sábado, 13 de fevereiro de 2016

Pornografia na Internet: Danos ou Benefícios? Resumo: parte 2/4

Olá!Sejam Bem Vindos!


Conforme texto anterior, hoje estarei apresentando o resumo do Capítulo 3 que fala sobre os resultados das pesquisas. Farei um paralelo entre as faixas etárias e grupos específicos das décadas de 60/70 e dias atuais.

O CASAL: Segundo as conclusões das pesquisas das décadas de 60/70, entre os casais, foi observado que alguns casais experimentaram maior liberdade de comunicação no trato dos assuntos sexuais. Assim, diante da conclusão do relatório, os conselheiros matrimoniais entenderam que, a pornografia intensificava as relações matrimoniais que se tornaram monótonas, então deveria ser prescrita para tal finalidade.
Os artigos que descrevem os estudos atuais quase não abordam a questão dos efeitos da pornografia na internet na vida dos casais. E, é fato que a sexualidade, mesmo nos dias atuais, ainda é um tabu que dificulta e inibe os casais na hora de tratarem a respeito de suas fantasias e preferências sexuais (pois os casais não se sentem à vontade para falar sobre as questões de sua própria sexualidade e a forma como o ato sexual pode ser mais prazeroso – quanto a este ponto, estaremos trazendo um texto específico quando iniciarmos uma série chamada: Inteligência Sexual, então, aguardem!)
A pornografia na internet se apresenta como possibilidade de se tornar estímulo para alguns casais, pois as cenas provocam e estimulam fantasias que podem alimentar o desejo e a excitação. No entanto, muitos sexólogos não recomendam este tipo de estímulo ou mesmo, se o fazem, é com cautela, pois existe o risco das pessoas casadas se deterem intensamente nessa prática, comprometendo a relação conjugal e, chegando até a possibilidade de desenvolverem transtornos psíquicos de dependência, que existem mais malefícios do que benefícios.   
Para os indivíduos com CSC (Comportamento Sexual Compulsivo), os resultados demonstraram que, o uso excessivo de materiais sexualmente explícitos, acabaram por danificar seus relacionamentos íntimos. Estes indivíduos experimentaram a diminuição da libido e sofreram com a disfunção erétil especificamente nas relações físicas com as mulheres. Entretanto, os pesquisadores observaram que, em relação aos materiais sexualmente explícitos a disfunção erétil não se mostrou presente.
Diferentemente dos estudos mostrados acima, a pesquisa realizada pelo Dr. Lajeunesse em Montreal, verificou-se que, a pornografia não mudou a percepção dos homens a respeito das mulheres ou a relação com tudo o que eles querem como harmoniosa e satisfatoriamente possível. Aqueles que não puderam realizar a sua fantasia na vida real com a sua parceira simplesmente anulavam a fantasia. Compreendeu-se assim que, a fantasia acabava se quebrando no mundo real e os homens não queriam que suas parceiras se parecessem com uma estrela pornô. Entretanto eu faço um alerta que, de todos os estudos, este foi o único que teve este resultado final e, apenas para lembrar, Lajeunesse mesmo se mostrou frustrado em relação à sua pesquisa, pois não conseguiu indivíduos que nunca tivessem assistido pornografia para realizar um comparativo entre eles.
ADOLESCENTES E JOVENS: Entre os adolescente e jovens, as análises de psiquiatras, psicólogos, sexólogos, educadores sociais, conselheiros e outros profissionais da área concluíram que, os materiais de sexo explícito não exerciam efeitos nocivos nem em adolescentes e nem em adultos. Assim, a comissão afirmou que a proliferação desenfreada de peças e livros pornográficos não tinha efeito sobre o caráter do indivíduo. No relatório da Inglaterra, o resultado da pesquisa se aproximou, em muito, das conclusões do relatório dos EUA, em razão de o argumento dos males provenientes da pornografia não ter sido comprovado. (lembre-se que estamos falando das décadas de 60/70 – a internet estava ainda em fase de desenvolvimento e o público não tinha acesso)

Nos estudos dos dias atuais descobriu-se que os que faziam o consumo diário de pornografia na internet se interessavam mais em tipos desviantes e ilegais de pornografia. Estes adolescentes relataram o desejo de concretizar o que foi visto na vida real através da pornografia na internet.
Picos de dopamina mais altos e maior sensibilidade de recompensa foram os principais fatores em adolescentes. E, isto levou os pesquisadores a perceberem que tanto os adolescentes quanto os jovens eram mais vulneráveis ao vício e ao condicionamento sexual. Observou-se ainda que, os problemas de disfunção erétil haviam aumentado nos adolescentes e jovens que faziam uso compulsivo de pornografia.
Dr. John Grant, médico norte americano e especialista em vício afirmou que, a cada dia mais, atende homens com problemas relacionados à pornografia incluindo a disfunção erétil. E, que, há aproximadamente 15 anos atrás, os seus pacientes tinham em torno de 40 e 50 anos, no entanto, hoje em dia é frequente que rapazes universitários com idade entre 18 e 20 anos o procurem com problemas de disfunção erétil.
As pesquisas atuais observaram ainda que, entre os adolescentes com idades entre 16 e 19 anos,10% das moças e 13% dos rapazes disseram que as imagens de sexo que estavam assistindo se tornaram cada vez mais extremas. Nesta pesquisa, 1/5 dos rapazes admitiu ser dependente da pornografia como um estimulante para terem sexo na vida real. Verificou-se ainda que, 23% dos rapazes disseram ter tentado parar de assistir pornografia, sem sucesso.
Tanto os adolescentes do sexo feminino, quanto do sexo masculino (em percentuais bem diferentes) perceberam que o uso de pornografia estava impactando seus relacionamentos ou se tornando uma dependência. Mais de 7% dos adolescentes do sexo masculino sentiram que a sua procura por pornografia estava ficando fora de controle.
Dra. Roberts, uma das pesquisadoras observou que, ver pornografia agora é considerado a norma para os jovens, e com tal disponibilidade desinibida é uma batalha difícil para parar adolescentes de acessá-lo. Existem diferenças marcantes entre a forma como os meninos e meninas se relacionam com a pornografia, o seu uso e sua percepção de sexo. A educação sexual na escola precisa de abordar a realidade do sexo e relacionamentos, e a irrealidade do que muitos jovens estão sendo expostos a linha.
O professor Dr. Gary Wilson observou que, os últimos pesquisadores perceberam que a pornografia na internet é muito mais atraente do que a pornografia do passado. Os que buscam a pornografia na internet não o fazem, motivados apenas pela nudez, mas sim pela novidade das novas imagens que leva a excitação elevada. E tudo isto em função das infinitas imagens que o mundo virtual oferece aos seus internautas. Com a pornografia na Internet um rapaz consegue ver mais garotas em 10 minutos do que seus ancestrais veriam em várias gerações. 
Em Fevereiro de 2011 numa pesquisa da Sociedade Italiana de Andrologia e Medicina Sexual ficou claro para os pesquisadores que, a pornografia na internet estava matando o desempenho sexual dos homens jovens. E, que a disfunção erétil entre jovens nunca tinha se espalhado! No entanto, outros problemas ocorrem como: ansiedade, falha de memória e falta de confiança.
A questão da disfunção erétil (por causa do uso excessivo da pornografia na interne) entre os rapazes com idade média de 20 anos não recuperam suas atividades sexuais tão rapidamente como os homens de mais idade. Apesar dos mais velhos terem usado pornografia por mais tempo, eles não começaram com a pornografia atual da internet.
Assim, quanto mais jovem se inicia na pornografia, mas faz fácil o vício vai ocorrer e, como resultado, a disfunção erétil será mais difícil e demorada de ser tratada.
CRIMINOSOS SEXUAIS: Em relação aos criminosos sexuais as pesquisas das décadas de 60 e 70 concluíram que, os relatos dos criminosos sexuais não se diferenciavam dos outros grupos, quer em termos de posse de pornografia ou em suas reações psicológicas ao vê-la. Mas esta conclusão, também foi respaldada com base em outros estudos de autores anteriores às décadas de 60/70 e, assim, servindo, para sustentar a opinião de que a pornografia não implicou na perpetração de violências sexuais.
Segundo Dr. John Woods da Clínica Portman em Londres (que é especializada em ajudar pessoas de todas as idades com problemas de comportamento sexual), havia muito poucos casos em que a pornografia na internet estava envolvida no comportamento ofensivo de um jovem e que é difícil provar que existe uma ligação entre as imagens violentas disponíveis na internet e o comportamento violento.
O pesquisador Lajeunesse refuta o efeito perverso muitas vezes atribuído à pornografia. Lajeneusse observa que os agressores não precisam de pornografia para ser violentos e viciados podem ser viciados em drogas, álcool, jogos e casos associais são patológicos, pois se a pornografia tem impacto que muitos afirmam que ela tem, então, basta mostrar filmes heterossexuais a um homossexual para que ele possa mudar sua orientação sexual.
UNIVERSO INFANTIL: Infelizmente, o livro utilizado para relatar as pesquisas sobre os efeitos da pornografia nas décadas de 60 e 70 não traz abordagens específicas relacionadas aos efeitos da pornografia e a criança. A única descoberta consistente encontrada, tanto na época das décadas de 60 e 70 quanto nos dias atuais, é que os adultos preferem ter o material restrito de produção ou o uso das crianças. E, se há um consenso contra a pornografia é em relação a qualquer material pornográfico que envolve crianças ou menores em sua produção ou consumo. As reações, em geral, mostram que a pornografia infantil é um mal a ser considerado e levado à sério. 
Notoriamente, existe uma unidade entre os estudiosos, pesquisadores, políticos e as instituições: família, estado, escola, igreja, e população em geral que confirma que a pornografia infantil, ou seja, a pornografia que utiliza crianças, ou mesmo o fato da possibilidade da pornografia ser facilmente acessada por crianças, é um mal a ser combatido e extirpado.
Os pesquisadores da atualidade afirmam que, pelo fato da internet ser aberta, pouco se pode fazer para impedir que as crianças acessem a pornografia. Nestes casos, os filtros sempre são indicados para se evitar que as crianças acessem a pornografia na internet. No entanto, os filtros não vão evitar que as crianças acessem sites e outros materiais relacionados à pornografia na internet, pois estes filtros são falhos. Estes filtros até podem funcionar como um método a mais de prevenção. Ou seja, o governo engana quando diz que estamos seguros através do uso destes filtros. Os pais não podem acreditar nisto! E fica um alerta, um dos estudos demonstrou que, a maioria dos garotos busca pornografia com 10 anos de idade.
Na terceira parte do resumo da monografia trarei dois pontos de abordagem: O que a pornografia faz no cérebro e a forma como a população, os religiosos cristãos e presidente em exercício dos EUA reagiram diante de cada pesquisa em suas respectivas épocas: décadas de 60/70 e dias atuais.
A Referência Bibliográfica será apresentada na quarta parte do resumo desta monografia. Entretanto, fica dois links escolhidos “à dedo” para que o conhecimento de vocês se aprofundem a respeito do assunto!

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