
Então, para
nortear a nossa postagem, queremos citar uma das muitas histórias que já ouvimos.
Como sempre, não estaremos revelando nome ou local para que não haja nenhum
tipo de constrangimento. Entretanto, temos a autorização da pessoa para
compartilhar sua história. Afinal de contas, a história dela é muito parecida
com a história de tantas outras pessoas. Maria é um nome fictício para esta
história real.
Então vamos
lá...
Um dia
destes, recebemos um e-mail com o pedido de ajuda, pois a pessoa estava prestes
a se casar. Faltavam apenas duas semanas e precisava de ajuda. Então,
percebemos que o assunto era, de certa forma, urgente. Assim, passamos o meu
número de celular e ela nos ligou em seguida.
Maria, uma
jovem de 22 anos que estava para casar, começou a relatar o tal problema. E
disse:
“Quando eu
tinha 14 anos, havia uma amiga muito querida e éramos tão próximas que
dormíamos na casa uma da outra. Fazíamos muitas coisas juntas e tínhamos muito
carinho uma pela outra. Assim, os anos se passaram e a gente começou a perceber
que havia algo estranho, mas não tocamos no assunto. Quando eu fiz 16 anos... bem
no dia do meu aniversário... depois da festa, minha amiga e eu fomos abrir os
presentes, estávamos eufóricas e ríamos muito. De repente, ela pegou em minha
mão e me jurou amizade pra vida toda e eu, fiquei tão emocionada que chorei. A
minha amiga, com suas mãos, enxugou meu rosto e, foi quando, me deu um beijo demorado.
E eu... eu correspondi ao beijo dela. Fomos interrompidas quando a mãe dela
gritou ‘boa noite’ do quarto dela! Então nos largamos e, sem graça, fomos
dormir. Ela foi dormir numa cama e eu dormi em outra cama. Interessante que, duas
semanas depois meu pai foi transferido do banco em que trabalhava para outra
cidade. Assim, a gente teve que se mudar. Minha amiga e eu nos desligamos um
pouco. Bem, hoje eu sou noiva e, do nada, me veio o beijo à memória. A verdade
é que fiquei pensando que eu estou casando com um homem. Estou confusa e queria
saber se aquele beijo pode ser uma experiência que define ou demonstra que eu
sou gay?”
Então...
Para que
esta postagem não fique longa, seremos muito objetivo e diremos que, há todos
os momentos de nossas vidas passamos por experiências. Algumas marcantes e
outras não damos muita importância. Algumas vezes, passamos por situações e
eventos que acabam norteando nossa história de vida. No entanto, devemos ser
inteligentes a ponto de não permitir que um evento ou até mais de um, defina a
nossa história de vida ou mesmo nos deixe confusos.
É bom
lembrarmos que quando somos jovens nossos hormônios estão “à mil” e a
quantidade de informações que nós temos, nem sempre é suficiente para nos
proporcionar bons argumentos para tomarmos uma decisão acertada.
Voltando a
história de Maria...
Acabamos
conversando um pouco mais e Maria me disse que não pensa em meninas e não se
sente sexualmente atraída por meninas. Mas ela queria saber o motivo daquele
beijo ter vindo à memória dela. E eu disse: “Maria, o dia do casamento de uma
pessoa é muito importante, mas ao mesmo tempo, causa um grande stress. Sua amiga era uma pessoa que
esteve ao seu lado te apoiando em momentos como este. Conforme você me falou,
sua mãe faleceu ano passado e seu pai casou-se com outra pessoa que tem quase a
sua idade. Então, pense bem e veja o que a lembrança daquele beijo representa
para você?”
E ela me
disse: “Eu acho que sinto falta de alguém ao meu lado para me apoiar neste
momento e minha amiga era alguém que me ajudaria muito nestas horas. Mas eu
acho que eu estou confusa e caminhando por uma linha muito fininha entre a
amizade e a carência afetiva.”
Rimos ao
telefone e Maria foi se acalmando. Para descontrair um pouco fizemos esta
consideração:
“Maria, se
uma pessoa se esfregar em um banco (cadeira) e sentir prazer isto significa que
ela é bancosexual?” Ela riu muito e disse: “Claro que não!!! Sabe, meu noivo
tem andado um pouco distante, pois ele tem trabalhado muito para que o
casamento saia do jeitinho que eu quero e com isto tenho me sentido só. Mas ele
é um fofo e eu sou muito apaixonada por ele e me sinto bem com seus beijos e
carinhos... sabe... (rs) ele é um gato”.
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Espero que
nossos leitores tenham entendido o sentido da postagem. Sabemos que cada pessoa
tem sua própria experiência e pode aprender muito com elas, mas há pessoas que
têm experiências e acabam se fixando nelas a ponto de definir e nortear sua
vida. No entanto, há casos em que a pessoa chega ao nível de auto tortura e auto
culpa, vindo, com isto, um intenso sofrimento psíquico.
Então, se
você passou por alguma experiência, em especial, sexual, saiba que esta
experiência não pode definir você e sua história de vida! Para complementar
esta leitura, sugerimos a leitura das postagens com o nome: Inteligência
Sexual!
Se precisar
conversar sobre este ou outro tema da sexualidade, envie e-mail para
raigodoy@hotmail.com
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Nossa Ray adorei o post, direto, esclarecedor profundamente amoroso. bjs amiga
ResponderExcluirQue bom que gostou! Nosso intuito é ajudar um pouco as pessoas que estão confusas em sua sexualidade! Temos como proposta não afrontar, mas falar com leveza para que seja um refletir próprio de quem lê. bjus no coração
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