domingo, 16 de outubro de 2016

Sexualidade na Família: Apenas para pais!

Olá queridos pais e cuidadores, sejam bem-vindos!

Gentilmente cedida: Família Pereira
Esta é uma postagem que, acreditamos ser de muita importância para os pais e cuidadores de crianças. Em palestras pelo Brasil a fora, as pessoas perguntam como falar sobre sexualidade para os filhos. Assim, resolvemos montar esta postagem com a intenção de ajudar aos que precisam lidar com esta situação.

Esta postagem foi baseada em um antigo livro chamado: *“O adolescente e o Sexo: Um guia para os pais”. O autor inicia o texto fazendo algumas considerações que julgamos importantes de serem aqui comentadas. Assim, usando apenas algumas frases de apenas duas páginas do livro, faremos considerações que vão nos fazer refletir um pouco sobre onde se inicia o papel dos pais na sexualidade do filho. Estas frases foram retiradas da introdução do livro nas páginas 9 e 10.

1- “... houve épocas em que nos sentimos incapazes de enfrentar o problema; sim, houve épocas em que a tensão afetou nosso casamento...”
A criação dos filhos sempre foi um “problema” para o casal. Afinal de contas, pai e mãe vem de lares distintos e, consequentemente, educação diferentes. Se a escolha da religião, a vida financeira, os horários... enfim muitas coisas já impactam à relação do casal na hora de tomar decisões, imaginem quando a situação diz respeito a educação sexual dos filhos?

Muitos pais e mães pensam diferentes. Uns acreditam que os filhos devem ficar “soltos” e as meninas devem ser monitoradas mais de perto. Outros acham que, os dois devem ter “rédeas curtas”, mas tem os que acreditam que, tanto meninos, quanto meninas, devem ser liberados para agirem como bem entenderem.

A questão não são as diferenças educacionais oriundas de seus lares, mas a forma como o casal lida com estas diferenças na hora de educar seus filhos e, também, na questão da sexualidade. Então, as diferenças não podem suplantar a forma adequada como os pais vão lidar com qualquer situação em que as escolhas deles sejam opostas. Mas o bom senso e a sensatez devem permear a decisão final de qualquer tipo de educação. Assim, não precisa desestabilizar o casamento para se tomar uma decisão. Ao contrário, aproveitem a situação para demonstrar aos seus filhos como se lidam com as diferenças no casamento e lembrem-se: o bom relacionamento vai mostrar aos filhos que a sexualidade é algo que se começa no diálogo e não na imposição.

2- “... não somos pais perfeitos ou quase perfeitos...”
Esta é uma frase muito propícia que nos leva a refletir sobre o sofrimento de pais que se torturam por não terem sido pais suficientemente bons para encaminharem seus filhos na educação sexual ou em qualquer outra forma de passar os valores familiares.
Uma coisa a se pensar é que não há manual de como criar filhos e outra coisa é que, se tivesse que vim um manual teria que ser um para cada filho, pois todos são diferentes uns dos outros.

Sabemos que há pais que lamentam a criação que deu ao filho e, por isto, acreditam que a falta de sucesso em determinada área da vida do filho está intimamente ligada a forma como ele criou este filho e como passou os valores que desejava. É preciso pensar se, estes valores que se desejou passar era algo real no coração destes pais ou eram valores que eles achavam atraentes para passar para os filhos. Simplificando, muitos pais acreditam que os filhos devem seguir o que eles falam e não o que eles vivem. Este é um grande engano na hora de se educar um filho em qualquer área da vida. Lembrem-se que o nosso comportamento traz grande impacto sobre a vida de nossos filhos. A maneira como nos vestimos, falamos, comemos e nos relacionamos com as pessoas trazem um peso muito grande sobre nossos filhos. O que eles observam em nós é muito mais impactante do que o que falamos para eles.  

Se seus filhos cresceram e vocês acham que fizeram algo que não deveriam na educação deles. Se acham que omitiram algo ou mesmo ensinaram errado ou de forma distorcida, não espere muito para “consertar” isto. Reflita bastante em tudo e peça perdão aos seus filhos pelo fato de não terem sido perfeitos. Eles vão entender, acreditem: se vocês fizeram algo errado, mas a intenção era acertar, os seus filhos vão saber que você tentou!

Como disse o autor: Faça o melhor como pai... faça o melhor como mãe e quando errar, todos saberão que você errou tentando acertar e isto vai valer a pena!

3- “... e não sabíamos quem era mais louco, nós ou as crianças...”
Uma coisa que muitos pais não sabem é que nós moldamos nossos filhos, mas os filhos nos mudam bastante. Nem sempre eles estão errados e nem sempre estamos certos, por isto, mencionamos que é preciso parar e refletir sobre as nossas atitudes. É preciso ver onde o erro, de nossa parte, ocorreu. Isto é ensinar aos filhos que, todos nós, somos seres humanos e passíveis de erros, mas também, passíveis de reconhecer a nossa fraqueza e humanidade. A humildade é um grande “encaminhador” para o sucesso!

Gentilmente cedida: Família Pereira
4- “A questão fundamental é que não sou um pai perfeito assim como você não é”.
É importante que haja reconhecimento pessoal e individual de cada um dos cônjuges de que eles são limitados, mas que, com amor e um pouco de criatividade, a vida pode ser movida por outros meios que não seja apenas acusações: “a culpa é sua” ou “o seu filho fez tal coisa”.

É preciso fazer a diferença de forma individual. É preciso realizar quando o cônjuge se esquiva em fazê-lo (muita cautela neste ponto). Estamos falando assim porque há casais em que o pai ou a mãe se esquivam de agir quando o outro falha. Há casos em que um aponta o erro do outro e não reconhece a forma como o outro foi criado e como ele vê a vida. Não percebe que o outro também não recebeu para poder passar.

5- “Use o que lhe parece em harmonia com sua personalidade e capacidade... “não se lamente pelo que você não segue”.
Aqui, o autor está falando do livro e mostrando que ele deve ser usado de acordo a necessidade de cada um, ou seja, o autor reconhece que cada ser humano é único e, consequentemente, a família é única. Então, não fique olhando o sucesso de outras famílias e achando que a sua é um fracasso.

Conheço uma senhora que tem diabetes e, em função disto, ela é muito magra, mas poucas pessoas sabem o real motivo dela ser magra. Mas várias vezes ela ouve as pessoas dizerem que gostaria de ser magras igual a ela. Quando isto acontece, ela logo avisa: “cuidado com o que vocês querem para vocês, pois não sabem o motivo de minha magreza”.

O autor fala de personalidade e capacidade e isto é importante observar, pois como já dissemos, cada ser humano é único, seus filhos e vocês pais também são. Então, não fiquem olhando o que acontece na vida das pessoas, a não ser que isto seja para acrescentar algo que é cabível em sua família e que vá ajuda-los na educação de seus filhos, mas atenção: vocês não devem reproduzir TUDO o que vê em outras famílias e se reproduzir algo, tentem adaptar ao jeitinho de vocês. E mais um alerta: NUNCA, compare seus filhos aos filhos dos outros.

6- “... O fato de você está lendo este livro me diz que também você está fazendo o melhor que pode...”
Podemos quase “clonar” a frase do autor e afirmar que, se vocês estão lendo esta postagem, é porque se importam com os filhos, netos, crianças que cuidam, etc. Podemos dizer mais, podemos dizer que vocês são pessoas inteligentes, pois as pessoas consideradas inteligentes, não são as que sabem, mas as que buscam conhecer mais e mais.

Nos dias atuais, nossos filhos precisam de pais que estejam mais “antenados” com a vida. Nem todos nós somos bons em informática como a maioria de nossos filhos (há exceção), mas devemos buscar o melhor no quesito relacionamento, pois em se tratando de sexualidade, por exemplo, precisamos demonstrar no dia a dia, o quanto somos capazes de viver a vida comum do lar e da relação com o cônjuge.

Deixem seus filhos observarem vocês pais em ações de afeto, carinho e diálogo com seu cônjuge, pois será assim que eles irão aprender as primeiras lições sobre o tema da sexualidade. (Logo mais à frente, em outra postagem, vocês entenderão melhor sobre o que estamos afirmando aqui. Lembrem-se que esta é apenas uma introdução sobre a sexualidade na família).

*Referência Bibliográficas

G. Jay, O adolescente e o Sexo: um guia para os pais. São Paulo/SP: Ed Best Seller, 1989.
--------
Bem, estas foram algumas considerações que expomos diante de algumas frases escolhidas de um livro antigo. Confessamos que, estamos apenas iniciando a leitura dele e, se continuar sendo adequado, estaremos trazendo ele para nossas reflexões nas postagens. O estamos dizendo é que, não podemos dizer que este livro é recomendando, apenas estamos utilizando o que é possível. Quem sabe, mas a frente, possamos afirmar isto?

Deixamos um abraço fraterno a você que veio e trouxe um carinho especial junto ao seu coração. Assim, pedimos que dedique o um pouco do seu tempo para deixar um comentário e quem sabe, você não sorteado no final do mês?

Agradecemos a Família Pereira pelas fotos que embelezaram nossa postagem de hoje.
Thiago (pai), Rebeca (mãe) e Manu (filha)
Se algum leitor quiser cooperar conosco com fotos em outras postagens, envie email para: raigodoy@hotmail.com


Até a próxima postagem!

2 comentários:

  1. Gostei muito. Aprender um pouco mais como lidar com essa questão da sexualidade é sempre bom, ainda mais nos dias de hoje.

    ResponderExcluir
  2. Muito interessante o texto... Aprender a lidar com a sexualidade em família nos dias de hoje é fundamental. Pretendo comprar o livro citado. Me parece ser muito bom!!! Rai você é 10.

    ResponderExcluir

Olá! Deixe seu comentário, sugestão, dicas e outros.