quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Educação Sexual: Falando de sexo com os filhos

Olá a todos, estamos dando prosseguimento com nossa série de postagens referentes à sexualidade na família.
Gentilmente cedido pela Família Costa Rangel

A educação sexual recebida no lar é a fonte mais confiável (tem suas exceções) que podemos ter. Assim, estaremos, aos poucos, dando subsídios para que os pais possam implementar em seus lares uma educação respeitosa, informativa e reflexiva onde, cada família, poderá adaptar para sua realidade.

Então, vamos lá...

Gostando ou não da ideia, seu filho (a) receberão educação sexual, seja esta educação:
- Incorreta
- Distorcida
- Adaptada
- Planejada
- Outras

A questão é que ninguém pode escolher que o filho (a) não tenha uma educação sexual e, isto, é fato. O que, talvez, se possa escolher é a forma como e de onde virá esta educação.

A maior fonte de informação sobre sexo e sexualidade para os nossos filhos e filhas são os pais. Vale lembrar que, a todo momento estamos educando nossos filhos. Eles estão a todo momento nos ouvindo sobre a sexualidade de várias formas e no caso dos adolescentes então, a coisa é mais forte. Ele nos ouve o tempo todo e veem as nossas ações. Como acabamos de falar, eles aprendem de várias formas:

Falando/Ouvindo...
- Quando ele ouve um comentário de uma amiga ou vizinha, ou ainda, parentes que engravidaram e o assunto é aborto eles estão aprendendo sobre o tema em questão. Na verdade, só o fato do assunto gravidez surgir já se fará uma conexão com o assunto sexo.

Não falando/Entendo...
- Mesmo quando não dizemos nada sobre sexo, estamos educando sexualmente. Ele pode entender o silêncio sobre este assunto como falta de interesse, falta de conhecimento ou mesmo desaprovação.
 
Gentilmente cedido pela Família Rangel Costa
Educação fora do ambiente familiar...
Há ainda a educação que se estabelece fora da relação pais e filhos (as), pois durante o tempo todo nossos filhos são bombardeados com informações sobre sexo através de:

- Filmes
- Programas de televisão
- Jornais
- Novelas
- Revistas masculinas
- Letras de música
- Um amigo que fica conversando sobre suas aventuras sexuais (muitas vezes exageradas e, em alguns casos, mentirosas)
- Uma matéria sobre a AIDS ou outra doença que é adquirida pelo ato sexual
- Mensagens recebidas e enviadas através das redes sociais
- Internet em geral
- Etc

Nossos filhos estão, a todo tempo, se relacionando com as pessoas presencialmente e através das redes sociais eles estão aprendendo. A menos que seu filho disponha de fontes confiáveis, ele não terá condições de distinguir se a informação é boa ou não.
Então, cabe aos pais encaminhar seus filhos para a educação sexual no lar. Não há como os pais reclamarem das escolas estarem “ensinando” sexualidade se no próprio lar eles não dão o que os seus filhos precisam aprender.

Sabemos, por outro lado que os filhos adolescentes relutam em falar francamente com os pais sobre o assunto aqui em questão. “... uma conversa com adolescentes sobre sexo não é fácil nem para os pais e nem para os filhos” (Gale, 1989, p. 14).

Lembremo-nos:
“... é fundamental que eles tenham acesso às informações necessárias. A desinformação não leva os adolescentes a protelar sua sexualidade”, ou seja, não falar de sexo não vai adiar os desejos sexuais dos adolescentes, pois definitivamente, os adolescentes são pessoas sexuadas (Gale, 1989, p. 14). Ele não apenas é sexuado como pensa em sexo e diariamente está aprendendo sobre sexo.

É claro que nossos filhos adolescentes estão aprendendo o tempo todo sobre sexo e de alguma forma eles serão afetados com estas informações que chegam a eles. “Você pode passar-lhe informações seguras que irão atenuar o impacto das muitas tolices com que ele se defrontará ou pode permitir que ele próprio decida o que é verdade e o que é ficção”.

Por fim, nossos filhos terão que encarar muitas decisões com relação à sexualidade durante toda a adolescência e pelo resto da vida. Não possível protege-los de possíveis equívocos. Assim, “quanto mais informações corretas receber sobre as difíceis questões da sexualidade e quanto mais tiver refletido sobre as opções disponíveis, tanto menores serão os riscos que o ameaçam”.

Algumas considerações a respeito desta postagem:

1- Comece a educação sexual de seus filhos o mais cedo possível.
2- Cuidado com as palavras que usa. Use linguagem adaptada para idade deles.
3- Comece respondendo o que eles perguntam, mas não coloque a sua mente adulta para “maquinar” como o seu filho (a) pequeno pensa. Ex.: Se uma criança é muito pequena e pergunta como nasceu, você pode responder: “Você nasceu nuzinho” e se ele se sentir satisfeito com esta resposta deixe para falar algo a mais, só mais tarde.
4- Comece a assistir com eles os programas que eles assistem.
5- Se seu filho (a) for adolescente e você quiser ensinar algo sobre sexualidade, fale e pronto. Não fique repetindo e trazendo exemplos o tempo todo, pois é difícil para eles ouvirem certas coisas dos pais.
6- Não compare seus filhos (as) com ninguém.
7- Seja exemplo, não apenas dite as regras do jogo, jogue também, eles estão observando.
8- Pais e mães devem participar da educação dos filhos (as), inclusive a educação sexual.
9- Convide amigos e amigas de seus filhos (as) para estarem em reunião em casa e fique atenta ao que eles conversam, pois você perceberá como ajudar a seu filho ficar longe das más informações. Mas cuidado, não julgue ou mesmo proíba seus filhos de estarem com estes amigos... sejam espertos, usem outras estratégias mais sutis.

Referência Bibliográficas
G. Jay, O adolescente e o Sexo: um guia para os pais. São Paulo/SP: Ed Best Seller, 1989.
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Grata a Família Rangel pelas fotos cedidas com carinho e que embelezou nossa postagem! 
Nethi (mãe) Nicholas (filho) Marcio (pai)

Deixe-nos um comentário e concorra a um presente todo final de mês. Estamos preparando algumas entrevistas e dentre elas, o relato de uma mulher que sofreu com o câncer de mama e como tudo aconteceu.

Teremos ainda uma entrevista com uma Consultora em Sexualidade que nos trará assuntos para a relação do casal, disfunções sexuais e inadequações.

Um grande abraço a todos e todas!

3 comentários:

  1. Muito bom o texto! Tenho dois meninos e preciso estar atenta às questões de sexualidade, para saber lidar bem no momento em que suas dúvidas surgirem. As dúvidas deles chegam de surpresa para nós e precisamos estar preparados. Quero criar meninos saudáveis nesta área. Deus abençoe sua vida e que continue a compartilhar aquilo que Ele tem te orientado a escrever.

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  2. Amei,as pessoas precisam de conhecimento,esclarecimento e saberem aonde estão localizado.

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  3. Amei há que se tirar tabus de sertos pais

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