilidade de, na hora da relação sexual, o bebê possa vir a ser
machucado.
Neste período, o ato sexual deve ser realizado em posições que
tragam conforto para o casal. Entretanto, quando a gestação está avançada e o
bebê já mostra sua presença através de movimentos que identificam com maior
intensidade sua presença, alguns casais podem ficar temerosos em prejudicar o
filho no momento da penetração vaginal, pois no imaginário dos pais, é possível
provocar um aborto ou desencadear um parto prematuro.
Para alguns casais a gravidez vem colaborando e contribuindo com a
relação e a gravidez se torna um presente para eles. O casal entende que a
expectativa gerada pela chegada do bebê, mesmo inconscientemente, pode ser
amenizada através do sexo.
Devido ao fato das informações atualmente
se tornarem mais conhecidas, hoje em dia o casal se torna mais capacitados para
aguardar a chegada de um bebê e entendem que vale a pena passar por tantas
transformações, pois isto será por apenas um breve período.
Referências
Bibliográficas:
Ballone GJ, Moura EC - Gravidez e Sexualidade - in. PsiqWeb,
Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2008 – (esta referência
está conforme orientação do próprio site www.psiqweb.med.br para ser usado
nas referência bibliográfica) Disponível em:
<http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=141>
Acesso em: 22.02.2016
Muito Bom...
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