domingo, 3 de julho de 2016

Eu Sou Gay?

Algumas pessoas nos procuram para estar compartilhando um pouco de suas experiências e histórias de vida com o intuito de esclarecer algumas situações que as deixam confusas. Em alguns casos, chegam ao sofrimento psíquico. E, com isto, fizemos questão de fazer esta postagem no intuito de ajudar a esclarecer um pouco sobre esta temática que tem confundido muitas pessoas e, em especial, os jovens.

Então, para nortear a nossa postagem, queremos citar uma das muitas histórias que já ouvimos. Como sempre, não estaremos revelando nome ou local para que não haja nenhum tipo de constrangimento. Entretanto, temos a autorização da pessoa para compartilhar sua história. Afinal de contas, a história dela é muito parecida com a história de tantas outras pessoas. Maria é um nome fictício para esta história real.

Então vamos lá...
Um dia destes, recebemos um e-mail com o pedido de ajuda, pois a pessoa estava prestes a se casar. Faltavam apenas duas semanas e precisava de ajuda. Então, percebemos que o assunto era, de certa forma, urgente. Assim, passamos o meu número de celular e ela nos ligou em seguida.

Maria, uma jovem de 22 anos que estava para casar, começou a relatar o tal problema. E disse:

“Quando eu tinha 14 anos, havia uma amiga muito querida e éramos tão próximas que dormíamos na casa uma da outra. Fazíamos muitas coisas juntas e tínhamos muito carinho uma pela outra. Assim, os anos se passaram e a gente começou a perceber que havia algo estranho, mas não tocamos no assunto. Quando eu fiz 16 anos... bem no dia do meu aniversário... depois da festa, minha amiga e eu fomos abrir os presentes, estávamos eufóricas e ríamos muito. De repente, ela pegou em minha mão e me jurou amizade pra vida toda e eu, fiquei tão emocionada que chorei. A minha amiga, com suas mãos, enxugou meu rosto e, foi quando, me deu um beijo demorado. E eu... eu correspondi ao beijo dela. Fomos interrompidas quando a mãe dela gritou ‘boa noite’ do quarto dela! Então nos largamos e, sem graça, fomos dormir. Ela foi dormir numa cama e eu dormi em outra cama. Interessante que, duas semanas depois meu pai foi transferido do banco em que trabalhava para outra cidade. Assim, a gente teve que se mudar. Minha amiga e eu nos desligamos um pouco. Bem, hoje eu sou noiva e, do nada, me veio o beijo à memória. A verdade é que fiquei pensando que eu estou casando com um homem. Estou confusa e queria saber se aquele beijo pode ser uma experiência que define ou demonstra que eu sou gay?”

Então...
Para que esta postagem não fique longa, seremos muito objetivo e diremos que, há todos os momentos de nossas vidas passamos por experiências. Algumas marcantes e outras não damos muita importância. Algumas vezes, passamos por situações e eventos que acabam norteando nossa história de vida. No entanto, devemos ser inteligentes a ponto de não permitir que um evento ou até mais de um, defina a nossa história de vida ou mesmo nos deixe confusos.

É bom lembrarmos que quando somos jovens nossos hormônios estão “à mil” e a quantidade de informações que nós temos, nem sempre é suficiente para nos proporcionar bons argumentos para tomarmos uma decisão acertada.

Voltando a história de Maria...
Acabamos conversando um pouco mais e Maria me disse que não pensa em meninas e não se sente sexualmente atraída por meninas. Mas ela queria saber o motivo daquele beijo ter vindo à memória dela. E eu disse: “Maria, o dia do casamento de uma pessoa é muito importante, mas ao mesmo tempo, causa um grande stress. Sua amiga era uma pessoa que esteve ao seu lado te apoiando em momentos como este. Conforme você me falou, sua mãe faleceu ano passado e seu pai casou-se com outra pessoa que tem quase a sua idade. Então, pense bem e veja o que a lembrança daquele beijo representa para você?”

E ela me disse: “Eu acho que sinto falta de alguém ao meu lado para me apoiar neste momento e minha amiga era alguém que me ajudaria muito nestas horas. Mas eu acho que eu estou confusa e caminhando por uma linha muito fininha entre a amizade e a carência afetiva.”

Rimos ao telefone e Maria foi se acalmando. Para descontrair um pouco fizemos esta consideração:  

“Maria, se uma pessoa se esfregar em um banco (cadeira) e sentir prazer isto significa que ela é bancosexual?” Ela riu muito e disse: “Claro que não!!! Sabe, meu noivo tem andado um pouco distante, pois ele tem trabalhado muito para que o casamento saia do jeitinho que eu quero e com isto tenho me sentido só. Mas ele é um fofo e eu sou muito apaixonada por ele e me sinto bem com seus beijos e carinhos... sabe... (rs) ele é um gato”.

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Espero que nossos leitores tenham entendido o sentido da postagem. Sabemos que cada pessoa tem sua própria experiência e pode aprender muito com elas, mas há pessoas que têm experiências e acabam se fixando nelas a ponto de definir e nortear sua vida. No entanto, há casos em que a pessoa chega ao nível de auto tortura e auto culpa, vindo, com isto, um intenso sofrimento psíquico.

Então, se você passou por alguma experiência, em especial, sexual, saiba que esta experiência não pode definir você e sua história de vida! Para complementar esta leitura, sugerimos a leitura das postagens com o nome: Inteligência Sexual!


Se precisar conversar sobre este ou outro tema da sexualidade, envie e-mail para raigodoy@hotmail.com


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2 comentários:

  1. Nossa Ray adorei o post, direto, esclarecedor profundamente amoroso. bjs amiga

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  2. Que bom que gostou! Nosso intuito é ajudar um pouco as pessoas que estão confusas em sua sexualidade! Temos como proposta não afrontar, mas falar com leveza para que seja um refletir próprio de quem lê. bjus no coração

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