Olá
queridos amigos e amigas.
Sejam todos e todas bem-vindos!
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Gentilmente cedido pela Família Pereira |
Estamos
de volta com nossas postagens sobre sexualidade na família. Nossa intenção é
ajudar aos pais a determinarem o querem comunicar a seus filhos adolescentes e como
melhor transmitir informações sobre sexualidade.
É
melhor dar, aos adolescentes, informações corretas sobre sexo do que deixá-los
obter de qualquer modo informações e abandoná-los ao acaso da educação sexual.
Vamos
fazer algumas considerações?
1-
Todos os pais se preocupam sobre o que vai dizer quando chegar o momento de
conversar sobre sexualidade com seus filhos. Na verdade, em geral, todos nós
temos muita dificuldade em falar sobre estes assuntos com quem quer que seja e a
dificuldade aumenta quando esta conversa é com os filhos. Podemos afirmar que,
até mesmo os especialistas no campo da sexualidade não sabem ao certo o que vão
falar para os filhos.
2-
É impossível reduzir a educação sexual de uma pessoa a apenas uma simples
conversa. Podemos lembrar que a sexualidade é uma dimensão muito ampla, a mais
íntima do ser humano e mais, ela perpassa toda a história de vida de cada um. Também,
não é uma série de conversas desconectas que irão trazer informação necessária
para educar adequadamente seu filho quanto ao sexo.
3-
O que podemos fazer é preparar nossos filhos montando uma base bem forte para
que, depois disto, a construção da sua sexualidade se torne algo mais tranquila
e mais acertada. Este alicerce tem como intenção transformar os filhos adolescentes
em adultos bem ajustados.
Assim,
vemos que a educação sexual é um processo contínuo que irá se desenvolver
durante todo o resto da vida de seu filho. Saber disto não vai mudar o fato de que
todos nós temos ainda, muitos temores, vejamos alguns deles:
1-
Muitos pais temem que, ao conversar com seus filhos isto o leve a um maior
interesse sexual, à atividade sexual ou ainda à promiscuidade. Uma educação
sexual adequada não leva adolescentes à promiscuidade, ao contrário, há provas
de que eles diminuem os índices de gravidez e de aborto. Em muitos casos eles,
até, adiam a época da primeira relação sexual e resultam num senso de
responsabilidade sexual mais desenvolvido.
2-
Outro temor dos pais reside no fato de achar que não sabem o suficiente e que o
seu dever é sentar com os filhos e dar-lhes uma longa explicação sobre vários
aspectos da sexualidade, mas ao mesmo tempo, os pais pensam que não possuem
informações suficientes. Mas quem é suficientemente capaz de ensinar todas as
complexidades biológicas, médicas e até os aspectos emocionais e mecânicos que
envolve a sexualidade humana? Como já dissemos até os especialistas podem ter
dificuldades para educar os filhos com relação ao sexo.
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Gentilmente cedido pela família Pereira |
Obs.:
Nossa intenção é, mais para frente, falarmos sobre o fato de ser possível
cumprir essa importante responsabilidade sem dispor de um saber profundo sobre a
questão da sexualidade.
3-
Muitos pais temem, também, que os filhos digam para os deixarem em paz, pois
eles já sabem tudo sobre o assunto ou mesmo que já aprendeu tudo na escola. A
questão é, será que este conhecimento adquirido na escola é suficiente diante
da grande dimensão da sexualidade?
Talvez
os nossos filhos até tenham noções de reprodução e, quem sabe, uma mistura de
verdades e mentiras sobre assuntos tão vitais quanto doenças sexualmente transmissíveis,
prevenção da gravidez e, até a fisiologia do sexo, mas é bem possível que eles
não tenham ideia prática de como tomar certas precauções ou lidar com as
informações recebidas, pois informações podem até ajudar na hora das decisões,
mas não podem equilibrar seu filho, emocionalmente, na hora de se fazer uma
escolha acertada. Assim, mais que noções e informações, o equilíbrio emocional
recebido durante a educação sexual irá servir como suporte para as decisões
importantes sobre as várias áreas da vida de nossos filhos.
4-
Outro temor muito comum entre os pais de adolescentes é o constrangimento que
traz grande desconforto no momento em que se vai estabelecer o diálogo a
respeito da sexualidade e seus vários aspectos. Mas devemos lembrar que não
apenas os pais se sentem constrangidos, mas os filhos também passam por esta
situação. Assim, talvez, os pais devam levar em consideração que o
constrangimento é comum e colocar isto na “ponta do lápis” na hora de se
estabelecer uma conversa pode torna-la agradável. Pode-se, inclusive, iniciar a
conversa falando sobre este constrangimento e usar isto como pretexto para o
diálogo.
5-
Finalizaremos esta breve relação dos temores dos pais em relação à educação
sexual dos filhos adolescentes. Todos os pais devem buscar entender qual seria
o melhor momento em que seu filho se mostra pronto para receber informações
sobre sexualidade, mas é preciso levar em conta os pais que teimam em negar que
seus filhos já cresceram o suficiente para falar-lhes sobre sexualidade.
Agradecemos muito à Família Pereira pelas fotos que trouxe beleza à nossa postagem!
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Gisele (mãe) filhos e Jetro (pai) |
Resumindo:
Seu
filho é um ser sexuado e pode até não ser ativo, mas um dia será e isto pode
não demorar. O interesse na prática sexual não será despertado pelo fato de
vocês implementarem a educação sexual, pois isto vai acontecer quando o relógio
biológico tocar o alarme para isto.
Mesmo
sendo uma ideia constrangedora para quase todos os pais é essencial conversar
com seu filho sobre sexualidade, mas isto se vocês quiserem protege-los dos
perigos que rodeiam os filhos adolescentes.
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Encerramos
esta postagem e esperamos que tenha servido como base para a reflexão sobre o
diálogo que você quer estabelecer com seu filho adolescente.
Um
forte abraço e até logo mais.
Referência Bibliográficas
G.
Jay, O adolescente e o Sexo: um guia para
os pais. São Paulo/SP: Ed
Best Seller, 1989.
Fantástico... Esse post serve como uma grande ajuda aos pais que não conseguem e não sabem como iniciar uma conversa sobre o assunto com seus filhos. Muito bom!!!
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