domingo, 17 de julho de 2016

Compulsão Sexual - Terceira Parte

Sejam Bem vindos!

Esta é a terceira e última parte sobre compulsão sexual – CS, mas isto não significa que estejamos afirmando que aqui se encerram os estudos, apreciações e considerações a respeito deste tema. O ser humano é uma caixinha de surpresas e, estuda-lo, um fazer diário. Assim, nada está pronto e o que aqui é apresentando diz respeito ao que temos a respeito dos estudos na área proposta.

CSC = Comportamento Sexual Compulsivo

Então vamos a última etapa desta postagem

Já vimos que compulsão sexual é uma enfermidade que pode ser conhecida ainda como Transtorno Hipersexual ou Hiper­sexualidade Patológica. A questão é que o comportamento de um(a) compulsivo(a) sexual pode vir a causar complicações bem desconfortáveis. Então, separamos algumas destas complicações a partir da perspectiva de Ballone (on-line, 2005).

Clínicas
As pessoas “podem desenvolver complicações clínicas em decorrência direta de seu comportamento sexual. As complicações, em potencial, incluem lesões genitais (contusões) e doenças sexualmente transmissíveis (hepatite B, herpes simples ou infecção pelo vírus da imunodeficiência humana)” Ballone (on-line, 2005).

Pode ser encontrada ainda lesões físicas nos Compulsivos Sexuais de alto risco ou mesmo na atividade sadomasoquista. Conforme Ballone (on-line, 2005) “Nas mulheres, podem ocorrer gestações não desejadas e complicações de aborto. Alguns pacientes podem ser submetidos a cirurgias desnecessárias, particularmente cirurgia plástica, para aumentar o apelo sexual (implantes de mama, transplantes capilares e lipoaspiração)”.

Sociais
As pessoas com CSC podem ser responsáveis por algumas complicações sociais sérias. Desafetos com amigos e familiares, envolvimentos policiais, perda de empregos, perda da reputação moral e toda sorte de desadaptação social e familiar em decorrência direta de investidas, assédios e relacionamentos sexuais.

É certo que os valores desta sociedade moderna “ajudam” e colaboram na desenvoltura sexual dos portadores de CSC. Essas pessoas cedem facilmente aos apelos sexuais atuais e não se importam em “estabelecer limites para sua atividade, podendo envolver-se com menores de idade, prostitutas, homossexuais, enfim, expondo-se a um risco social muito grande”.

Familiares
As com CSC costumam ser cônjuges complicados. “... devido ao apetite sexual maior que do(a) parceiro(a), submetendo este(a) à uma atividade nem sempre prazerosa ou desejada.” E, também, devido às maiores probabilidades à infidelidade, estas podem ocorrer com pessoas da família ou amigos próximos.

Pessoais
De acordo Ballone (on-line, 2005), o portador de CSC poderá ser:

Egosintônico - a pessoa age de acordo com a sua condição. Quando a pessoa age consoante à sua compulsividade. Geralmente, apresenta-se nas fases mais precoces da vida (adolescente ou jovem) quando sua auto-estima mantém-se elevada pelo fato de seu comportamento encontrar aceitação nesta sociedade permissiva que, culturalmente “incentiva” este tipo de comportamento.

Egodistônico – quando a pessoa discorda de suas atitudes e recrimina sua sexualidade.
No entanto, estas condições mostradas acima pode se apresentar numa ou outra fase da vida. Apresenta-se normalmente nas fases mais tardias. Quando é acompanhada de “arrependimentos sobre a conduta anterior, lamentações sobre eventuais condições melhores de vida, caso fosse mais comedido sexualmente e coisas assim” (Ballone, on-line, 2005 .

Por fim...

Apesar de ter como características a busca constante pelo sexo, a compulsão sexual não tem características para ser classificada como *parafilia. Esse tipo de enfermidade produz sofrimento, ansiedade e/ou arrependimento. E, “há quem vê nisso, boas razões para colocá-la junto aos transtornos sexuais do DSM-IV (havendo já uma classificação no CID.10 como F52 - Apetite Sexual Excessivo)” (Ballone, on-line, 2005).

Mas Ballone (on-line, 2005), faz um alerta: “Devemos ter um cuidado especial sobre a possibilidade de se atrelar um rótulo psiquiátrico a toda e qualquer variação do comportamento humano, sob o risco de eximir quaisquer responsabilidades ao arbítrio da pessoa”.

Há possibilidade do comportamento compulsivo sexual ser um sintoma de outra patologia psiquiátrica ou, “temerariamente, ser apenas uma tendência de psiquiatrizarmos atitudes e comportamentos humanos variantes” (Ballone, on-line, 2005).
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Abraços a todos e grata por sua companhia em nosso blog!
*Próxima postagem estaremos falando sobre parafilia, aguardem!
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Referência Bibliográfica: 
Ballone GJ - Comportamento Sexual Compulsivo - in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet, disponível em www.PsiqWeb.med.br, revisto em 2005




Um comentário:

  1. Ola Rai,nunca havia lido antes sobre ess tema. Foi esclarecedor.obrigada.

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