segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pornografia na Internet: Danos ou Benefícios? Resumo: parte 3/4

Nesta terceira etapa do resumo da monografia PORNOGRAFIA NA INTERNET: DANOS OU BENEFÍCIOS? Eu trago a última parte do Capítulo 3. Quando iniciei as pesquisas não imaginei que este tópico apareceria, achei que faria apenas algumas considerações sobre os casais, o adolescente/jovem, criminosos sexuais e outros. No entanto, ao me deparar com alguns estudos de universidades renomadas e mencionadas na primeira etapa do resumo percebi quão era importante os estudos que estavam sendo realizados no cenário internacional. Assim, neste resumo especificamente, eu trago os resultados e comentários dos estudos relacionados ao cérebro e a pornografia. Afinal de contas são estudos muito recentes e de ampla profundidade.
Os pesquisadores do Instituto Max Planck, Drs. KÜN et al, descobriram várias alterações no cérebro, e que, estavam correlacionadas com a quantidade de pornografia consumida.  Assim, a pesquisa possibilitou aos seus realizadores observarem que, os indivíduos que estavam mais expostos à pornografia por muito mais tempo, tinham a massa cinzenta reduzida nas seções de circuito de recompensa (corpo estriado direito do cérebro) que estão envolvidas na motivação e na tomada de decisões. Menos massa cinzenta nesta região significava atividade mais lenta ou ainda uma resposta anestesiada ao prazer chamado de dessensibilização.
A dessensibilização leva à intolerância e assim, surge a necessidade de imagens mais estimulantes para que, de novo, consigam atingir o circuito de recompensa. Dra. Kühn, afirma que, a exposição regular à pornografia pode significar um gasto do sistema de recompensa. A pesquisa mostrou ainda que há evidência de que a associação entre o uso de pornografia e o controle dos impulsos geram prejuízos e podem indicar hipofrontalidade, ou seja, a diminuição da atividade metabólica no córtex pré-frontal.  Assim, estes resultados foram interpretados como sendo uma indicação dos efeitos da exposição à pornografia de longo prazo.
Esta pesquisa acima citada realizou ainda um Teste de Triagem do Internet Sex e, de acordo os critérios deste teste, 21 dos 64 participantes foram classificadas como em risco de vício em pornografia na internet.
No seu conjunto, as conclusões desta pesquisa apoiam o pressuposto que, a pornografia tem um impacto sobre o comportamento e cognição social de seus consumidores. Segundo os pesquisadores, independentemente do nível de consumo, a pornografia, pode ter um impacto sobre a estrutura e função do cérebro. No entanto, os correlatos cerebrais associadas ao consumo de pornografia frequente não haviam sido investigadas até o momento. Assim, no futuro, pesquisas são necessárias para desembaraçar a relação causal entre os efeitos da pornografia nas estruturas e funções do cérebro quando observadas no consumo.
Em palestra proferida no TED Glasgow, Dr. Wilson lembra que os adolescentes estão começando na internet de alta velocidade e isto é quando seus cérebros estão no pico de produção de dopamina e neuroplasticidade. Já, o jornalista Daubney, lembra que o cérebro do adolescente ainda está em desenvolvimento e isto o torna mais vulnerável ao vício. No entanto, ele lembra que, o cérebro, adolescente ainda está em desenvolvimento e por isto tem uma capacidade enorme de mudar.
Dr. Wilson, também afirma que, o cérebro é flexível então esse vício pode mudar se ele resolver parar. “Quando um rapaz retorna à vida normal, o seu cérebro procura as recompensas que ele evoluiu para procurar como interação amigável e, é claro, parceiros reais.”
Dr. Wilson, Citando Zimbardo, faz um alerta aos que ficam expostos à repetitiva pornografia online, “a pornografia na internet está acabando com o desempenho sexual dos jovens” e “os rapazes estão falhando com as mulheres”. Para estes rapazes os medicamentos para o desempenho sexual param de funcionar, pois o problema não está no órgão sexual, ou seja, não é causa biológica e muito menos psicológica.
Na verdade o problema ocorre devido às mudanças físicas no cérebro e estão relacionadas ao vício. Então, a partir disto, o cérebro, indiferente, está enviando sinais mais fracos ao órgão sexual. Dr. Wilson, ainda alerta para um estudo holandês, publicado em 09 de fevereiro de 2006 e intitulado “Predicting compulsive internet use: it's all about sex” – da Cyberpsychol Behavior – Este trata da prevenção do uso compulsivo da internet para assuntos sobre sexo. Os estudiosos chegaram à conclusão que, todos os vícios levam às mudanças no cérebro, entretanto o vício em pornografia é o que tem o maior potencial para viciar.
O Capítulo 4, fala das reações de três grupos diante dos resultados das pesquisas em suas respectivas épocas. Aqui eu vou fazer uma tabela para melhor comparação de vocês, na monografia não foi feito isto e aqui estará bem resumido! Então, vamos lá!

Referências Bibliográficas no último resumo: parte 4/4

Leia a declaração do Presidente Nixon - Disponível em http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=2759 

2 comentários:

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